Em 2007 foi iniciado um processo por Correia de Campos, do então governo PS, cujas repercussões desastrosas se podem constatar 15 anos depois: deu-se na altura ao início do encerramento compulsivo de urgências dos centros de saúde () que até levariam à sua demissão um ano depois.

Porém, o mal já estava feito, as (erradas) decisões tomadas e passados 15 anos assistimos às urgências hospitalares completamente entupidas por casos que poderiam perfeitamente ser atendidos nas antigas urgências dos centros de saúde.

O que aprendemos com isto? Não sabe… não mexe!

É urgente inverter este erro colossal de há 15 anos atrás. É urgente dotar os cuidados de saúde primários novamente de capacidade de resposta urgente a “verdes e azuis”. E definitivamente é urgente tornar as urgências hospitalares em centros de referência que apenas recebem doentes provenientes da linha sns24, do CODU ou dos cuidados de saúde primários. É urgente de uma vez por todas criar regras de entrada nas urgências hospitalares!

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É ainda urgente dotar ambos os serviços (urgências básicas dos cuidados de saúde primários e urgências gerais hospitalares) de profissionais exclusivos, formados e dedicados só e apenas a esta área, acabando de uma vez por todas com os serviços de “tarefeiros” a recibos verdes.

Estamos em Portugal, onde ainda se escrevem bons planos no papel, mas onde se adulteram completamente as regras da realidade de forma a promover compadrios de alguns e benefícios a tantos outros, corrompendo completamente o plano original, favorecendo uns quantos – é preciso acabar definitivamente com as empresas de prestação de serviços e promover a exclusividade laboral com ordenados competitivos em relação ao privado!

Com apenas estas 3 coisas podemos resolver os problemas das urgências em Portugal:

  • promoção de políticas de reabertura de serviços de urgência básica a tempo inteiro;
  • regulamentação do acesso às urgências hospitalares;
  • dotar as urgências de profissionais dedicados e exclusivos.

É assim tão difícil perceber o básico?

Só não sabe quem não quer…