Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Encerramos agora este liveblog, mas pode continuar a acompanhar as últimas notícias sobre o conflito na Ucrânia nesta nova ligação.

    https://observador.pt/liveblogs/eua-preocupados-com-seguranca-nuclear-apos-putin-revogar-ratificacao-do-tratado-global-de-proibicao-de-testes-nucleares/#liveblog-entry-630052

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    • Um ataque russo, feito com recurso a um drone, atingiu durante a noite uma refinaria no centro da Ucrânia, em Kremenchuk, adiantou a Reuters. Três aldeias ficaram, na sequência do ataque, sem eletricidade.
    • O responsável do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia avisou que a Rússia se está a preparar para intensificar os ataques à Ucrânia durante o inverno.
    • O presidente russo, Vladimir Putin, assinou esta quinta-feira um documento que anula a participação do país no Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares, um tratado cujo objetivo passa por banir todos os testes nucleares.
    • O Instituto para o Estudo da Guerra alertou que “as forças russas estão provavelmente a preparar-se para outra onda de ataques terrestres liderados pela infantaria, altamente desgastantes, contra posições ucranianas na área de Avdiivka.”
    • A Coreia do Norte terá enviado para Moscovo mísseis balísticos de curto alcance e mísseis antiaéreos portáteis, a que se juntam milhares de munições de artilharia.
    • Devido à “situação de segurança difícil”, o governo da Ucrânia mandou retirar 275 crianças e as suas famílias da região de Kharkiv.
    • O comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia afirmou que a guerra chegou a um impasse. Por sua vez, o Kremlin contrariou as declarações e frisou que a campanha militar russa continua no sentido de alcançar os seus objetivos.

  • Ucrânia diz que drones russos atingiram Kharkiv

    Segundo o The Kyiv Independent, o governador da região de Kharkiv, Ihor Terekhov, avançou que foram ouvidas explosões na cidade de Kharkiv e que vários alvos civis foram atingidos por drones russos.

    Ainda não há informações sobre vítimas.

  • Zelensky confiante de que a Ucrânia vai ganhar. Rússia está a perder controlo sob o Mar Negro

    No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky revelou que a Rússia está a “perder gradualmente” o controlo do Mar Negro, estando a seguir para a parte oriental das águas. “É também aí que os vamos alcançar”, escreveu o Presidente ucraniano, acrescentando que “os resultados são bons”.

    Durante o dia, Zelensky teve uma conversa telefónica com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na qual fizeram um balanço dos desenvolvimentos no terreno e do apoio contínuo da UE ao povo ucraniano. Zelensky convidou ainda Charles Michel para fazer uma visita ao seu país.

    O Presidente ucraniano agradeceu também aos EUA pelas novas sanções impostas à Rússia: “Mais de 220 entidades russas — e não só — que trabalham no domínio da agressão estão agora sob sanções americanas.”

    “É isto que é necessário. Sectores críticos da economia do agressor. Esquemas sensíveis para os terroristas”, afirmou Zelensky. “O poder das sanções é o poder do mundo”, acrescentou.

    Por fim, Zelensky mostrou-se orgulhoso com todos aqueles que lutam pela Ucrânia e afirmou estar confiante de que o seu país vai “definitivamente ganhar”.

  • Kremlin contraria Kiev e diz que a guerra "não está estagnada"

    O Kremlin contrariou hoje as declarações do chefe do Exército da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, sobre o “estagnação da guerra”, frisando que a campanha militar russa continua no sentido de alcançar os seus objetivos.

    “Não, o conflito não está em ‘ponto morto’. A Rússia continua a levar a cabo a operação militar especial. Todos os objetivos determinados devem ser alcançados”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov em conferência de imprensa.

    Zaluzhin escreveu num artigo publicado na revista The Economist que a guerra estancou numa fase de posições, não se devendo esperar manobras significativas dos dois lados.

    Peskov responde afirmando que Kiev “tem de compreender” que não pode vencer a Rússia no campo de batalha. “Quanto mais cedo o regime de Kiev o entender, mais perspetivas se podem abrir (para uma solução)”, concluiu Peskov.

  • Dmytro Kuleba optimista sobre abertura de negociações para adesão à UE

    O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, declarou-se hoje “otimista” relativamente à próxima abertura pela União Europeia (UE) das negociações de adesão do país, garantindo que foram feitas reformas para responder às recomendações de Bruxelas.

