O CDS-PP realizou a sua rentrée política este fim de semana. À frente da sua sede nacional, no Largo Adelino Amaro da Costa, falou-se de ideias e juntou-se ex-líderes e outros históricos do Partido. Perante centenas de militantes e simpatizantes, António Lobo Xavier apresentou a nova Declaração de Princípios e Manuel Monteiro, Assunção Cristas e Paulo Portas disseram sim ao convite de Nuno Melo para apoiarem o CDS-PP nesta fase.
No momento em que começa um ano eleitoral decisivo, com o primeiro teste nas eleições regionais da Madeira já a 24 deste mês, seguidas das eleições para o Parlamento Europeu agendadas para Junho de 2024, as intervenções dos oradores centraram-se numa ideia clara: o CDS-PP é a Direita que faz falta a Portugal. Numa altura em que a governação socialista se degrada a olhos vistos é fundamental focarmo-nos na construção de uma alternativa de Direita em Portugal e no papel insubstituível que o CDS-PP pode desempenhar no novo ciclo político.
Comecemos pelo posicionamento ideológico. O CDS-PP é o único partido democrata-cristão em Portugal. Fiel à sua matriz fundadora, embora aberto a conservadores e a liberais, o CDS-PP sempre foi a casa do centro-direita e da direita democrática. Combate o socialismo há 49 anos e não recebe lições nessa matéria de quaisquer recém-chegados à política portuguesa. E continua a combatê-lo com todas as forças. Porque quer menos portugueses a dependerem do Estado e uma sociedade civil mais forte e dinâmica capaz de construir um país melhor. E quer valorizar o mérito nos serviços públicos para que sejam mais eficazes, sem dogmas contra os privados e o sector social e percebendo as vantagens da complementaridade para o bem geral dos portugueses.
Estas causas do CDS-PP não são meras proclamações teóricas. Foram valores e princípios que nortearam a ação dos governantes democrata-cristãos nos 8 Governos em que participaram desde a fundação do Partido. E esta é a segunda razão pela qual o CDS-PP é a Direita que faz falta. O CDS-PP é o único partido de Direita com experiência governativa. E tem provas dadas no combate por um país mais próspero e humanista, mesmo nos Governos em que foi necessário assegurar a sobrevivência financeira de Portugal. Um país que crie mais riqueza, mas também que cuide melhor das famílias e dos idosos. Um país que promova a liberdade económica, o mérito, o trabalho e a mobilidade social, mas que também defenda a vida humana e proteja os mais desfavorecidos e abandonados. Um país que garanta a propriedade e a iniciativa privada, mas que nunca esqueça a prioridade da coesão social e da correção das desigualdades. Esta visão equilibrada e virtuosa entre mercado e proteção social, entre crescimento económico e combate à pobreza, entre competitividade e progresso social é património único do CDS-PP. E só o CDS-PP tem as políticas, os políticos e a experiência governativa para a concretizar.
Por fim, num mundo cada vez mais instável, inseguro e imprevisível, a alternativa de Direita em Portugal tem de assentar em partidos com sentido e responsabilidade de Estado. Como partido fundador da democracia portuguesa, o CDS-PP sempre esteve na primeira linha da defesa das instituições democráticas e do Estado de Direito. E sempre pautou a sua ação pela defesa das instituições constitucionais, dos tribunais, da lei e da ordem, da liberdade, dos direitos e garantias fundamentais, das Forças de Segurança e das Forças Armadas. O mundo moderno não está para experimentalismos, nem para proclamações sem conteúdo difundidas pelas redes sociais, muito menos para populismos estéreis que se inspiram nas invasões do Capitólio, nos EUA, ou do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, no Brasil. A alternativa de Direita ao socialismo ou é credível e experimentada ou não prevalecerá.
Ao longo da sua história, o CDS-PP deu provas inequívocas do seu sentido de Estado. Do voto contra a Constituição socialista aos resgastes financeiros do País, invariavelmente provocados pela má governação socialista, passando pela defesa da vida, da dignidade humana, das famílias e dos mais abandonados, o CDS-PP foi sempre parte da solução de Direita para construir um Portugal mais forte e melhorar a vida de milhões de portugueses. E sempre que participou em Governos entregou o País em melhor estado do que aquele em que o recebeu. Este é um ativo insubstituível. E que faz muita falta à Direita em Portugal.