Histórico de atualizações
  • Bom dia, encerramos aqui este liveblog onde seguimos a entrevista ao líder da oposição portuguesa. Continuamos a seguir a atualidade política aqui, no nosso jornal, e aqui, na nossa rádio. Fique connosco.

    Até já.

  • Passos candidato em legislativas? "Candidato a primeiro-ministro sou eu", responde Montenegro

    Mesmo na reta final, e desafiado a comentar o futuro de Pedro Passos Coelho, o líder social-democrata começa por dizer que Passo é “um ativo”. “Desde que entenda servir o país, seja em que circunstância for, será sempre positivo.”

    Mas a pergunta tinha um twist: tem Montenegro receio que Passos seja candidato nas próximas legislativas? “O candidato a primeiro-ministro sou eu”, remata.

    O líder do PSD volta a dizer que será recandidato depois das europeias em junho de 2024, numa tentativa evidente de condicionar Passos — que vai fazendo saber que jamais será candidato contra Montenegro.

    “Se mais alguém quiser [ser candidato], está no seu direito”, desafia o presidente do PSD.

    Mais à frente, Montenegro volta a dizer que “Passos está habilitado a fazer tudo na sua vida pública e até na vida privada” e fala… da carreira universitária do antigo primeiro-ministro. “O meio académico português não está a tirar partido do potencial que ele tem nessa área”, sugere.

    A jornalista Sara Pinto insiste: Montenegro está a aconselhar Pedro Passos Coelho a dedicar-se às aulas? “Não, de maneira nenhuma. Pedro Passos Coelho fará aquilo que entender. E eu também.”

  • Montenegro admite aumentos extraordinários para as pensões mais baixas

    Confrontado com a situação dos reformados, o líder do PSD admite que são precisos aumentos extraordinários para as pensões mais baixas.

    Quanto ao mais, Montenegro defende que, nas pensões que têm carreiras contributivas sólidas, deve ser aplicado os critérios que estão na lei.

    As regras determinam que as pensões (e mais um conjunto alargado de prestações sociais) dependem do Indexante de Apoios Sociais (IAS). Todos os anos, o IAS é atualizado ao ritmo da inflação em novembro (Índice de Preços no Consumidor, sem habitação) e da média do crescimento económico nos últimos dois anos. Se a economia avançar acima dos 3% em termos reais, durante os dois anos antecedentes, então, no ano seguinte, o IAS sobe ao ritmo da inflação, acrescido de 20% do crescimento

  • PSD quer descer IRC para 15% a longo prazo

    Montenegro explica agora que uma das prioridades do PSD para o IRC é descer já dois pontos, de 21 para 19%.

    No futuro, acredita, será possível descer ainda mais dois níveis, de 19 para 17 e 17 para 15%.

  • Montenegro admite que a nacionalização da REN deveria ser estudada

    Nova pergunta da plateia, desta vez sobre eventuais renacionalizações de empresas estratégicas. O líder do PSD começa por defender que confia no mercado verdadeiro regulador e que é tendencialmente favorável às privatizações que foram feitas. Menos uma: a REN

    “A única empresa que merece uma reflexão é a REN, embora isso tenha sido uma imposição do memorando da troika. É do interesse nacional ter a rede elétrica no Estado”, defende.

  • Líder do PSD não afasta coligações pré-eleitorais

    Na mesma sequência, o presidente do PSD é desafiado a dizer se afasta por completamente o cenário de coligações pré-eleitorais, nomeadamente com o CDS.

    Montenegro não recusa essa possibilidade e admite que, a seu tempo, pensará numa solução.

  • "Não farei coligação ou acordo com o Chega"

    O líder do PSD assegura, mais uma vez, que não fará qualquer “coligação ou acordo com o Chega”, regra que não se aplica à Iniciativa liberal.

    Montenegro diz ainda não formará governo se perder as eleições e, por outro, que governará em maioria relativa se assim tiver de ser.

  • Montenegro propõe reduzir taxas de IRS dos jovens para um terço

    Montenegro explica agora as suas propostas para a retenção de talento em Portugal e centra a questão no IRS.

    O líder do PSD acusa António Costa de ter ando “tergiversar” nesse aspeto e defende que a proposta social-democrata é “melhor”, uma vez que garante “maior previsibilidade” e que se aplica a todos os jovens até aos 35 anos, que “pagarão um terço [de IRS]”.

  • PSD não se compromete em validar solução para o novo aeroporto

    Recentemente, Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD, ameaçou rasgar o acordo para a localização do novo aeroporto por duvidar da independência da comissão técnica que está a estudar o dossiê.

