A colheita de cereais na Ucrânia vai diminuir 10% este ano, segundo previsões do Governo, situação que terá efeitos globais, incluindo em Portugal, apesar da recuperação da capacidade de exportação dos portos ucranianos do mar Negro.

Os agricultores ucranianos vão colher um total de 74 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas em 2024, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, em comparação com 82 milhões de toneladas no ano passado.

O líder democrata da Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, anunciou hoje que o partido votará a favor dos pacotes de ajuda financeiros destinados à Ucrânia, a Israel e a Taiwan.

Ainda assim, Hakeem Jeffries deixou bem claro que este não é um “pacote apenas” de Mike Johnson, o líder republicano da Câmara dos Representantes. “É um pacote de ajuda da América para assegurar a nossas necessidades de segurança”, afirmou, citado pela Bloomberg.

A votação dos pacotes de ajuda deverá ocorrer este sábado.

A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA, sigla em inglês) informou hoje que a central nuclear de Zaporíjia — a maior da Europa — foi alvo de um ataque com drone.

Numa nota do site, lê-se que o drone foi neutralizado e não houve vítimas nem danos.

Este é o terceiro ataque recente contra a central nuclear, após dois na semana passada.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje que está tentar que os países da NATO enviem seis sistemas de defesa aéreos Patriot para a Ucrânia.

Numa conferência de imprensa após o Conselho Europeu, o chanceler germânico lembrou que Berlim enviou um sistema de defesa aérea Patriot para território ucraniano. “Esperamos encontrar mais seis no contexto da NATO.”

Para Olaf Scholz, a Ucrânia “precisa de apoio agora”: “Precisa de um sinal claro que haverá um apoio a longo prazo. E isso é o que estamos a fazer quando garantimos que há artilharia e munições suficientes”.

Os sistemas de defesa aéreos são, no entender do líder alemão, importante para que a Ucrânia se possa “proteger melhor de muitos ataques que está a sofrer”.

A Rússia apertou recentemente as regras de viagens para os funcionários e dirigentes do governo. Uma fonte contou à agência Reuters que “não se pode ir a lado nenhum, nem sequer ao Usbequistão nem à Bielorrússia“, países considerados amigáveis por Moscovo. “Só se pode ir se tiver permissão.”

Na base dos receios está a possibilidade de outras potências estrangeiras terem acesso a segredos estatais, enquanto estes dirigentes estão fora da Rússia. A ordem foi dada por um ramo dos serviços secretos russos, o Serviço Federal de Segurança (FSB).

Os serviços secretos russos temem que, no estrangeiro, esses dirigentes sejam obrigados a revelar os segredos que possa afetar a segurança nacional da Rússia.

Para além disso, o FSB receia que estes funcionários governamentais sejam detidos e depois extraditados para o Ocidente, em troca de informações secretos.

Esta medida terá sido tomada em 2022 e foi adotada apenas em meados de 2023. Recentemente, foi estendida a outros funcionários do governo.

No entanto, a medida não é completamente linear para todos os setores do governo.

A Dinamarca tornou-se no primeiro país a comprar armas e equipamentos militares para ceder à Ucrânia a um fabricante ucraniano, divulgou o ministro das Indústrias Estratégicas ucraniano, Oleksandr Kamyshin.

“Esta é a primeira e até agora sem precedentes decisões de compra de produtos militares de fabricantes ucranianos às custas de outro país. Esta decisão é extremamente importante tanto para as Forças Armadas ucranianas como para a economia ucraniana. A capacidade de produção da nossa indústria de defesa excede em muito o poder de compra do orçamento do Estado”, partilhou o ministério.

Segundo Kamyshin, a indústria de defesa ucraniana tem uma capacidade avaliada em cerca de 20 mil milhões de dólares, mas o país só tem um orçamento de seis mil milhões de dólares para comprar armas e equipamentos.

Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano, reuniu-se esta quinta-feira em Kiev com Robert Habeck, vice-chanceler alemão, para abordar a defesa aérea do seu país.

Segundo o chanceler alemão, Olaf Scholz, existem mais seis sistemas Patriot em países da NATO que podem ser entregues à Ucrânia.

“A Alemanha tomou medidas substanciais para equipar a Ucrânia” e agora apela “a outros que tomem decisões semelhantes”, garantiu Scholz, citado pelo Kyiv Independent.

Na cimeira desta quinta-feira do Conselho Europeu, Scholz aproveitou para “repetir o apelo e aprofundá-lo mais uma vez”. “Ouvimos falar de sete sistemas adicionais, um deles é nosso, e esperamos encontrar mais seis no contexto da NATO”, concluiu.

O Presidente russo, Vladimir Putin, apoiou hoje a reeleição do líder da Crimeia, Serguei Axionov, apesar do bem-sucedido ataque perpetrado na quarta-feira pela Ucrânia a um aeródromo militar, que demonstrou a fragilidade das defesas daquela península anexada.

“As coisas estão a correr-lhe bem. Bem, nem todas. Mas está a cumprir os principais objetivos. Estou certo de que os crimeanos o apoiarão”, afirmou Putin, numa reunião por videoconferência com Axionov.

Axionov está no poder desde a anexação daquele território, há uma década (2014), altura em que também apoiou abertamente a revolta armada no Donbass (leste da Ucrânia).

