São várias as publicações e emails que originam fraudes online e acabam por prejudicar vários utilizadores. Mas, segundo um post de Facebook de dia 9 de fevereiro deste ano, essas infrações virtuais vão passar a ter os dias contados. “Temos o prazer de informar que finalmente firmamos uma parceria com a Polícia Judiciária em resposta a ataques a sistemas bancárias nos últimos anos. As medidas de segurança do seu cartão multibanco devem ser atualizadas o mais rápido possível para evitar novos abusos. Atualizar agora, leva a penas 3 minutos”, refere a publicação analisada. Trata-se, no entanto, de uma com informações falsas.
Publicação viral alega que empresa do Mbway e PJ fecharam um acordo. É falso.
Olhando para o texto da publicação percebemos que o conteúdo tem origem numa mensagem supostamente enviada por email pela própria SIBS, entidade que gere o sistema de pagamentos bancários em Portugal. Esse dado, só por si, não comprova a veracidade da informação partilhada. Ou seja, só avaliando o conteúdo da publicação será possível constatar que se assemelha aos emails de fraude virtual que têm o objetivo de extorquir dinheiro aos utilizadores.
Depois, se a página de Facebook da Polícia Judiciária for consultada, de facto, encontramos informação sobre esta alegada notícia. No entanto, o conteúdo não a confirma. “A PJ reitera que este email é falso e tem como finalidade única e exclusiva a recolha de elementos bancários, através de método conhecido como Phishing, pelo que deve ignorar esta mensagem, não responder, reportar SPAM e apagar”.
Portanto, e de novo, trata-se de uma publicação falsa desmentida pela própria autoridade judiciária que seria, alegadamente, parte da parceria. Também não é possível encontrar nenhuma informação que corrobore a publicação nas páginas oficiais da SIBS. Outros sites como o Pplware, também desmentiram o que foi divulgado pelo autor.
Conclusão
Não é verdade que a SIBS, empresa responsável pela plataforma online de pagamentos, Mbway, tenha fechado um acordo com a Polícia Judiciária. A PJ desmentiu essa alegada notícia e confirmou que se tratava de mais um esquema de fraude virtual.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