    “Estamos otimistas. Fizemos muitas reformas e adotámos as leis necessárias para responder às recomendações” feitas por Bruxelas, afirmou, antes de uma conferência sobre o futuro da Europa organizada em Berlim.

    O executivo europeu deve apresentar um relatório na próxima quarta-feira sobre os progressos realizados pela Ucrânia, Moldova e Geórgia e decidir se abre ou não negociações de adesão, sendo que a questão será depois debatida entre os 27 Estados-membros numa cimeira a realizar em Bruxelas em dezembro.

    “Aguardamos com expectativa a apresentação deste relatório e tenho razões para acreditar que abrirá o caminho para a decisão do Conselho Europeu sobre a abertura de negociações de adesão com a Ucrânia e outros países”, acrescentou Kouleba.

  • Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano reúne-se com homólogo turco em Berlim

    O ministro dos Negócios Estrangeiro da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reuniu-se com o seu homólogo turco, Hakan Fidan, em Berlim. Os dois discutiram a segurança no Mar Negro assim como o conflito no Médio Oriente.

    Concentrámo-nos na situação de segurança na região do Mar Negro e nas exportações de cereais da Ucrânia para os mercados mundiais. Discutimos também os desenvolvimentos no Médio Oriente”, escreveu Kuleba na rede social X.

  • Guerra chegou a um impasse, diz comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia

    A expressão militar é guerra posicional, mas pode ser traduzida para impasse. É nesse ponto que se encontra o conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia, segundo o comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia. As declarações de Valeriy Zaluzhnyi foram feitas à revista Economist.

    A contra-ofensiva ucraniana está, de forma gradual, a mudar para uma forma posicional — quando se deixa avançar o inimigo até à distância de fogo das armas disponíveis — e “é improvável” uma penetração significativa nas linhas russas.

    Zaluzhnyi acredita, assim, que a guerra entrou numa nova fase: “O que nós, nas Forças Armadas, chamamos de guerra posicional de estática e lutas de atrito.”

    Remembrance event for Debaltseve defenders in Kyiv

    Valerii Zaluzhnyi

    “Provavelmente não haverá um avanço profundo e bonito”, afirmou o militar ucraniano. Zaluzhnyi acredita que esta nova fase do conflito poderá beneficiar mais Moscovo do que Kiev, “permitindo à Rússia reconstruir o seu poder militar, ameaçando eventualmente as forças armadas da Ucrânia e o próprio Estado”.

    “Tal como na Primeira Guerra Mundial, atingimos um nível de tecnologia que nos coloca num impasse”, concluiu o militar.

  • Kiev manda retirar 275 crianças de 66 assentamentos da região de Kharkiv ( e não de 10)

    Devido à “situação de segurança difícil”, o governo da Ucrânia mandou retirar 275 crianças e as suas famílias da região de Kharkiv. Ao contrário da informação inicial — segundo o Ministério da Reintegração, citado pela imprensa local —, as famílias distribuem-se por 66 assentamentos naquele oblast, e não 10.

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    Monumento às crianças ucranianas mortas durante a guerra, em Kharkiv

    A retirada das crianças e outros civis será uma operação longa, que irá realizar-se ao longo de 45 dias. Segundo o governo de Kiev, as crianças, pais e tutores legais receberão abrigo, ajuda humanitária e outros apoios necessários.

  • Ucrânia acrescenta Nestlé à lista de empresas patrocinadoras de guerra

    Na lista já estão nomes de empresas como PepsiCO, Bacardi, Mars, Proctor & Gamble e outras. Agora, a Nestlé passou a integrar o grupo de “patrocinadores internacionais de guerra”, lista elaborada pela Agência Nacional da Ucrânia para a Prevenção da Corrupção (NACP).

    O motivo? Os negócios contínuos da Nestlé na Rússia, anunciou a agência, segundo a imprensa ucraniana.

    Em março de 2022, a Nestlé chegou a anunciar a suspensão de negócios na Rússia, embora frisando que continuaria a fornecer ao país produtos essenciais. Apesar disso, quase um ano depois, um jornal suíço escrevia que o mercado russo continuava a ter produtos da Nestlé — no seu site, a empresa diz estar ao lado da Ucrânia.