    Montenegro veio agora assinar por baixo, dizendo que o Governo não está a cumprir as condições negociadas entre os dois partidos e que a comissão técnica independente está a extravasar as suas suas competências.

    No final, o líder do PSD garante que vai analisar com cuidado as conclusões do estudo da comissão técnica independente, mas não se compromete a validar qualquer solução.

  • Montenegro defende a privatização a 100% da TAP

    O presidente social-democrata fala agora sobre a venda da TAP. E assume sem rodeios: “A compra da TAP pela Iberia é muito perigosa”.

    Depois de acusar António Costa de “incompetência pura” na gestão da TAP, “uma escolha política, voluntária e consciente que lesou o interesse público”.

    Montenegro defende ainda a privatização a 100% da TAP, mesmo assumindo que possa ocorrer de forma faseada.

  • "Recuperação do tempo dos professores é prioridade. Temos de começar por algum lado"

    Chega agora a fase de perguntas da plateia. O primeiro tema está relacionado com a valorização da carreira dos professores.

    “Apresentámos uma proposta para que a recuperação do tempo perdido possa acontecer em cinco anos a 20%. Fizemo-lo porque há hoje muita instabilidade nas escolas e o perigo de não haver professores. Em 2026, mais de 50% dos professores vão ter mais de 50 anos”, argumenta.

    “Só se consegue atrair gente para o ensino, se se valorizar a função. Nós fizemos uma escolha. E a escolha é equilibrada do ponto de vista orçamental. E uma prioridade”, diz.

    Ainda assim, Montenegro é confrontado com o facto de ter mudado de opinião face a 2019. O social-democrata começa por dizer que não pode falar sobre a posição do partido nessa altura, mas adianta que as condições eram muito menos favoráveis e que o sistema não estava hoje nas circunstâncias em que está.

    O líder do PSD acusa ainda o Governo de não mostrar as contas e diz que vai pedir à UTAO entregar as contas para a restante a Administração Pública.

    No entanto, o líder do PSD assume os professores como prioridade. “Temos de começar por algum lado. E eu escolho.”

  • "Não vejo no acordo da Madeira nada que ofenda os princípios do PSD"

    Montenegro recusa depois ter qualquer tipo de “vergonha” pelo acordo alcançado entre PSD-Madeira e PAN para governar aquela região autónoma e assume:

    “Tive o conhecimento e não vejo naquele acordo nada que ofenda os princípios do PSD.”

  • "Vou ser recandidato à liderança do PSD depois das europeias"

    O presidente do PSD fala agora das europeias de 2024, para reafirmar que o objetivo do partido é “ganhar” essas eleições.

    Montenegro deixa ainda uma garantia, que é uma absoluta novidade: independentemente do resultado que possa ter nas europeias, vai voltar a ir a votos depois de junho de 2024.

    “Vou ser recandidato à liderança do PSD depois das europeias”, assegura. Com ou sem vitória nessas próximas eleições.

    Montenegro recusa depois leituras nacionais definitivas sobre europeias e dá o exemplo da última vez em que o partido ganhou a corrida para Bruxelas (2009) e perdeu as legislativas seguintes.

    O presidente do PSD recusa depois anunciar um cabeça de lista mas diz que já tem um “nome na cabeça”.

  • Sondagens? "É preciso tempo, consistência e solidez"

    Montenegro é agora obrigado a comentar as sondagens menos positivas para o PSD.

    “As sondagens são um bom elemento de trabalho. Não fico eufórico, nem deprimido. A questão é: as sondagens dizem-nos que há um desgaste enorme do PS; mas também acho que é normal num ano e poucos meses da minha liderança, os portugueses ainda tenham dúvidas sobre a minha capacidade”, nota.

    “Para se ganhar a confiança e o conforto dos eleitores, é preciso tempo, consistência e solidez. Temos vindo a apresentar ideias para dar precisamente essa segurança.”

  • "A hipocrisia do Governo na Saúde tem de ter um ponto final" 

    O presidente do PSD discute agora o tema da Saúde, para defender uma maior cooperação entre Estado e setores privado e social.

    “Em Portugal, é preciso um pacto para a Saúde que envolva os operadores dos três sectores, público, privado e social. O que é que está a acontecer? Os médicos estão a sair para o privado e para o setor social”, começa por dizer.

