Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Lista oficial dos ministros do XXIV Governo

    Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
    PAULO RANGEL

    Ministro do Estado e das Finanças
    JOAQUIM MIRANDA SARMENTO

    Ministro da Presidência
    ANTÓNIO LEITÃO AMARO

    Ministro Adjunto e de Coesão Territorial
    MANUEL CASTRO ALMEIDA

    Ministro dos Assuntos Parlamentares
    PEDRO DUARTE

    Ministro da Defesa Nacional
    NUNO MELO

    Ministra da Justiça
    RITA JUDICE

    Ministro da Administração Interna
    MARGARIDA BLASCO

    Ministro da Educação, Ciência e Inovação
    FERNANDO ALEXANDRE

    Ministra da Saúde
    ANA PAULA MARTINS

    Ministro das Infraestruturas e Habitação
    MIGUEL PINTO LUZ

    Ministro da Economia
    PEDRO REIS

    Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
    MARIA DO ROSÁRIO PALMA RAMALHO

    Ministra do Ambiente e Energia
    MARIA DA GRAÇA CARVALHO

    Ministra da Juventude e Modernização
    MARGARIDA BALSEIRO LOPES

    Ministro da Agricultura e Pesca
    JOSÉ MANUEL FERNANDES

    Ministra da Cultura
    DALILA RODRIGUES

  • A cobertura desta quinta-feira fica por aqui. Pode acompanhar os desenvolvimentos da situação política de sexta-feira aqui.

    João Galamba considera Maria da Graça Carvalho “boa escolha” para a pasta do Ambiente e Energia

  • Alguns chegam da Academia, outros têm perfil mais político. Quem são os ministros que Montenegro escolheu?

    A lista de nomes ficou fechada a sete chaves. Esta quinta-feira chegou à Presidência. Luís Montenegro escolheu dezassete ministros que tomam posse a 2 de abril.

    Alguns chegam da Academia, outros têm perfil mais político. Quem são os ministros que Montenegro escolheu?

  • Governo: Fenprof apreensiva com escolha de um economista para liderar Educação

    A escolha do economista Fernando Alexandre para liderar a pasta da Educação surpreendeu as principais organizações sindicais do setor e o secretário-geral da Fenprof disse mesmo temer que o ministro traga uma “perspetiva economicista” para responder aos problemas.

    “Aquilo de que educação menos precisa é de ser gerida por políticas economicistas, de liberalização”, disse à Lusa Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

    O economista e ex-secretário de Estado Adjunto da Administração Interna Fernando Alexandre foi a escolha de Luís Montenegro para a pasta do “superministério” que junta educação, ciência e ensino superior, uma opção que surpreendeu, e preocupa, o líder da Fenprof.

    Para Mário Nogueira, o problema está na seleção de um homem da economia e gestão e que o novo ministro leve para o setor “uma perspetiva economicista e a ideia de que a escassez de recursos humanos, nomeadamente professores, não se resolve com a valorização da profissão, mas com manobras de gestão”.

  • Governo: Arqueólogos contam com “profissional da área” e alertam para setor em rutura

    Lisboa, 28 mar 2024 (Lusa) – O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia reagiu positivamente ao facto de a próxima ministra da Cultura ser uma profissional da área dos museus e do património, e alertou desde logo para um setor que afirma estar “em rutura”.

    A historiadora de arte Dalila Rodrigues, diretora do Mosteiros dos Jerónimos e da Torre de Belém desde 2019, foi indicada para ministra da Cultura do novo governo, cuja orgânica foi apresentada hoje ao Presidente da República pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro.

    O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STArq), através do seu presidente, Régis Barbosa, realçou a falta de trabalhadores no setor, a necessidade de haver “mais contratações” e de se empreender a modernização que se impõe nas diferentes áreas da arqueologia.

  • Governo: Bastonária dos advogados espera que nova ministra reverta alterações ao estatuto

    A bastonária dos advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, espera que a nova ministra da Justiça possa reverter as recentes alterações ao estatuto profissional da classe e garantir meios à justiça para que possa ultrapassar os “atuais problemas”.

