Queixas, “queixinhas”, democracia e a liberdade de Expressão

A propósito da minha indignação sobre a ida de uma associação LGBTI a uma escola pública do concelho do Barreiro, para falar sobre orientação sexual para crianças de 11 anos, duas deputadas do Bloco de Esquerda afirmaram que iriam apresentar queixa contra mim à Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).

Como deputado eleito pelo povo português, democrata e defensor da liberdade de expressão não me deixarei condicionar. Não é com este tipo de queixas, ou melhor, de “queixinhas” que me vão calar. Continuarei a falar sobre este assunto e a exercer o devido contraditório, custe a quem custar, gostem ou não. Que me elegeu, espera isso de mim. Não admito que utilizem crianças para espalharem/imporem uma doutrina ideológica, que vai de encontro a uma agenda política escondida (ou não), de determinados partidos da extrema esquerda.

É indiferente quem se dirige, numa Escola, às nossas crianças? É indiferente o tema a abordar?

Será que é uma associação LGBTI, com pessoas sobre as quais não se conhecem as habilitações e competências, que, numa Escola, se devem dirigir às nossas crianças de 6 ou 11 anos, sobre questões de ”identidade de género” e de “orientação sexual”? Obviamente que não.

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Pior ainda é a mistura propositada de conceitos.  ”Sexualidade” não é o mesmo que “orientação sexual”, nem “igualdade de género” é o mesmo que “identidade de género”. São coisas muito distintas.

E o que estas dúvidas têm a ver com homofobia? Obviamente que nada.

A fuga a uma discussão séria sobre o tema

Para aprofundar o tema, um jornal regional convidou-me para um debate com a deputada “queixosa” do BE, Joana Mortágua. Eu aceitei. A deputada do BE recusou.

Mas porque tem o BE e a Sra. Deputada “queixosa” medo de debater comigo? Têm medo de debater o que está em causa? Ou têm medo de ter de vir defender a agenda ideológica que pretendem implementar, à revelia do conhecimento generalizado do povo português?

O BE e a Sra. Deputada “queixosa” são muito rápidos em tentar silenciar quem não pensa como eles, contudo, são também muito rápidos a fugir à discussão séria, livre, pública, democrática e com contraditório, de um tema desta importância.

Terão medo de assumir publicamente, a agenda (já não tão escondida) do BE?

Por mim, afirmo e reafirmo: deixem as crianças em paz!

Deputado à Assembleia da República