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  • Sem surpresas, Trump foi absolvido pelos republicanos (mas longe da unanimidade) e promete voltar à política

    A cobertura do último dia julgamento de impeachment de Donald Trump no Observador fica esta noite por aqui — mas continuaremos a acompanhar este e outros temas da atualidade internacional no nosso site. Obrigado por nos ter seguido hoje.

    Pode ler aqui o resumo do que aconteceu não só neste sábado, mas ao longo dos cinco dias que durou este segundo julgamento do ex-presidente dos EUA, que terminou com a absolvição.

    Sem surpresas, Trump foi absolvido pelos republicanos (mas longe da unanimidade) e promete voltar à política

  • Líder republicano (que votou para absolver Trump) diz que ex-presidente foi "prática e moralmente responsável" pela invasão do Capitólio

    O Senado entrou agora num período de intervenções livres dos senadores, que deu origem a um curioso discurso do líder republicano Mitch McConnell.

    Em tempos um dos mais poderosos aliados de Trump, McConnell — que votou pela absolvição do ex-presidente — fez um discurso duríssimo, acusando Trump de ter inequivocamente provocado o motim e a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro.

    “Não há nenhuma dúvida, nenhuma, de que o Presidente Trump é prática e moralmente responsável por provocar os acontecimentos daquele dia”, afirmou McConnell.

    “Eles fizeram-no porque foram alimentados com mentiras pelo homem mais poderoso do mundo, porque estava furioso por ter perdido uma eleição”, acrescentou o líder da bancada republicana.

    McConnell lamentou também que os advogados de Trump tivessem usado o argumento dos 75 milhões de eleitores que ficariam sem voz em caso de condenação, classificando o argumento como um “escudo humano”.

    Todavia, o líder republicano concluiu dizendo que o impeachment no Senado não era o fórum adequado para tratar do assunto. O impeachment é uma “válvula de segurança” dentro do Governo, e não um mecanismo “final” de justiça nos EUA, disse McConnell sugerindo que Trump devia ser presente a tribunal e não a um impeachment político.

  • Trump reage à absolvição. "O nosso movimento histórico, patriótico e belo ainda só está a começar"

    O ex-presidente Donald Trump, banido do Twitter, já fez sair um comunicado com a sua reação à absolvição. Na nota, Trump queixa-se de continuar a ser alvo de uma “caça às bruxas” e congratula-se com mais uma vitória.

    O nosso movimento histórico, patriótico e belo ainda só está a começar”, diz Trump, numa nota em que agradece à sua equipa de “dedicados advogados” por terem “defendido a justiça e a verdade”.

    “O meu mais profundo agradecimento também a todos os senadores e congressistas dos EUA que se ergueram com orgulho em defesa da Constituição que reverenciamos e pelos princípios legais sagrados no coração do nosso país”, diz ainda o ex-presidente.

    Trump manifesta um profundo desagrado com aquilo que diz serem os esforços dos democratas para “denegrir o Estado de Direito, difamar as forças de segurança, desculpar os manifestantes e transformar a justiça numa ferramenta de vingança política”

    O ex-presidente queixa-se ainda de que os democratas o querem “cancelar” e diz que o impeachment foi “mais uma fase da maior caça às bruxas do nosso país”.

    Nenhum Presidente alguma vez teve de passar por algo assim“, diz Trump.

    E promete voltar em breve: “O nosso movimento histórico, patriótico e belo movimento de Tornar a América Grande Outra Vez ainda só está a começar. Nos meses que aí vêm tenho muito a partilhar convosco e estou desejoso para continuar a nossa incrível viagem juntos, para alcançar a grandiosidade americana para todo o nosso povo”.

  • Trump poderá candidatar-se à Presidência em 2024

    Com a absolvição de Donald Trump, o Senado não pôde prosseguir para a votação subsequente, que com uma maioria simples poderia impedi-lo de se voltar a candidatar à Presidência.

    Por isso, Trump está livre para se candidatar a Presidente dos EUA em 2024.

  • Os sete republicanos que votaram para condenar Trump

    Sete senadores republicanos votaram para condenar Donald Trump por incitamento à insurreição. Seria necessário que pelo menos 17 republicanos o tivessem feito para que o resultado final fosse uma condenação.

    Os sete republicanos que votaram pela condenação foram:

    • Richard Burr
    • Bill Cassidy
    • Susan Collins
    • Lisa Murkowski
    • Ben Sasse
    • Mitt Romney
    • Pat Toomey

  • 57 senadores votaram para condenar Trump, mas não foi suficiente para os dois terços

    Resultado final:

    • Culpado: 57 votos
    • Inocente: 43 votos

  • Donald Trump absolvido

    Donald Trump foi absolvido. Já não é possível uma maioria de dois terços para a condenação.