    Em declarações à Lusa, a bastonária da Ordem dos Advogados felicitou a recém-nomeada ministra da Justiça, Rita Júdice, advogada, afirmando que espera que possa “ouvir os operadores judiciários e desenvolver os esforços necessários para garantir meios humanos, logísticos, de edificado e tecnológicos, essenciais para ajudar a ultrapassar os atuais problemas da Justiça portuguesa”.

    “No que respeita aos problemas concretos da Advocacia, a Ordem dos Advogados espera poder falar em breve com a senhora ministra da Justiça, a respeito das recentes alterações ao Estatuto da Ordem dos Advogados e da possibilidade de as reverter, da necessidade de revisão urgente da previdência dos advogados e da alteração devida da tabela de honorários do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais”, elencou Fernanda de Almeida Pinheiro.

  • Governo: Plataforma de polícias diz que nova MAI tem de resolver urgentemente subsídio

    A plataforma que junta estruturas da PSP e GNR defendeu hoje que a nova ministra da Administração Interna tem de resolver urgentemente a atribuição do suplemento de missão aos polícias, considerando que assume a pasta num “momento extremamente difícil”.

    “É do interesse de todos os polícias, de Portugal e dos portugueses que resolva a questão que está em cima da mesa e que tem sido amplamente debatida [suplemento de missão], mas também toda uma série de outras falências graves que têm vindo a retirar dignidade às carreiras nas forças de segurança”, disse à Lusa o porta-voz da plataforma que reúne 11 sindicatos da PSP e associações da GNR.

    Bruno Pereira sustentou que a nova ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, “não tem aparentemente grande experiência na área da governação”, tendo passado por áreas “de intervenção manifestamente diferentes” da segurança interna, apesar de ter já assumido cargos como Inspetora-Geral da Administração Interna e diretora dos serviços de informações.

    “Mais do que a própria ministra será extremamente relevante e importante a equipa de trabalho, as pessoas que vão trabalhar na assessoria, nas secretarias de Estado, que espero que sejam pessoas que tenham envolvimento experiencial mais profundo”, afirmou o também presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, manifestando-se à disposição de colaborar Margarida Blasco.

  • Governo: Sindicato Independente dos Médicos espera da nova ministra postura de diálogo

    O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Nuno Rodrigues, disse hoje esperar da nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, uma postura de diálogo e vontade de resolver os problemas do Serviço Nacional de Saúde.

    “O Sindicato Independente dos Médicos é um sindicato de diálogo. Portanto, a nova ministra da Saúde pode contar connosco para melhorar o Serviço Nacional de Saúde”, disse à agência Lusa Nuno Rodrigues, eleito secretário-geral do SIM no passado domingo no congresso do sindicato.

    Mas, para o dirigente sindical, “mais importante que a pessoa em si, serão naturalmente as suas políticas, a sua postura de diálogo, a vontade de resolver os problemas” que foram reconhecidos nas reuniões que o SIM teve com todos os partidos antes das eleições, nomeadamente “a valorização do trabalho médicos”

    Lembrou, contudo, que a resolução dos problemas, “que são sobejamente conhecidos”, passa também pelo ministro das Finanças e pelo Primeiro-Ministro.

  • Governo de combate para reformas ou campanha?

    Os ministros de Luís Montenegro – com boas escolhas, outras à espera para ver. “Cuidadinho, só pode gastar o que a AR deixar”. E as lições do arranque da legislatura: quem se fia no Chega…

    Ouça aqui o Fora do Baralho, da Rádio Observador

    Governo de combate para reformas ou campanha?

  • CTP pede ao novo ministro da Economia máxima atenção ao Turismo

    A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apelou hoje ao novo ministro da Economia, Pedro Reis, que dê a máxima atenção ao turismo e espera que haja um reforço do papel da Concertação Social.

    “O que esperamos do novo ministro da Economia e do Governo é que se dê grande atenção ao turismo, nomeadamente a questões prioritárias como são, por exemplo, os apoios à consolidação e internacionalização das empresas, a transformação digital, a falta de mão de obra, a privatização da TAP e obviamente a decisão sobre o novo aeroporto”, disse o presidente da CTP, Francisco Calheiros, citado em comunicado.

