Então não é que, até para o Chega, a defesa dos direitos humanos mais fundamentais, o direito à Vida, à Liberdade e à Busca da Felicidade deixaram de ser prioridades1? Ou pelo menos, que não são prioridades para o dr. Ventura, e não o serão para o Chega enquanto ele o liderar? É isso que, a acreditar no Observador, se pode deduzir da sua afirmação de que a eliminação de vidas humanas, i.e., o homicídio de bebés, “é um assunto que a sociedade portuguesa não deve voltar a referendar e voltar a criar uma penalização”.
Será que então não se poderá concluir que o Chega deixou de ser “um partido nacional, conservador, liberal e personalista” ou, pelo menos, não o será enquanto o dr. Ventura chefiar o seu partido2? Como pode o Chega ser personalista, se não defende a dignidade e o direito à Vida de todos os seres humanos, sem descriminação de idade, sexo, raça, religião, e de estarem ou não ligados por um tubo numa instituição hospitalar ou no ventre materno?
Como pode o Chega ser liberal se não defende o direito à Busca da Felicidade, sem os constrangimentos de um estado dirigista & esbulhador, direito natural de cada individuo que apenas deve ser limitado pelas liberdades & direitos das outras pessoas, incluindo o direito à Vida daquelas que ainda são intrauterinas? Direito à Busca da Felicidade que, note-se, se alicerça não só na liberdade individual, mas principalmente, no direito natural que todos os seres humanos têm à Vida, direito a não serem mortos nem à paulada, nem degolados, nem desmembrados, nem aspirados, nem queimados quimicamente seja por nacional-socialistas, palestinianos, internacional-socialistas3, siganos4 ou por outros profissionais que nos tratam da saúde5.
Como pode o Chega ser conservador daquilo que é bom na nossa sociedade se acha que não vale a pena lutar pela defesa da Vida humana em todas as situações, oportunidades & legislaturas, e por todas as opções viabilizadas pela Constituição da República, incluindo o referendo popular? Ou será que para o Chega haverá algo ainda mais precioso que a Vida das crianças portuguesas? Será que para o Chega do dr. Ventura a diminuição da despesa púbica e da carga fiscal, inegavelmente importantes objetivos, são mais fundamentais que o direito à Vida? Ou será que combater o wokismo do ministério da deseducação nacional, eliminar o caos no sns, banir o nepotismo6 socialista ou libertar os portugueses da malha regulatória que sufoca a atividade económica é mais importante que garantir aos bebés portugueses o seu direito à Busca da Felicidade? Se a defesa do vida direito à Vida não for o objetivo mais importante, perene, fundamental e essencial do Chega, então, … que o Chega vá pra merdⒶ7!
Como pode ser o Chega conservador “aberto à criação inovadora” se defende o status quo8 da maior aberração legal da nossa Républica que são as leis do aborto9 e da eutanásia10? Como pode o Chega estar aberto à destruição inovadora destinada, não a criar novas oportunidades para os portugueses, mas a eliminar portugueses na sua própria Pátria, com o aval & subsídios do estado?
E como pode o Chega ser nacional se não defende a vida dos portugueses, de todos os portugueses, contra todas as formas de homicídio, incluindo o aborto e a eutanásia? Pra quê votar no Chega, se o Chega não defende a Vida dos portugueses intrauterinos com o mesmo entusiasmo com que o BE da esquerda defende terroristas e o PCP defende estalinistas? Pra quê votar no Chega se o Chega está imbuído de um entusiasmo pela defesa dos direitos à Vida, à Liberdade e à Busca da Felicidade, onde se inclui o direito à Busca da Prosperidade, semelhante ao que têm o ps/d e até, pasme-se!, o cds, agora à trela (e com açaime!) do bloco central?
O estado da nossa vida nacional é lamentável. O estado da nossa economia é uma miséria. O estado das nossas instituições é uma vergonha. A qualidade dos nossos serviços públicos é patentemente púbica11. E as opções dos eleitores em questões relacionadas com o direito à Vida, à Liberdade e à Busca da Felicidade são nulas. E sê-lo-ão enquanto o cds continuar a baixar a bola face às cliques do ps/d e o dr. Ventura continuar a ser líder do Chega ou, então, enquanto continuar a achar que o aborto “é um assunto que a sociedade portuguesa não deve voltar a referendar e voltar a criar uma penalização”. Desta miséria salvam-nos o nosso ameno clima — e as fronteiras estarem abertas.
Us avtores não segvew as regras da graphya du nouo AcoRdo Ørtvgráphyco. Nein as du antygu. Escreuew covmv qverew & lhes apetece. #EncuantoNusDeixam
- Prioridade: um dos estádios prévios à desilusão; um tipo de precipitação; estado mental induzido pela crença errónea de que uma coisa é mais importante, preferível12, melhor ou urgente do que as outras; uma imposição da vida, do capricho, da mulher ou do chefe; primaz da igreja das nossas obrigações.