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje considerar um “grande erro” se o Chefe de Estado do Brasil, Lula da Silva, se encontrar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cimeira dos BRICS, em Kazan, em solo russo.

Citado pela CNN Brasil, o Presidente ucraniano indicou que a decisão é da presidência brasileira, mas deixou bem claro que seria um “grande erro”: “Nós temos de isolar Putin politicamente. Ele precisa de sentir que cometeu erros históricos ao atacar a Ucrânia e iniciar a guerra”.

“Quando um líder se reúne com ele, dá legitimidade [a Putin]”, argumentou Volodymyr Zelensky, insistindo tratar-se de um “grande erro”.

O Chefe de Estado da Ucrânia convidou ainda o homólogo brasileiro a participar na cimeira de paz que terá lugar na Suíça em meados de junho. “Espero que ele venha para se encontrar comigo e com a Presidente da Suíça [Viola Amherd]. É o lugar onde teremos de conversar.”

Volodymyr Zelensky frisou ainda que ficaria “feliz” em vez Lula da Silva na Ucrânia. “Vou convidá-lo para vir. Mas serei inteligente e convidá-lo-ei para a cimeira na Suíça antes dos BRICS”.

A Rússia condenou hoje a apreensão da casa de campo no sudoeste de França propriedade do empresário russo Artur Ocheretny, afirmando que a decisão ameaça os “fundamentos” do sistema jurídico francês.

“Qualquer violação da propriedade privada é, a priori, ilegal”, declarou aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que “desta forma, as autoridades francesas estão a minar os fundamentos do seu sistema jurídico”.

A vivenda, localizada na cidade costeira de Anglet, foi apreendida em dezembro de 2023 no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de branqueamento de capitais agravado, informou na quarta-feira o Ministério Público de Paris.

O secretário-geral da NATO reiterou hoje, junto dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que a Ucrânia tem uma “necessidade urgente e importante de defesas antiaéreas adicionais”, de preferência Patriot, o sistema mais avançado.

Em declarações à imprensa à margem da reunião ministerial do G7 que decorre até sexta-feira na ilha italiana de Capri, Jens Stoltenberg reconheceu que, apesar do “apoio militar sem precedentes” prestado pela NATO à Ucrânia desde o início da agressão militar russa, em fevereiro de 2022, os aliados têm de “fazer mais” e já deviam ter dado “mais cedo” a Kiev o material que há meses as autoridades ucranianas têm reclamado.

“Cada dia com atrasos provoca mais mortes e danos na Ucrânia. Já devíamos ter-lhes dado [nova ajuda militar] mais cedo, pelo que quanto mais cedo, melhor”, disse o secretário-geral da Aliança Atlântica, lamentando que o exército ucraniano não tenha os meios materiais de que necessita para repelir a intensificação dos ataques russos, designadamente os ataques aéreos contra cidades e infraestruturas.

As forças de segurança ucranianas, juntamente com as autoridades polacas, detiveram um cidadão de nacionalidade polaca por suspeitas de estar a agir em prol dos serviços secretos da Rússia, numa tentativa de assassinar Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano.

Em comunicado, o gabinete do procuradoria-geral ucraniana ressalvou que “o suspeito, por iniciativa própria, estabeleceu contacto com representantes do comando das Forças Armadas Russas e informou-os da sua vontade de trabalhar em benefício das secretas militares da Federação Russa”.

Com a troca de informações, o gabinete ressalva que isso “deveria ajudar os serviços secretos russos a planear um possível atentado contra a vida” de Zelensky.

Segundo Kristalina Georgieva, líder do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Ucrânia precisa de 42 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros) em apoio no presente ano.

Citada pela Sky News, Georgieva acrescentou que a guerra na Ucrânia precisa de terminar, apelidando-a de uma tragédia humana e um obstáculo às perspetivas de crescimento da economia global.

A líder do FMI acrescentou ainda que perspetiva que o apoio global à Ucrânia se manterá firme.

As tropas russas atacaram esta quinta-feira a aldeia de Sorokivka, na região de Kharkiv, fazendo um ferido, partilhou a procuradoria-geral da região.

“De acordo com a investigação, a 18 de abril, por volta das 12h20 locais (10h20 em Portugal continental), as forças armadas russas lançaram um ataque com mísseis contra a aldeia de Sorokivka, região de Kharkiv. Um homem de 45 anos ficou ferido”, lê-se no comunicado.

Os países que fazem parte do G7 estão a ponderar utilizar cerca de 281 milhões de euros em ativos russos congelados, de modo a conceder empréstimos à Ucrânia, afirmou esta quinta-feira Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia.

Dombrovskis acrescentou que estão a ser consideradas diversas opções e que espera que a União Europeia aprove, nos próximos meses, uma medida separada que permita utilizar os lucros ou juros obtidos dos ativos, com vista a ajudar a Ucrânia.

O presidente do Conselho Europeu revelou hoje que é “uma questão de dias e semanas” até os países da União Europeia (UE) enviarem os sistemas de defesa antiaérea que a Ucrânia tem incessantemente pedido.

“Isto não é uma questão de meses, é uma questão de dias e semanas”, disse Charles Michel, em declarações aos jornalistas no final do primeiro dia de reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu revelou que já há países a equacionar “utilizar mais dos stocks de sistemas de defesa antiaérea que têm disponíveis”, acedendo a um pedido que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem feito incessantemente nas últimas semanas.