    A confederação espera que “o novo Governo dê mais atenção à economia e às empresas”, dando “nomeadamente prioridade ao Turismo, sendo esta uma atividade económica que é motor da economia portuguesa”.

  • Sindicato e universitários temem desvalorização do ensino superior

    O presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup) lamentou hoje que a Educação, Ciência e Ensino Superior voltassem a estar sob a mesma tutela e teme que o setor seja desvalorizado, preocupação partilhada pelos estudantes.

    “Do ponto de vista político, este é um sinal que nos preocupa porque, mesmo que as coisas venham a correr bem, no Conselho de Ministros o setor perdeu, de facto, peso”, disse à Lusa José Moreira.

    Num comunicado enviado às redações pouco depois de divulgada a lista de ministros do XXIV Governo Constitucional, mais de 20 federações e associações académicas manifestaram “o seu veemente repúdio pela decisão” de juntar as três pastas num “super-Ministério”.

    “Demonstra um claro desrespeito pela importância e especificidades do ensino superior e da importância estratégica da ciência para o crescimento económico do país. Ao não atribuir um ministério próprio, o governo deixa claro que não reconhece a necessidade de políticas e investimentos específicos para promover a excelência e a valorização desta área em Portugal”, escrevem.

  • Ministra tem o perfil adequado para resolver problemas do SNS, considera Ordem dos Farmacêuticos

    O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos considerou hoje que a nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, tem “o perfil adequado” para poder identificar e resolver muitos dos problemas do Serviço Nacional de Saúde.

    Recordando que Ana Paula Martins foi sua antecessora no cargo, Helder Mota Filipe disse ficar “muito contente” com a nomeação, mas frisou que, “mais do que isso, é alguém que tem uma carreira”, do ponto de vista político e profissional, que faz com que tenha o perfil adequado para o cargo.

    “Espero muito desta ministra da Saúde”, sublinhou o bastonário, considerando ser fundamental que quem exerce este cargo perceba as razões na origem dos problemas que o Serviço Nacional de Saúde está a atravessar.

  • Rita Júdice tem “profundo conhecimento do sistema judicial”, consideram funcionários judiciais

    O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) considerou hoje que a nova ministra da Justiça, Rita Júdice, tem “profundo conhecimento do sistema judicial” e disse esperar a resolução dos problemas que afetam o setor.

    “Como líder da lista do PSD por Coimbra nas últimas eleições, ela (Rita Júdice) representa não só uma promessa de influência para a implementação oportuna das políticas públicas necessárias nesta área, mas também, espero, a garantia do sucesso da Justiça e, consequentemente, do Estado de Direito Democrático”, declarou à agência Lusa António Marçal.

    O dirigente sindical referiu que o SFL está pronto a “colaborar nesta árdua missão que se avizinha”, vicando que, enquanto agentes de Justiça, esperam que a nova ministra “resolva de forma incisiva os problemas que afetam diretamente” os funcionários judiciais.

    Alertou ainda que muitos serviços judiciais e do Ministério Público estão à beira do colapso

  • Reitores querem respostas para o setor, independentemente da orgânica do executivo

    O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) desvalorizou hoje a mudança na orgânica do governo, que volta a juntar Educação, Ciência e Ensino Superior, considerando mais importante que o setor não fique sem respostas.

    “Independentemente da estrutura que o governo venha a assumir, e que não conheço ainda em detalhe, é mais importante que se dê atenção aos dossiês que estavam em curso e que são da maior importância para o ensino superior”, disse à Lusa Paulo Jorge Ferreira.

    A educação, ensino superior e ciência vão voltar a estar sob a mesma tutela na orgânica do XXIV Governo Constitucional e o novo Ministério da Educação, Ciência e Inovação será liderado pelo economista Fernando Alexandre.

  • PS diz que novo Governo mostra AD fechada sobre si própria, "sem alargamento da base de apoio que permita vislumbrar como vai governar"

    Pedro Delgado Alves, do PS, diz que este é um governo composto “a partir das personalidades da AD”, sem “um alargamento da sua base parlamentar de apoio” ou “uma abertura que permita vislumbrar como é que Montenegro pretenderá governar”.

    Este elenco governativo não responde às questões sobre “instabilidade” que se tem visto em sede parlamentar, argumenta.

