Estaremos seguros com Biden na presidência dos Estados Unidos?
Trump foi sempre apresentado como um factor de desestabilização mundial, não faltando quem garantisse que iria começar uma guerra mundial. No entanto, Trump foi o primeiro presidente dos Estados Unidos em muitas décadas a não começar nenhuma guerra nova. O homem será um desbocado, mas o que é facto é que a Coreia do Norte deixou de testar bombas nucleares e mísseis intercontinentais; a Rússia conteve-se na Ucrânia e a China relativamente a Taiwan; o Irão ficou desprovido de importantes recursos com que alimenta o terrorismo internacional.
Biden foi o vice-presidente de Obama, aquele que antes de fazer qualquer coisa já tinha ganho o Prémio Nobel da Paz e quando teve oportunidade de fazer alguma coisa, bombardeou a Líbia. Como digno sucessor de Obama, Biden efectuou bombardeamentos na Síria e no Iraque no primeiro mês depois de tomar posse.
Pouco depois, a Rússia acumula uma tal quantidade de tropas e material na fronteira com a Ucrânia que se torna óbvio que poderia invadir a Ucrânia a qualquer momento, pondo em alerta toda a comunidade internacional. Quando entendeu, Putin reduziu as forças estacionadas na fronteira, tendo ficado claro que a iniciativa era dele, apenas. Depois, em Junho, a Rússia testou com sucesso o lançamento de um novo míssil balístico intercontinental, capaz de chegar a qualquer parte do mundo.
Biden responde dando luz verde para que os russos acabem de construir o oleoduto submarino que liga a Rússia à Alemanha diretamente, sem passar por nenhum outro país, e que constitui uma ameaça à segurança dos países próximos, especialmente a Ucrânia.
Entretanto, a China, que tem vindo a aumentar o seu orçamento anual de defesa a um ritmo maior do que o seu próprio crescimento económico, faz exercícios militares ao largo de Taiwan de dia para dia, cada vez mais numerosos e provocantes. Um almirante norte-americano já disse claramente que a China deverá invadir Taiwan nos próximos seis anos.
Agora temos a desastrosa retirada americana do Afeganistão.
Trump é um arrogante? Biden decidiu retirar as tropas americanas sem consultar nenhum dos parceiros da NATO que estão no Afeganistão; não esqueçamos que a guerra do Afeganistão é uma guerra da NATO, após a invocação da cláusula de mútua ajuda do tratado, a propósito dos atentados de 11 de Setembro. Trump, com toda a sua arrogância, não conseguiu estragar tanto as relações com os países da NATO como Biden. É que dos aliados morreram mais de 1100 soldados neste vinte anos a combater os talibãs e esta retirada atabalhoada deixou-os também em dificuldades. O primeiro-ministro britânico teve de esperar um dia e meio para Biden lhe atender o telefone: quem é que é arrogante?
Os aliados dos Estados Unidos já tomaram nota do que se podem fiar: o presidente de Taiwan já declarou que a única opção é tornarem-se mais fortes, mais unidos e determinados em se protegerem. A China e a Rússia já devem estar a lamber os seus beiços imperialistas e a estudar qual vai ser o próximo alvo.
A inépcia de Biden ainda nos vai fazer ter saudades de Trump.