  • Senado vai votar veredicto final

    Findos os argumentos da acusação e da defesa, os senadores preparam-se para votar o veredicto final.

    Neste momento, está a ser lida a acusação em voz alta.

    Donald Trump só será condenado se dois terços dos senadores — ou seja, 67 dos 100 — votarem nesse sentido.

    Porém, é altamente improvável que 17 republicanos votem pela condenação de Trump. Tudo indica, por isso, que Trump será absolvido.

  • Advogados de Trump concluem alegações finais classificando julgamento como "completa charada"

    O advogado de Donald Trump terminou as suas alegações finais classificando todo o julgamento como “uma completa charada do início ao fim“.

    “Todo este espetáculo foi apenas a perseguição desequilibrada de uma antiga vingança política contra Trump pelo partido da oposição”, disse Michael Van der Veen.

    O advogado atirou-se também ao próprio processo no Senado, argumentando que os democratas não acreditavam suficientemente nos seus argumentos — e só isso explicaria que não tivessem avançado com o julgamento antes do fim do mandato de Trump.

    Todavia, o advogado não referiu que, na altura, ainda eram os republicanos que controlavam o Senado. Na verdade, o senador democrata Chuck Schumer chegou a pedir a antecipação da sessão do Senado para o julgamento, mas o líder republicano, Mitch McConnell, garantiu desde logo que isso não aconteceria.

  • Advogados de Trump acusam democratas de procurarem ganhos políticos — e não a justiça — com impeachment

    Michael Van der Veen está agora a acusar o Partido Democrata de ter avançado para o impeachment de Donald Trump apenas por motivos políticos.

    De acordo com o advogado de Donald Trump, o único objetivo dos democratas é retirar o ex-presidente dos EUA da cena política norte-americana — e não procurar justiça relativamente ao que aconteceu no dia 6 de janeiro.

    Recorde-se que, como Donald Trump já não é o Presidente em funções dos EUA, já não pode ser destituído do cargo. Contudo, se Trump for condenado o Senado pode levar a cabo uma votação subsequente (para a qual basta uma maioria simples) destinada a impedi-lo de se voltar a candidatar à Presidência.

    Tendo em conta o momento em que o julgamento está a ocorrer, esse é, efetivamente, nesta altura o principal objetivo do Partido Democrata.

  • Defesa resume argumentos, acusa democratas de fabricar provas e defende liberdade de expressão de Trump

    Está agora a falar o advogado Michael Van der Veen, o principal representante da defesa de Donald Trump.

    No início da intervenção, Van der Veen anunciou que seria ele o único a falar (ao contrário da acusação, que apresentou os argumentos a quatro vozes) e que demoraria menos tempo do que os democratas.

    O advogado está a resumir os argumentos centrais da defesa de Trump, insistindo que o Senado não tinha sequer jurisdição para julgar o ex-presidente.

    Van der Veen acusou também os democratas de terem falsificado provas e de terem cometido uma “violenta quebra” do procedimento judicial por terem apresentado uma nova prova (um tweet com um vídeo) nas alegações finais. É proibido apresentar novas provas durante este período.

    Sobre o episódio no centro do processo de impeachment — a violenta invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro —, Michael Van der Veen está a resumir os principais dois argumentos da defesa:

    • Em primeiro lugar, os advogados de Trump sustentam que as palavras do ex-presidente antes da invasão não incitaram à violência, uma vez que Trump referiu que queria um protesto pacífico em frente ao Capitólio durante a sessão da certificação dos votos;
    • Em segundo lugar, a defesa agarra-se à liberdade de expressão: Donald Trump usou palavras como “luta” e “lutar” tal como vários políticos do Partido Democrata o fizeram ao longo dos últimos anos, com um sentido político e não literal. Trump, argumentam os advogados, tem o direito a usar a sua retórica nos discursos que faz — e não pode ser responsabilizado pelos atos da multidão que invadiu o Capitólio naquele dia.

    Ao mesmo tempo, Michael Van der Veen tem procurado comparar a invasão do Capitólio com os protestos anti-racismo organizados pelo movimento Black Lives Matter, que em vários momentos também se tornaram violentos.

  • Acusação termina alegações finais com discurso emotivo

    O congressista Jamie Raskin terminou as alegações finais da acusação com um discurso emotivo que incluiu referências ao seu filho (que morreu em dezembro do ano passado) e aos filhos dos próprios insurgentes que invadiram o Capitólio no dia 6 de janeiro depois do discurso de Donald Trump.

