Conforme dizia sabiamente o antigo defesa-direito do FCP, João Pinto, estão capitão da selecção nacional, «prognósticos só no fim»! Com efeito, depois de o país ter ficado escarmentado com a louca gestão financeira do Eng.º Sócrates que nos levou à bancarrota de 2011, o governo Passos Coelho conseguiu logo em 2012 estancar a dívida graças ao empréstimo externo. Desde aí, porém, a dívida praticamente não diminuiu e isso deve-se ao clientelismo e à estatização promovidos pelo governo da «geringonça»!
Os debates sobre o orçamento de Estado tornaram-se para a comunicação social um «fartote» de propaganda governamental, na certeza todavia que os orçamentos que andamos a discutir só se conhecerão de verdade depois das contas fechadas no ano seguinte. Daqui até lá, a generalidade dos contribuintes terá esquecido os valores agitados hoje perante o público. Em suma, já lá vai quase uma década de pesadelos orçamentais cujos resultados finais só se saberão no fim do jogo. É o que se passará com o orçamento de 2020.
Bastam as declarações ministeriais, assim como as promessas irrealizáveis, para se perceber que os números badalados pela comunicação social são pura «conversa» da qual só uma coisa realmente interessa: as «linhas vermelhas» da UE! Casos como o dos reduzidos défices apresentados para glória do ministro das Finanças devem-se exclusivamente aos juros internacionais baixíssimos, próximos de «juros negativos», que Portugal tem pago pelos novos empréstimos com que renova a dívida, pouco a diminuindo.
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