  • Seul. Rússia recebeu mísseis balísticos de curto alcance oferecidos pela Coreia do Norte

    É uma das consequências do encontro de Vladimir Putin e de Kim Jong-un: a Coreia do Norte terá enviado para Moscovo mísseis balísticos de curto alcance e mísseis antiaéreos portáteis, a que se juntam milhares de munições de artilharia. A acusação foi feita por um alto funcionário militar sul-coreano, citado pela agência de notícias Yonhap.

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    Putin e Kim, na Rússia, em setembro de 2023

    Segundo a mesma fonte, Pyongyang terá enviado munições para tanques da série T, mísseis guiados antitanque, lançadores de foguetes, espingardas e metralhadoras.

    “Há indícios de fornecimento de armas pela Coreia do Norte à Rússia desde meados de 2022, e o comércio de armas através de rotas marítimas aumentou em agosto, pouco antes da visita de Kim Jong-un à Rússia”, disse a mesma fonte à agência de notícias.

  • Kiev. Rússia não abandona as tentativas de cercar Avdiivka

    O agravamento da situação em Avdiivka foi esta quinta-feira enfatizado pelo porta-voz das forças armadas da Ucrânia, Andriy Kovalov, no seu habitual briefing matinal. Aquela cidade ucraniana tem sido alvo de intensos ataques desde outubro.

    “O inimigo, com o apoio da aviação, não abandona as tentativas de cercar Avdiivka, mas os nossos soldados mantêm firmemente a defesa, infligindo perdas significativas aos invasores”, escreveu na sua conta oficial de Facebook.

  • Instituto para o Estudo da Guerra. Rússia prepara ataque em Avdiivka

    “As forças russas estão provavelmente a preparar-se para outra onda de ataques terrestres liderados pela infantaria, altamente desgastantes, contra posições ucranianas na área de Avdiivka.” O alerta é feito no mais recente relatório do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, sigla em inglês).

    A situação na zona de Avdiivka “é um microcosmo do fracasso mais amplo do Estado-Maior Russo em interiorizar as lições aprendidas pelas forças russas durante anteriores esforços ofensivos falhados na Ucrânia”, lê-se no relatório que é publicado diariamente.

    Ainda segundo o documento, as forças russas reduziram o ritmo dos ataques terrestres ao norte e ao sul de Avdiivka, optando antes pelo fogo indireto pesado contra as posições ucranianas. Este fogo pesado é provavelmente “uma preparação aérea e de artilharia para o campo de batalha antes de outra onda de ataques russos”.

    No relatório diário, o ISW dá ainda conta de que:

    • As forças ucranianas continuam operações ofensivas perto de Bakhmut e no oeste de Zaporíjia.
    • As forças russas conduziram uma grande série de ataques de drones e mísseis visando Poltava.
    • Fontes russas especulam que Pavel Prigozhin, filho do falecido criador do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, é oficialmente o chefe interino do que sobrou do grupo armado.

  • Secretas britânicas. Defesa aérea da Rússia sofreu perdas consideráveis

    A Rússia terá perdido quatro lançadores de misseis superfície-ar (SAM, na sigla em inglês), segundo o Ministério da Defesa britânico, o que representa uma perda considerável no sistema de defesa aérea de Moscovo.

    No seu relatório diário sobre a guerra, as secretas do Reino Unido concluem:

    • A Rússia provavelmente perdeu pelo menos quatro lançadores de SAM durante os ataques ucranianos da última semana.
    • Os sistemas SAM são uma componente-chave da estratégia militar russa.
    • As recentes perdas mostram que “o Sistema Integrado de Defesa Aérea da Rússia continua a lutar contra as modernas armas de ataque de precisão e irá muito provavelmente aumentar a já significativa pressão sobre os restantes sistemas e operadores”.
    • Existe “uma possibilidade realista de que, à medida que a Rússia substitui os sistemas destruídos na Ucrânia, enfraqueça as suas defesas aéreas” noutras áreas operacionais.

  • "Há medo que a Ucrânia caia no esquecimento"

    “É o medo da Russia não se contentar com a Crimeia”, José Filipe Pinto assume preocupação com atenção no Médio-Oriente e divisão de votos na NATO: “não é um aspeto onde pode haver diversidade”.

    Ouça aqui o “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    https://observador.pt/programas/gabinete-de-guerra/ha-medo-que-a-ucrania-caia-no-esquecimento/

  • Putin anula subscrição de tratado que vai banir testes nucleares

    O presidente russo, Vladimir Putin, assinou esta quinta-feira um documento que anula a participação do país no Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares, um tratado cujo objetivo passa por banir todos os testes nucleares.