    “Os filhos dos insurgentes, até daqueles violentos e perigosos, são nossos filhos também”, disse Jamie Raskin.

    Na intervenção final, Jamie Raskin apelou aos senadores que votassem em consciência e perguntou-lhes: “É isto a América? Que tipo de América seremos?”

    Raskin sugeriu que o voto de hoje será “quase certamente como [os senadores] serão recordados na história” — e assegurou-lhes: “Agora, está nas vossas mãos”.

  • "O Presidente Trump traiu-nos deliberadamente"

    “No momento em que mais precisávamos de um Presidente para nos preservar, proteger e defender, o Presidente Trump em vez disso traiu-nos deliberadamente. É por isso que tem de ser condenado”, disse há minutos o congressista David Cicilline durante as alegações finais.

  • Entretanto, o Senado voltou a ter uma pausa nos trabalhos, depois de o senador Mike Lee ter apresentado uma contestação a uma citação de um telefonema em que aquele senador esteve envolvido referida pelo congressista David Cicilline. Após uma breve negociação com os microfones desligados, as alegações finais foram retomadas, agora pela voz da congressista Madeleine Dean.

    No fim da pausa para negociações, o presidente do senado, Patrick Leahy, recordou a ambos os lados que nesta fase de alegações finais não podem ser apresentadas novas provas.

  • Trump "não estava surpreendido nem horrorizado" com invasão. "Não. Ele estava encantado"

    Nas alegações finais, o congressista Jamie Raskin acusou o ex-presidente Trump de não ter obrigado a multidão violenta a dispersar no dia 6 de janeiro. “O ex-presidente sabia, claro, que a violência era previsível”, disse Raskin.

    O congressista democrata lembrou também os vários relatos que dão conta do modo como Trump reagiu aos acontecimentos de 6 de janeiro: “Ele não estava surpreendido nem horrorizado. Não. Ele estava encantado. E através dos seus atos de omissão e de instruções, ele abusou do seu cargo ao colocar-se ao lado dos insurgentes em todos os momentos”.

  • Democratas resumem acusação e falam em provas "esmagadoras e irrefutáveis" contra Trump

    Os democratas que lideram a acusação no julgamento de Trump estão a resumir os argumentos que expuseram ao longo de dois dias, na quarta e na quinta-feira.

    Jamie Raskin, o principal procurador da acsuação, disse aos senadores no arranque das alegações finais: “Apresentámo-vos provas esmagadoras e irrefutáveis de que o ex-presidente Trump incitou esta insurreição contra nós”.

  • Começaram as alegações finais

    Três horas depois do que era suposto, o Senado dos EUA entrou mesmo na fase final do julgamento. A acusação está neste momento a apresentar as alegações finais.

    Cada lado terá duas horas para expor os seus argumentos.

  • Nova reviravolta: não há testemunhas e julgamento deverá acabar mesmo hoje

    Ao fim de uma longa (e tensa) negociação, está resolvido o problema: o comunicado de Jaime Herrera Beutler e as notícias sobre o caso foram incluídas nos autos do julgamento, e nenhum dos lados vai chamar testemunhas.

    O julgamento vai agora entrar nas alegações finais — e ao contrário do que se chegou a temer, deverá mesmo haver um veredicto final ainda hoje.

    Este é o comunicado em questão:

  • Pode haver uma nova reviravolta — que permita o fim do julgamento ainda hoje

    As negociações de bastidores terão dado frutos. Segundo relatos da imprensa americana, os democratas poderão deixar cair o seu pedido de convocatória de testemunhas, abrindo espaço a que a defesa de Trump também abandone o seu projeto de chamar centenas de testemunhas.

    Em contrapartida, o comunicado da congressista Herrera Beutler e a notícia da CNN sobre o caso — que estiveram na origem da reviravolta inicial — poderão ser incluídas nos autos do julgamento, evitando a audição da própria Herra Beutler.

    A decisão oficial sobre o acordo entre democratas e republicanos deverá ser anunciada dentro de minutos no Senado.

  • Advogados de Trump com lista de 301 testemunhas incluindo Nancy Pelosi e Kamala Harris

    Os advogados de Donald Trump parecem estar a trabalhar no sentido de cumprir a promessa de chamar “centenas” de testemunhas em resposta ao pedido dos democratas para convocar uma testemunha.

    “Já vamos em 301”, garantiu hoje o conselheiro de Trump Jason Miller através do Twitter.

    Aos jornalistas, Miller exibiu uma lista de testemunhas que inclui a presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi, a vice-presidente dos EUA Kamala Harris, o líder da maioria democrata Chuck Schumer e a presidente da câmara de Washington D.C., Muriel Bowser.

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