    O PS diz que estes são “fundamentalmente” protagonistas envolvidos nas traves mestras do programa da AD. “No que respeita à vida das pessoas, são fundamentalmente executores escolhidos de um programa que nos parece errado e um retrocesso em muitas áreas relevantes para a vida dos portugueses”.

    “Confirma o entendimento de que o governo está fechado sobre o seu programa e continua empenhado de forma unilateral em executar o programa da AD”, atira. Apesar de dizer que não o “choca” que um governo inclua militantes dos seus partidos — ou seja, que o problema não é o número de políticos, superior ao de independentes, como já acontecia no Governo de António Costa — argumenta que a nível parlamentar só os partidos que integram a AD estão representados no Governo, com a AD a continuar no “exato ponto” em que já estava, com um “alcance limitado” nos seus apoios.

    Delgado Alves responde a uma pergunta sobre se a ideia de que o PSD se preparará para governar através de decreto-lei e diz que formalmente há muitas propostas que não podem ser concretizadas sem passar pelo Parlamento, acrescentando depois que “é um mau princípio democrático tentar fugir ao Parlamento”.

  • Senhorios esperam que novo ministro da Habitação corrija medidas do anterior executivo

    O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP) disse hoje esperar que o novo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, possa “corrigir as medidas” que tinham sido implementadas para o setor pelo Governo cessante (PS).

    “Estamos expectantes em relação ao que vai haver. Uma das coisas que nós desejamos é que haja uma correção das medidas que foram tomadas pelo último Governo, que, para nós, foram completamente desajustadas”, afirmou à agência Lusa António Frias Marques.

    Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD e da Câmara Municipal de Cascais, vai ser o novo ministro das Infraestruturas e da Habitação no XXIV Governo Constitucional, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, de acordo com a lista entregue esta tarde pelo primeiro-ministro indigitado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

    Sobre a escolha de Miguel Pinto Luz, o presidente da ANP admitiu não conhecer bem o novo ministro, mas disse ter confiança de que será uma “pessoa competente”, esperando que possa resolver os problemas da habitação “com os proprietários”.

    “O anterior Governo quis resolver o problema da habitação contra os proprietários. Nós achamos que o problema da habitação deve ser resolvido com os proprietários. Esse é realmente o nosso desejo”, sublinhou.

    Apesar das expectativas serem positivas, António Frias Marques lamentou o facto de a pasta da Habitação deixar de ter um ministério próprio e voltar a ser integrada nas Infraestruturas.

    “O problema da habitação é de tal maneira importante que, quanto a nós, não se coaduna com uma simples secretaria de Estado. É uma coisa fundamental”, observou.

  • Sindicato do Ministério Público pede a nova ministra soluções para “graves carências” na Justiça

    O recém-eleito presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público desejou hoje que a nova ministra da Justiça mantenha um “diálogo construtivo” com os operadores judiciários para encontrar “as soluções adequadas para as graves carências” do setor.

    Paulo Lona disse à Lusa que é fundamental “um investimento sério no sistema de justiça” e que o setor seja uma “prioridade para o poder político”, apelando para que o Governo enfrente os “reais problemas com uma visão global”.

    “Até para que não fique a ideia que a justiça só se transforma em prioridade quando se torna incómoda para o poder político, como consequência de dois ou três processos mediáticos”, disse, pedindo “vontade política efetiva de ouvir os operadores judiciários, que são aqueles que melhor conhecem o sistema e suas insuficiências”.

    O dirigente sindical disse acreditar que “será possível consensualizar soluções que permitam aumentar a confiança, credibilidade, celeridade e eficácia do sistema de justiça”.

    Paulo Lona desejou “boa sorte nas novas funções” a Rita Júdice e sublinhou a necessidade de a nova ministra encontrar, “em diálogo construtivo com os operadores da justiça, as soluções adequadas para as graves carências conhecidas de recursos humanos, materiais e tecnológicos do sistema de justiça”, lembrando que faltam oficiais de justiça, uma carreira que não é atrativa, é mal paga e não tem um estatuto profissional condigno aprovado.

    “Temos magistrados do Ministério Público (MP) que estão eles próprios a juntar papéis aos processos, para depois os poderem despachar, porque não têm técnicos de justiça afetos ao serviço que o possam fazer”, exemplificou.

