A vindima está a chegar ao fim. Tempo de celebração da vinha e do vinho, a vindima é muito mais do que simplesmente o colher das uvas. Celebrada por gregos, romanos e egípcios, a vindima era na Antiguidade o culminar de um ano agrícola árduo e sujeito às variações do clima e dos elementos – que é como quem diz, aos caprichos dos deuses responsáveis, em cada cultura, por ventos e chuvas, pelo sol e pela fertilidade das colheitas.
Hoje em dia, tudo é diferente, mas nem por isso a importância da vindima diminuiu, continuando a ser um tempo de celebração e de fim de um ciclo. O ciclo que agora termina, marcado pelo equilíbrio entre sol e chuva que chegou nos momentos certos, deixa adivinhar uma excelente colheita para os vinhos Periquita. E logo no ano em que se assinalam os 190 anos da José Maria da Fonseca, a casa onde nasceu e de onde, ano após ano, saem estes e outros vinhos.
Segundo o enólogo José Maria Bettencourt, apesar de o ciclo da vinha parecer ligeiramente atrasado este ano, na Península de Setúbal a vindima iniciou-se a 8 de agosto, “exatamente no mesmo dia do ano anterior”. Sobre a qualidade esperada para os vinhos que resultarão desta vindima, é reforçado o caráter chuvoso, mas equilibrado do inverno de 2024, que não prejudicou as operações vitícolas, que decorreram normalmente e na altura devida.
O mesmo enólogo está convicto de que será um ótimo ano “tanto para brancos como para tintos” e apoia a sua conclusão em mais uma diferença fundamental entre as vindimas de agora e as da antiguidade. Dantes, o fim do ciclo era previsto ou detetado de maneira artesanal. Porém, hoje em dia é possível aferir o ponto ótimo das uvas recorrendo a análises muito mais sofisticadas. “Com o início dos controlos de maturação – uma análise fundamental para apoiar a criteriosa seleção das uvas a vindimar – já conseguimos apurar” se a colheita será boa. E esta sê-lo-á. José Maria Bettencourt afirma ainda que “as maturações foram muito boas este ano, pois conseguimos boas oscilações térmicas, calor de dia e frio de noite e sem serem muito extremas”. Estes fatores contribuíram para maturações lentas (maturação fenólica e alcoólica foram feitas no ponto ótimo) e reflexo disto será vinhos com boa cor, boa acidez e acima de tudo vinhos bem equilibrados. Com a convergência de todos estes elementos, são esperados vinhos com grande qualidade.
O momento não podia ser mais apropriado para uma grande colheita, precisamente no ano em que a José Maria da Fonseca comemora os 190 anos de existência. Fundada em 1834 pelo empresário visionário e pioneiro do setor vitivinícola que lhe dá nome, a empresa familiar é hoje dirigida pela 7.ª geração da família. No ano em que celebra o seu 190.º aniversário, a José Maria da Fonseca tem vindo a assinalar este importante marco cronológico com eventos e iniciativas direcionados a profissionais e consumidores, e ainda com novos lançamentos.
A empresa decidiu também renovar a imagem corporativa com um logótipo e uma nova assinatura, alusiva à data. No ano em que a José Maria da Fonseca celebra 190 anos, sob o mote “modernos desde 1850”, e também numa celebração aos 174 anos de história de Periquita – que é a marca de vinhos engarrafados mais antiga de Portugal, lançada em 1850, daí o mote -, a produtora de Azeitão surpreende com um rebranding da marca. A nova imagem faz recordar, e é inspirada, nas primeiras edições, apresentando o brasão, as cores e os materiais que reforçam o posicionamento superior da gama Periquita.
Entre os vários elementos presentes no novo logótipo Periquita, merece destaque o brasão da Ordem da Torre e Espada, simboliza a distinção atribuída pelo rei D. Pedro V a José Maria da Fonseca em 1856, pelo Valor, Lealdade e Mérito no âmbito da indústria portuguesa. Este brasão é um elemento crucial na marca José Maria da Fonseca e estava presente nas garrafas mais antigas de Periquita. No logótipo, também a origem e fundação ganham mais visibilidade.
Para António Maria Soares Franco, Co-CEO da José Maria da Fonseca, “a marca Periquita é, sem dúvida, a espinha dorsal do portefólio da José Maria da Fonseca. É uma marca que tem conseguido adaptar-se ao longo dos anos com uma presença contínua, quer em Portugal como no Mundo”. António Maria Soares Franco acrescenta que, com este rebranding, “queríamos desenvolver uma campanha que transmitisse a sua história, o legado e, acima de tudo, que refletisse a capacidade de modernização e evolução do Periquita, desde o seu primeiro dia”.
Ao fim de quase dois séculos de história, a casa tem presença em mais de 70 países e possui um portfólio que engloba mais de 40 marcas representativas das principais regiões vitivinícolas nacionais: além da Península de Setúbal, onde nasceu e onde nascem os Periquita, a José Maria da Fonseca produz vinhos do Douro, do Alentejo, do Dão e dos Vinhos Verdes, além de ser o mais antigo produtor de vinho de mesa e de Moscatel de Setúbal em Portugal. A par desta herança vasta e sólida, a José Maria da Fonseca vem implementando cada vez mais políticas sustentáveis alinhadas com as necessidades e preocupações ambientais.
Para celebrar os 190 anos da José Maria da Fonseca, deixamos quatro sugestões clássicas da casa:
Periquita Tinto
O clássico Periquita, o vinho que deu fama à casta Castelão e que dá nome à marca, é um vinho frutado, com taninos suaves e notas de amoras, mirtilos e ameixa preta.
Periquita Reserva Tinto
Mais estruturado do que o seu irmão mais novo, fruto de um estágio de 8 meses em madeira, este vinho apresenta notas de café e frutos do bosque. Na boca é fresco e aveludado.
Periquita Branco
Vinho de paladar longo, fresco e cítrico, onde se destacam as notas florais, a lantana, e tropicais do maracujá. Ideal para refrescar em dias de calor.
Periquita Reserva Branco
De um perfume intenso, mas elegante, com aromas tropicais como pêssego e alperce. As notas cítricas, conferidas pela casta Arinto, e as notas de madeira equilibram-se com a acidez da fruta combinada.