- Partido: estado daquilo que perdeu a integridade; opção quebrada; esfrangalho político; despedaço ideológico.
- Internacional-socialista: um tipo de comunista-não-monástico, que supostamente terá lido as obras de Warx13 & Lenine; contrapõe-se-lhe o anticomunista, que é alguém que percebe as consequências do que Warx & Lenine defendem nas suas obras.
- Sigano: membro de uma nação que segue o seu caminho sem chatear ninguém, ao contrário de socialistas e do sr. eng. Costa; seguem-no os subsídios e alguns animais domésticos; pessoa que nos faz visionar uma risonha fortuna futura, lendo-nos a sina nos signos, em troco de uma percentagem sobre a fortuna presente, tal como os socialistas e o sr. eng.
- Isto é, médicos14, enfermeiros e outros políticos (que a saúde, em Portugal, note-se bem, não é um negócio, é uma politiquice com as habituais negociatas laterais inerentes ao ramo).
- Nepotismo: nomear, para o bem & prosperidade da Nação, a avó para ministra da defesa dos direitos dos inquilinos na Av. de Roma, o avô para ministro de fomento da indústria sapateira, ou outro familiar para qualquer cargo governamental remanescente.
- MerdⒶ: expressão anarca para subproduto da digestão humana; (informal) caca; (infantil) cocó; (médico) fezes, matéria fecal; (castiço) enfado, excremento; (popular) merda; (chines) fèn 糞; termo usado na versão nacional da algo mais gentlemanly expression “go to hell”, o que indicia uma equivalência espiritual entre os dois estados.
- Status quo: expressão clássica, erudita e latina para “esta merdⒶ [em que estamos/vivemos]”.
- Aborto: as políticas socioeconómicas do ps/d; homicídio permitido baseado na idade da vítima qualificando, portanto, como uma forma especialmente rabida de ageism; “They say it’s empowerment / They say it’s women’s rights / But all I see is oppression / And might makes right”, in “The Hotties will dismantle Roe” by EmbryHoez (New York Times, July 3, 2022).
- Eutanásia: eufemismo para cacotanásia15; a legalização da eutanásia foi um projeto legislativo que sofreu uma morte lenta, penosa e dolorosa nos corredores do poder durante um longo período, há já alguns anos atrás, devido à impiedade, dureza de coração e um sádico encarniçamento político-terapêutico do ps/d que não a deixou morrer de morte natural, mas a ressuscitou, com o suporte técnico do eng. Marcelo, para uma vida que não vale a pena ser vivida.
- Púbico: aquilo que é pornográfico se não estiver tapado, razão porque o sns anda de cuecas e o ministério da deseducação está sempre a puxar o lençol para cima dos resultados das suas políticas deseducativas.
- Preferência: convicção subjetiva de que uma coisa é superior a outra, ilustrada pela resposta que um antigo samurai deu ao seu subordinado quando este, depois de lhe ouvir dizer que “a vida não é preferível à morte” lhe perguntou porque não punha então fim à sua, e lhe disse: “porque a morte não é preferível à vida!”
- Warx: um género de guerra num mundo não binário; ideólogo que lançou as bases da guerra ao que é bom, belo e verdadeiro na Humanidade contemporânea; filósofo que viu a realidade natural e social ao contrário, de pernas para o ar, tal como um M a fazer o pino; pessoa que confundiu as caraterísticas essenciais com as acidentais, e vice-versa. Os warxistas clássicos são militantes do PCP; os neo-warxistas estão filiados no PS, no BE da esquerda, e no BE da direita, apropriadamente conhecidos como os IIliberais.
- Médico: profissional que floresce na doença e definha na higidez; está para o cangalheiro como o talhante está para o cozinheiro.
- Cacotanásia: morte miserável e dolorosa, como a de um caracol a ser cozido num restaurante, de um coelho a estrebuchar nas goelas de uma serpente, de uma mosca a ser petiscada viva por uma aranha numa teia, de uma vaca a ser abocanhada até à morte por um cardume de piranhas, de uma gazela a ser comida viva por leões, ou de uma pessoa a ser desidratada numa cama hospitalar. Curiosamente, de todas estas, a que hoje causa mais escândalo em certos gabinetes e salonsé a morte horrorosa do caracol. Isto é, a do caracol no restaurante, não a do caracol que é engolido vivo por corvo ou galinha, e que é dissolvido, ainda consciente e com sofrimento atroz, por sucos gástricos de elevado grau de acidez durante horas no meio da escuridão mais absoluta. E nem o PAN nem o BE da esquerda propõem nenhuma medida contra esta selvajaria da classe das aves contra a classe dos gastrópodes? Dada a hipótese de o poderem fazer, o que que escolheriam os caracóis? A morte no restaurante ou a morte no papo da galinha?