    Quanto às carências do MP, referiu que faltam magistrados e que esta carreira nas magistraturas deixou de ser atrativa, de tal modo que “nunca houve tão poucos candidatos ao Centro de Estudos Judiciários”, como aconteceu no último curso aberto.

    Alertou ainda que cerca de 20% dos magistrados estão em situação de ‘burnout’ ou ‘pré-burnout’ “devido, em grande parte, ao avassalador volume de trabalho a que estão sujeitos, com óbvio prejuízo para a sua saúde, vida pessoal e familiar”, a que se somam as deficientes condições materiais nos tribunais e nos departamentos do MP, que “são em muitos casos lamentáveis”.

  • Tantos ministros como Costa, as mesmas idades, ligeiramente menos mulheres e menos independentes: o que muda com Montenegro

    Novo Governo de Luís Montenegro tem características semelhantes ao último de Costa, com 18 elementos e idades parecidas. Ambos tem ministros sem cartão de militantes mas associados ao partido.

    Tantos ministros como Costa, as mesmas idades, menos mulheres e menos independentes: o que muda com Montenegro

  • Bloco diz que este é "um dos governos mais à direita de sempre" e "resgata figuras da troika"

    Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, reage agora ao novo Governo. Diz que traz “figuras da área dos interesses imobiliários para a Justiça” (a ministra será Rita Júdice, coordenadora do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a Habitação), “defensores dos vistos Gold na Habitação” (área que deverá ser de Miguel Pinto Luz, nas Infraestruturas), “uma académica contra os direitos do Trabalho para o Trabalho” (referência a Rosário Ramalho), “uma conservadora para a Cultura” (fala de Dalila Rodrigues)” e que deixa a Ciência “sem pasta” própria.

    “É um dos governos mais à direita de sempre”, garante. “Cheira a passado, resgata várias figuras da troika, por isso não trará soluções para os problemas do país”. Por isso, diz, o Bloco será “a mais determinada oposição, no Parlamento e nas ruas” e construirá “uma alternativa”.

    Sobre o ministério da Juventude e se é um bom sinal para os jovens, diz que “bom sinal seria” um governo que baixasse os preços das casas e conseguisse aumentar os salários. “Não é por se dar o nome da Juventude ao ministro que se resolve os problemas da juventude. Muito pelo contrário, são figuras que apoiaram o governo que fez emigrar mais jovens”.

  • Fnam saúda escolha para a Saúde e diz que exigirá regresso às negociações

    A presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), Joana Bordalo e Sá, saudou hoje a nomeação de Ana Paula Martins como nova ministra da Saúde, referindo que vai exigir o regresso à mesa das negociações.

    A antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos Ana Paula Martins vai ser a nova ministra da Saúde, depois de em dezembro se ter demitido do cargo de presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.

    “Esperamos que Ana Paula Martins tenha uma visão correta para o Serviço Nacional de Saúde, que privilegie o diálogo com os médicos, com a Fnam e que se possam iniciar, o quanto antes, negociações, que sejam sérias, transparentes, sem manipulações e sem jogos de bastidores, uma estratégia seguida pela antiga equipa ministerial”, afirmou à agência Lusa a responsável.

    Desejando “um bom mandato” a Ana Paula Martins, a líder da Fnam salientou que a “saúde, em Portugal, faz-se com os médicos do SNS e não com vales de consulta ou de cirurgia para o setor privado”, assegurando que vai “continuar a lutar para ter médicos no SNS”.

    “Precisamos de seriedade, de salários justos e condições de trabalho dignas para que os doentes tenham os melhores cuidados no SNS e que o SNS consiga recuperar assim os quadros médicos”, disse, sublinhando a importância de manter os médicos motivados e a trabalhar em equipa “para conseguir parar com a debandada de médicos para o setor privado ou para a emigração”.

    “Numa fase inicial não vamos dizer que há bons ou maus ministros quando se assume uma função. É algo depois que o tempo irá validar. É fundamental que seja iniciada uma negociação e que Ana Paula Martins seja uma aliada para governar, para recuperar a nossa profissão e também salvar o SNS”, acrescentou.

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