Histórico de atualizações
  • Em queda nas sondagens, Bolsonaro jogou o tudo ou nada no 7 de setembro

    Na Paulista e no Vale de Anhangabaú, as multidões já dispersaram. Chegou assim ao fim este dia de manifestações no Brasil. Aqui fica a análise do significado político do dia.

    Em queda nas sondagens, Bolsonaro radicalizou e jogou o tudo ou nada no 7 de setembro

    Este liveblog fica por aqui. Obrigada por ter estado connosco.

  • Manifestação contra Presidente brasileiro junta uma centena em Lisboa

    Os manifestantes gritaram “fora Bolsonaro” e empunharam cartazes contra o presidente, afirmando que tinha cometido um genocídio e que era responsável pela morte de mais de 500 mil pessoas.

    Manifestação contra Presidente brasileiro junta uma centena em Lisboa

  • O Presidente sai agora de carro, com portas abertas, acenando aos apoiantes que estão mais próximos.

    Bolsonaro vai regressar a Brasília ainda hoje de helicóptero. No discurso da manhã, disse que iria convocar o Conselho da República para amanhã.

  • Bolsonaro ameaça não sair do Planalto se perder eleição: "Só Deus me tira de lá"

    O Presidente terminou o discurso à multidão em tom ameaçador, ao deixar no ar a possibilidade de se recusar a aceitar os resultados eleitorais da eleição de 2022 caso seja declarado perdedor. “Dizer àqueles que querem me tornar ineligível em Brasília: Só Deus me tira de lá. Preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”, rematou.

  • Bolsonaro ataca voto eletrónico: "Não posso participar numa farsa"

    “O seu tempo já se esgotou”. Bolsonaro dirigiu-se assim ao juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, no discurso perante a multidão na Avenida Paulista.

    O ataque a Moraes foi uma tónica recorrente ao longo do discurso, com o Presidente a nomear diretamente o juiz — algo que não tinha feito no primeiro discurso de hoje —, acusando-o de não cumprir a Constituição por promover investigações a aliados de Bolsonaro (ligados a casos de promoção de notícias falsas). “As ordens de Alexandre de Moraes, esse Presidente não obedecerá mais”, afirmou.

    O Presidente aproveitou o momento para voltar a criticar o sistema de voto eletrónico: “Queremos a democracia. A arma da democracia é o voto. Não podemos aceitar um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança”, disse. “Queremos um sistema eleitoral limpo”.

    E abriu caminho a não participar nas eleições de 2022 se tudo se mantiver igual. “Não posso participar numa farsa”, diz.

  • Multidões a favor e contra Bolsonaro enchem ruas de São Paulo

    São Paulo está cada vez mais cheia à medida que engrossam as concentrações a favor e contra Bolsonaro. A primeira é um mar de amarelo e verde na Avenida Paulista; a segunda uma concentração de vermelho no vale de Anhangabaú.

  • Eduardo Leite, potencial candidato presidencial, diz que foi um "erro" eleger Bolsonaro

    Continuam as movimentações dos membros do PSDB — partido que vai discutir um pedido de impeachment amanhã — com ambições de suceder a Bolsonaro. Agora foi Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul que apoiou o Presidente em 2018, mas que agora é um dos putativos candidatos à eleição presidencial.

    No Twitter, Leite enumera críticas a Bolsonaro e diz que o Presidente ataca a democracia. “Foi um erro colocar Bolsonaro no poder. Está cada vez mais claro que é um erro mantê-lo lá”, acrescentou.

  • Nas ruas repetem-se os ataques ao Supremo

    Entre a multidão presente nas ruas para apoiar o Presidente, repetem-se os cartazes e gritos de ordem contra o Supremo Tribunal.

    “Abaixo o Supremo Tribunal Ditatorial do Brasil”, pode ler-se numa faixa.

    “Sou favorável ao fim do Supremo Tribunal”, diz o militar na reserva Claundidei Aparecido a um jornalista do El País. Aparecido foi fardado para a concentração na Paulista — uma atitude que lhe pode valer uma sanção disciplinar, pois os militares não podem participar enquanto tal em manifestações políticas.

  • Bolsonaro convoca Conselho da República para mostrar foto da manifestação em Brasília

    O Presidente anunciou hoje que irá convocar uma reunião do Conselho da República para mostrar aos presidentes da Câmara dos Deputados (Arthur Lira), do Senado (Rodrigo Pacheco) e do Supremo Tribunal (Luiz Fux) uma foto da manifestação de hoje em Brasília.

    O Conselho da República é um órgão consultivo do PR que se pronuncia sobre temas de alto nível como o estado de defesa e o estado de sítio. O presidente do Supremo, contudo, não pertence a este órgão.

    Contactados pelo Estado de S. Paulo, os presidentes do Congresso disseram não ter recebido nenhuma convocatória oficial para reunir.

  • Bolsonaro já em São Paulo. Presidente discursa às 20h

    O helicóptero do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro já aterrou em São Paulo.

    Bolsonaro irá discursar à multidão de apoiantes na Avenida Paulista às 16h locais (20h em Lisboa).

  • João Doria, possível candidato presidencial, apoia impeachment de Bolsonaro

    Na sequência do anúncio do PSDB, uma das figuras mais destacadas do partido, o governador de São Paulo João Doria, anunciou à Folha de S. Paulo que é a favor da destituição de Jair Bolsonaro.

    “A nossa posição em São Paulo é de que o PSDB deve ser oposição ao governo e apoiar o impeachment“, disse o governador à Folha. Uma posição a que não deve ser alheio o facto de que Doria tem sido apontado como um possível candidato presidencial.