    Segundo o Moscow Times, isto significa que a Rússia não fica limitada ao texto que a ONU apoia, e que entra em vigor esta quinta-feira.

    A Rússia e os Estados Unidos já tinham assinado o texto em 1996, mas os EUA não chegaram a ratificá-lo e ficou a faltar a assinatura de outros países, pelo que o tratado nunca chegou a entrar em vigor.

  • Responsável russo diz que "ninguém pode dizer data final" da invasão e que guerra provoca "fadiga crescente" no Ocidente

    Ninguém pode prever a data do fim da guerra na Ucrânia. Quem o diz é o diretor de um dos departamentos do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Alexey Polishchuk.

    Em entrevista à agência russa TASS, o responsável disse que “neste momento, ninguém pode dizer a data final exata da operação militar especial. Nem diplomatas, nem militares, nem políticos”.

    O diplomata defendeu ainda que as perguntas sobre os timings da invasão provam que existe uma “fadiga crescente com a crise ucraniana, que está a ser cada vez mais sentida por todo o mundo e especialmente no Ocidente”.

  • Rússia prepara-se para intensificar ataques a "infraestruturas essenciais" durante o inverno, diz Ucrânia

    A Rússia prepara-se para intensificar os ataques à Ucrânia durante o inverno. A informação vem do lado de Kiev, que avisou, pela voz do responsável do Conselho de Segurança e Defesa Nacional Oleksii Danilov, que o perigo aumentará à medida que as temperaturas baixam.

    “A Federação Russa está a preparar-se para nos atacar quando vierem as temperaturas de inverno. Vão tentar atacar as nossas infraestruturas essenciais, que asseguram as nossas atividades diárias”, disse o responsável numa televisão ucraniana, em declarações citadas pelo jornal The Kyiv Independent.

  • Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?

    Quarta-feira foi, segundo as forças ucranianas, o dia com mais ataques russos desde o início do ano, tendo a Rússia atingido 118 cidades e aldeias. As tropas ucranianas dizem ter conseguido repelir 18 ataques nas últimas horas, incluindo em Avdiivka, um dos pontos mais atacados das últimas semanas.

    • As forças russas lançaram, na última noite, ataques contra 10 regiões ucranianas, atingindo 118 cidades e aldeias, naquela que as autoridades ucranianas classificam como a maior vaga de ataques deste ano contra o seu território. Os ataques fizeram pelo menos três mortos.
    • A Rússia atacou durante a madrugada infraestruturas críticas e alvo militares em várias regiões da Ucrânia com 20 drones kamikaze Shahed e um míssil guiado Kh-59, informou a força aérea ucraniana.
    • As Forças Armadas da Ucrânia afirmam que, desde o início do conflito, já morreram 301.490 soldados russos. Além disso, nas suas estimativas diárias, as forças ucranianas consideram que já foram destruídos mais de cinco mil drones e tanques de combate.
    • Desde o início da guerra, há o registo de um total de 561 acidentes com minas e explosivos em território ucraniano, segundo o Estado Maior das Forças Armadas ucranianas. Entre a população civil, 835 pessoas ficaram feridas, das quais 264 morreram e 571 ficaram feridas.

    • O ministro da Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse que “apesar do fornecimento de novos tipo de armas da NATO”, a Ucrânia “está a perder”. “As forças russas continuam a conduzir uma defesa ativa, infligindo efetivamente danos”, acrescentou, de acordo com a RT.
    • A Ucrânia está à espera de uma nova vaga de ataques russos no Donbass e também no nordeste, na região de Kharkiv. Segundo o chefe da administração militar de Avdiivka, a Rússia está a reforçar, com soldados e equipamentos, toda a frente leste e nordeste da guerra de modo a intensificar os ataques.

  • Ucrânia diz ter repelido 18 ataques russos

    Depois de ter anunciado que quarta-feira foi o dia com mais ataques russos desde o início do ano, a Ucrânia diz ter conseguido “repelir” ataques em várias frentes ao longo do seu território.

    Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, citadas pela Reuters, as tropas ucranians conseguiram repelir um total de 18 ataques nas últimas horas, incluindo na cidade de Bakhmut, uma das mais atacadas pela Rússia, assim como Avdiivka, que tem sido um dos pontos principais do conflito nas últimas semanas.

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