A Tailândia criticou este domingo o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, por ter exibido na Assembleia Geral da ONU um vídeo que mostrava um terrorista do Hamas a tentar decapitar um cidadão tailandês durante o ataque de 7 de outubro.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros tailandês declarou em comunicado que “desaprova a exibição deste tipo de imagens, que não respeitam nem têm em devida conta o falecido e a sua família” e condena o “assassinato de civis inocentes, independentemente da nacionalidade, por qualquer grupo e por qualquer motivo”.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, citado pelo Haaretz, diz que atualizou as famílias de 239 reféns levados para Gaza.

Este domingo, revelou ainda que 40 pessoas continuam desaparecidas.

As Forças de Defesa de Israel garantiram este domingo à noite ter atacado alvos na Síria a partir dos quais foram lançados foguetes contra Israel.

Dez rockets foram disparados contra o norte de Israel, avançou ao longo do dia o jornal israelita Haaretz, que cita agora fonte oficial do exército sobre a resposta aos ataques contra a Síria.

As forças israelitas já tinham disparado contra o Líbano em resposta aos ataques aéreos que atingiram o seu território.

A administração de Biden utilizou a rede social X, antigo Twitter, para destacar que “os trabalhadores humanitários, os civis e os jornalistas precisam de poder comunicar uns com os outros e com o resto do mundo”, enquanto o conflito israelo-palestiniano decorre.

Por isso, garante, “o restabelecimento das comunicações em Gaza foi fundamental“, escreveu no post, garantindo que a administração Biden “preocupou-se com esta questão, trabalhou nela e congratula-se com o seu restabelecimento”.

The restoration of communications in Gaza was critical.

Aid workers, civilians, and journalists need to be able to communicate to each other and the rest of the world. Our Administration cared about this, worked on it, and are glad to see it restored.

— The White House (@WhiteHouse) October 29, 2023

A enviada especial dos EUA para o combate ao antissemitismo, Deborah Lipstadt, condenou, este domingo, os tumultos contra judeus e israelitas num aeroporto russo, apelando às autoridades russas para “garantirem a sua segurança”.

We condemn the violent protests that have been reported in Russia threatening Israelis and Jews. We call on Russian authorities to ensure their safety. The U.S. stands with Israel and the entire Jewish community as we see a surge in antisemitism throughout the world. There is no…

— Ambassador Deborah Lipstadt (@StateSEAS) October 29, 2023

No X, antigo Twitter, escreveu que os EUA estão ao lado de Israel e de toda a comunidade judaica perante o “aumento do antisemitismo em todo o mundo” e assegurou que “não há desculpa para atacar judeus ou para a incitação antissemita em qualquer lugar”.

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou este domingo com o ministro dos Negócios Estrangeiros turco sobre a ajuda a Gaza e a prevenção de um conflito regional mais alargado.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, foi citado pelo Haaretz: “O secretário partilhou o anúncio do Presidente Biden de que os Estados Unidos fornecerão 100 milhões de dólares em assistência humanitária ao povo palestiniano em Gaza e na Cisjordânia. Os dois também discutiram o progresso da adesão da Suécia à NATO.”

O conselheiro para a segurança nacional, Jake Sullivan, afirmou este domingo, em entrevista à CBS News, que os EUA têm pressionado Israel a distinguir entre o Hamas e os civis palestinianos.

Enquanto cresce a pressão para proteger os civis em Gaza, o representante da Casa Branca afirmou que as conversas com Israel “acontecem várias vezes ao dia” e envolvem Joe Biden, Antony Blinken e Lloyd Austin.

“Conversamos como amigos sobre as questões difíceis de que falei anteriormente — sobre questões relacionadas com a ajuda humanitária, sobre a distinção entre terroristas e civis inocentes, sobre a forma como Israel está a pensar na sua operação militar”, revelou Sullivan numa entrevista ao programa “Face the Nation” da estação televisiva norte-americana.

“Falamos com franqueza, falamos diretamente, partilhamos os nossos pontos de vista de uma forma clara e continuaremos a fazê-lo”, garantiu o conselheiro da administração Biden.

Sullivan, em resposta a uma questão sobre qual era a perceção de Israel em relação ao que era o sucesso na invasão de Gaza, afirmou que os representantes israelitas revelaram, em termos gerais, que pretendem “garantir que o Hamas nunca mais possa ameaçar Israel da forma como ameaçou anteriormente” e que é esse “o seu principal objetivo estratégico neste conflito”.

O conselheiro norte-americano alertou ainda que qualquer “pausa humanitária” nos combates entre Israel e o Hamas para retirar os reféns de Gaza pode acabar a beneficiar o grupo terrorista.

Tirana Hassan, diretora executiva da Human Rights Watch, afirmou este domingo que “a ofensiva alargada terrestre de Israel em Gaza, após semanas de bombardeamentos que reduziram a escombros grande parte dos bairros, suscita sérias preocupações quanto à segurança de todos os civis”.

“Milhares de crianças e outros civis já foram mortos”, destacou Hassan, sem esquecer que os grupos armados palestinianos continuam a lançar rockets indiscriminadamente contra as comunidades israelitas.

“Todos os civis, incluindo os muitos que não podem ou não querem deixar as suas casas no norte de Gaza, mantêm a sua proteção ao abrigo das leis da guerra contra ataques deliberados, indiscriminados ou desproporcionados”, alerta a representante da ONG.