    O PSDB está atualmente dividido. Uma parte do partido apoia o governo de Jair Bolsonaro no Congresso enquanto outra, que se reúne em torno de Doria, lhe tem feito oposição

  • PSDB convoca reunião extraordinária para discutir possível pedido de impeachment a Bolsonaro

    O Partido Social Democrata Brasileiro (centro-direita) anunciou que irá reunir-se de urgência amanhã, quarta-feira, para discutir a posição do partido relativamente a um possível processo de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro.

    Em causa estão, segundo o partido, as “gravíssimas declarações do presidente da República no dia de hoje”, o que abre a porta a que o PSDB considere a possibilidade de apoiar um processo de destituição do Presidente.

  • Ruas calmas por todo o país

    As manifestações de apoio ao Presidente ocorrem um pouco por todo o Brasil. Em Fortaleza, por exemplo, a animação nas ruas incluiu um forró de homenagem a Bolsonaro. Por enquanto, tudo permanece calmo.

  • Manifestação em Brasília começa a desmobilizar. Foco vira-se para São Paulo

    Os manifestantes pró-Bolsonaro começam a abandonar a Praça dos Ministérios, em Brasília. Apesar da presença de contra-manifestações, não houve incidentes violentos a registar.

    A participação no protesto contra o Supremo Tribunal pode ter fucado aquém do desejado pelo Presidente. De acordo com a organização, cerca de 3 mil pessoas estiveram presentes, mas ao Estadão a Polícia Militar estimou que fossem cerca de 400 participantes.

    A atenção foca-se agora na Avenida Paulista, onde Bolsonaro discursará ainda hoje perante a multidão que o aguarda. Na mesma Avenida, noutro ponto, há também um protesto contra o Presidente.

  • Alexandre de Moraes, o juiz que Bolsonaro mais tem atacado, pede "respeito à Democracia"

    Em reação ao discurso do Presidente, Alexandre Moraes — o juiz do Supremo Tribunal cujo impeachment já foi pedido por Bolsonaro — utilizou o Twitter. O juiz sublinha que este é o Dia da Independência do Brasil e que a liberdade só “se fortalece com absoluto respeito à Democracia”.

  • Bolsonaro ameaça juízes do Supremo: "Esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos"

    No discurso à multidão em cima de um camião em Brasília, Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal: “Aqui, na Praça dos Três Poderes, jurámos respeitar a nossa Constituição. Quem anda fora dela, ou se enquadra ou pede para sair”, afirmou o Presidente.

    “Esse Poder pode sofrer aquilo que não queremos”, acrescentou.

    Não foi possível acompanhar o momento em direto. Problemas no sinal de telecomunicação da região tornaram impossível ouvir o discurso nas televisões e nas redes sociais. De qualquer forma, o som já está a ser recuperado e transmitido pelas televisões.

    Bolsonaro falará novamente mais à tarde, perante a multidão em São Paulo. O Presidente já prometeu que esse será um discurso “mais robusto”.

  • Presidente do Senado pede "absoluta defesa" do Estado de Direito

    Rodrigo Pacheco, senador e presidente do Congresso, aproveitou para se pronunciar sobre a manifestação no Twitter: “Ao tempo em que se celebra o Dia da Independência, expressão forte da liberdade nacional, não deixemos de compreender a nossa mais evidente dependência de algo que deve unir o Brasil: a absoluta defesa do Estado Democrático de Direito”, escreveu.

    A mensagem de Pacheco surge num momento em que Bolsonaro radicaliza o discurso contra instituições, nomeadamente o Supremo Tribunal Federal. Para entender melhor o que está em causa neste 7 de setembro, leia o especial do Observador sobre este tema.

    Brasil. Bolsonaro quer um golpe ou apenas recuperar a popularidade?

  • Eduardo Bolsonaro: "Se nos queriam intimidar, o tiro saiu pela culatra"

    Um dos filhos do Presidente, Eduardo Bolsonaro, declarou à edição brasileira do El País que sobrevoou de helicóptero com o pai a Praça dos Ministérios e garantiu que a manifestação pró-Presidente tinha muito mais gente do que a contra-manifestação: “Se nos queriam intimidar, o tiro saiu pela culatra”, afirmou.

  • Ex-campeão de F1 conduz Bolsonaro a cerimónia do hastear da bandeira

    Jair Bolsonaro irá a qualquer momento falar aos manifestantes em Brasília. Antes disso, o Presidente esteve na cerimónia do hastear da bandeira, para assinalar este Dia da Independência.

    Bolsonaro deu nas vistas na chegada à cerimónia, já que o seu Rolls-Royce presidencial — que costuma levar os presidentes a cerimónias oficiais particulares e à tomada de posse — vinha a ser conduzido por Nelson Piquet, antigo tri-campeão de Fórmula 1.

    O Presidente partiu depois de helicóptero do Palácio da Alvorada. Dirige-se para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde deverá discursar aos manifestantes.

  • Gritos de "Fora, Bolsonaro" e buzinadelas perto da Avenida Paulista

    Apesar da acalmia, vão-se registando momentos pontuais de tensão. A Folha de S. Paulo dá conta de que, perto da Avenida Paulista (São Paulo), moradores da zona gritaram “Fora, Bolsonaro” aos manifestantes, que responderam com gritos e buzinadelas. O jornal fala num “princípio de confusão”, mas garante que os dois grupos se separaram rapidamente.

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