    Montenegro acusa depois de geringonça e o PS de ter sido responsável pelo crescimento das receitas dos privados na Saúde e pelo facto de mais portugueses terem agora de pagar seguros de saúde para ter acesso a cuidados de saúde dignos.

    O presidente do PSD diz que há uma enorme “hipocrisia política” no PS, que se afirma como o “baluarte” da defesa de um SNS estritamente pública e não dependente dos privados, para depois ficar dependente dos “avençados” para suprimir as necessidades mais básicos. “Isto tem de ter um ponto final.”

    Montenegro sugere ainda que Manuel Pizarro parece estar esgotado na sua capacidade de dialogar com o sector e de responder às necessidades do SNS e deixa uma provocação: “Pode já estar com a cabeça noutro lado”. Uma referência às alegadas pretensões de Pizarro em ser candidato à Câmara do Porto.

  • "O travão das rendas tem um efeito perverso"

    “O travão das rendas tem um efeito perverso: é aparentemente uma boa notícia. Mas o que é que acontece: ou os senhorios não renovam os contratos, ou retiram as casas dos mercados”, continua.

    Montenegro admite que o Estado poderia ter uma intervenção limitada do lado da oferta no mercado de arrendamento, mas centra-se sobretudo no apoio a quem procura habitação.

    O mesmo aplicar-se-ia no caso da compra de habitação própria, explica Montengro, centrando as suas propostas nos mais jovens: que o Estado, por exemplo, servisse de garantia de financiamento na compra da primeira casa.

  • "Costa perdeu uma oportunidade de pedir desculpa aos portugueses"

    Continua Montenegro, agora para comentar a entrevista de António Costa em que o primeiro-ministro admitiu sentir-se “frustrado” pelos problemas na Habitação.

    “Perdeu uma oportunidade de pedir desculpa aos portugueses. Teve o descaramento de quem parece que chegou ontem à governação.”

    Montenegro recusa depois responsabilidades do estado da Habitação por causa da aprovação da chamada “Lei Cristas”. “Se não houver condições para que os senhorios possam fazer obras, não vai haver oferta no arrendamento.”

    O líder social-democrata avança depois com um caminho: “Menos burocracia, menos impostos e alguma previsibilidade no retorno do investimento. O Estado pode servir de garantia e assumir o encargo de dar ao investidor a rentabilidade que ele previa. Quando o Governo não conta com o setor privado, o que estão a fazer é afunilar o mercado”.

  • Montenegro: "Não estamos a ser imprudentes"

    O líder do PSD é desafiado a explicar se o PSD não está a perder o monopólio da bandeira das contas certas para propor medidas que colocam em causa o défice e a dívida pública. Montenegro corta: “O PSD não aceita lições do PS [nessa matéria]”.

    A seguira, o social-democrata volta a apontar baterias ao Governo, acusando António Costa de ter conseguido o que conseguiu graças a um contexto muito favorável e a um excesso de arrecadação fiscal.

    “Temos hoje contas certas. Mas temos impostos como nunca tivemos. Tivemos um desinvestimento nas áreas públicas. E só em [poupança] de juros tivemos 3 mil milhões entre 2022 e 2015”, recupera.

    Ainda assim, desafiado a dizer se não está o PSD a pôr em causa as contas públicas, Montenegro: “Não estamos a ser imprudentes”, insiste Montenegro.

  • Líder do PSD acusa Costa de "eleitoralismo" ao descer impostos em 2024

    O líder do PSD é depois confrontado com a hipótese, antecipada por Luís Marques Mendes, de existir neste Orçamento do Estado uma descida mais acentuada do IRS, aproximando-se da proposta do PSD.

    “Ficaria satisfeito se houvesse uma aproximação entre a proposta do Governo para o IRS e a do PSD”, começa por dizer, antes de voltar ao ataque:

    “Mesmo que António Costa revele [uma descida maior do IRS] já vem com um ano de atraso. Entre fazer justiça social em 2023 ou fazer eleitoralismo em 2024, optou pela segunda via”, argumenta.

  • Montenegro recorda Cavaco Silva para atacar Costa

    Começa agora a entrevista a Luís Montenegro. A primeira pergunta é sobre o Orçamento do Estado e o sentido de voto do PSD.

    “Não será uma novidade a abordagem que o PSD terá a uma política que tem oito anos”, começa por recordar Montenegro, dando o exemplo de Aníbal Cavaco Silva, o único primeiro-ministro que, a par de António Costa, governou duas décadas.

    “A diferença entre os resultados que Cavaco Silva pôde apresentar ao país e a falta de resultados de António Costa é elucidativa”

1 de 2