As Forças de Segurança de Israel atacaram alvos do Hezbollah no Líbano em resposta ao lançamento de rockets em direção ao norte de Israel.

O porta-voz do exército israelita afirmou este domingo que entre os alvos atacados se encontravam infraestruturas terroristas e militares e garante que os ataques aéreos são resposta ao lançamento de rockets em direção ao território israelita, noticia o Hareetz.

O Haaretz avança que uma fonte da segurança israelita informou que alguns israelitas e judeus que chegaram este domingo ao aeroporto invadido no Daguestão estão protegidos nas instalações do local.

A fonte não identificada pelo jornal israelita acrescentou que o país está a realizar esforços para retirar estas pessoas da zona do aeroporto de Makhachkala, onde chegaram num avião proveniente de Telavive, e a garantir que embarcam num voo com destino a Moscovo assim que as condições o permitam.

Appalling videos from Makhachkala, Russia, where an angry mob broke into the airport searching for Israeli citizens on the flight from Tel-Aviv.

This is not an isolated incident in Makhachkala, but rather part of Russia’s widespread culture of hatred toward other nations, which…

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 29, 2023

Zelensky considera que “o antissemitismo russo e o ódio contra outras nações são sistémicos e estão profundamente enraizados”.

Meios de comunicação social russos noticiaram esta tarde manifestações generalizadas no aeroporto de Makhachkala, no Daguestão, um território russo semi-autónomo de maioria muçulmana, depois de um avião com origem em Telavive da companhia russa Red Wings ter aterrado no local.

O Haaretz partilhou no X, antigo Twitter, imagens da uma multidão enfurecida à procura das pessoas que estavam a bordo do voo proveniente de Israel. Entoavam gritos antissemitas enquanto invadiram várias zonas das pistas de aterragem.

Footage shows an angry mob in Dagestan, a semi-autonomous Russian territory with a Muslim majority, searching for those who were aboard a flight arriving from Israel as protesters chant antisemitic sloganshttps://t.co/9pBgM5hhKQ

— Haaretz.com (@haaretzcom) October 29, 2023

Segundo o jornal israelita, a autoridade russa da aviação civil já declarou que o aeroporto está temporariamente encerrado devido à presença de “invasores” nas pistas.

Vídeo nas redes sociais mostram centenas de pessoas no interior do aeroporto com bandeiras e símbolos palestinianos.

זהו, ההמונים בדגסטאן (חלק מפדרציה רוסית) השתלטו על שדה התעופה ועתה הם מחפשים שם יהודים. כנראה שיש ציפיה שהם יהיו עם קרניים וזנב.
זה מה שחוללו סרטוני השחיטה של מחבלי החמאס בדרום, וגם ההסתה האנטי-ישראלית בתקשורת הרוסית.
רוסיה הופכת למסוכנת ליהודים ולישראלים. pic.twitter.com/tV12Qc9CuX

— Ksenia Svetlova كسنيا سفطلوفا (@KseniaSvetlova) October 29, 2023

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente do Egipto, Abdel Fattah Al-Sissi, comprometeram-se este domingo a “acelerar e aumentar significativamente o fluxo de assistência para Gaza a partir de hoje e de forma contínua”, informou hoje a Casa Branca em comunicado.

Os dois líderes discutiram também “a importância de proteger as vidas dos civis e “o respeito pelo direito internacional”. Deixaram ainda a garantia de que “os palestinianos em Gaza não sejam deslocados para o Egipto ou qualquer outra nação”.

O exército israelita afirmou este domingo que o seu apelo aos palestinianos da Faixa de Gaza para evacuarem para sul é agora “urgente”.

“Nas últimas duas semanas, temos vindo a apelar aos residentes do norte da Faixa de Gaza e da Cidade de Gaza para que se desloquem temporariamente para sul. A deslocação para sul é para a sua segurança pessoal”, afirmou o porta-voz principal, Daniel Hagari, citado pela Aljazeera.

“Hoje, sublinhamos que se trata de um apelo urgente”, acrescentou numa conferência de imprensa transmitida este domingo.

O procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, visitou este domingo o posto de Rafah, na fronteira entre o Egipto e a Faixa de Gaza.

A visita decorre no meio de acusações de que tanto Israel como o Hamas estão a violar o direito internacional durante a guerra em curso. “Temos investigações ativas em curso sobre os crimes alegadamente cometidos em Israel no dia 7 de outubro e também em relação a Gaza e à Cisjordânia. A nossa jurisdição remonta a 2014”, declarou o procurador, citado pelo Haaretz.

Lamentando a tragédia que decorre na Faixa de Gaza, Karim Khan afirmou que tem esperança de conseguir “entrar em Gaza e também em Israel para executar esta missão específica”.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, apelou à comunidade internacional para que deixe de financiar as Nações Unidas, dias depois de a Assembleia Geral da ONU ter aprovado uma resolução não vinculativa a apelar um cessar-fogo imediato, mas sem condenar o Hamas.

“Todos os países honestos deveriam retirar o financiamento à ONU. Até que a parcialidade e o antissemitismo acabem, não podemos continuar a agir como habitualmente”, afirmou em entrevista à Fox News este domingo.

“É incompreensível”, disse Erdan sobre a recente resolução, afirmando que ela mostra que a ONU “perdeu completamente a sua legitimidade e relevância”.