A compra de uma segunda habitação está geralmente ligada a dias de lazer. Pode ser vista, em simultâneo ou em substituição, como um investimento. Comprar uma segunda casa não é, contudo, igual à compra de casa permanente, pelo que é importante ter em conta algumas considerações.

Se a primeira habitação é usada no dia a dia, a segunda está reservada, por norma, para fins de semana e períodos de férias em localizações mais isoladas, permitindo um descanso absoluto; zonas associadas à prática do turismo ou zonas com as quais se tenham ligações emocionais ou recordações de infância ou adolescência. Uma forma interessante de rentabilizar uma segunda casa pode ser arrendando-a nos períodos do ano em que não está a ser usada e assim recuperar o investimento feito, podendo ter ainda uma fonte adicional de rendimentos.

Que passos dar quando se decide avançar para compra de uma segunda habitação? Caso opte por pedir um crédito habitação, como é normal nestes casos, é preciso ter em conta que as condições são diferentes dos créditos para uma primeira habitação. É usual que os spreads sejam mais elevados e que o valor emprestado seja um pouco menor em relação ao da primeira casa, uma vez que as entidades financeiras ponderam estas aquisições de forma diferente em termos de risco. Mas, claro, todos os casos são únicos e avaliados conforme as circunstâncias de cada um.

Outras contas a fazer, antes de avançar com a compra, prendem-se com todas as despesas que uma casa acarreta e que se juntam às despesas que já tem com a primeira casa. É preciso pensar no IMI, nas contas de eletricidade ou água e, claro, em pequenas reparações que podem ser necessárias.

Por fim, é preciso pensar desde logo no propósito da segunda habitação. Se for para arrendar durante todo o ano ou parte dele é precisar ter consciências das obrigações enquanto senhorio e de todos os processos legais a respeitar.

Comprar uma segunda casa pode ser vista como uma ótima opção para passar férias ou para arrendar a terceiros. É, por isso, necessário estar atento a todas as condicionantes que estão envolvidas, mas, em muitos casos, acaba por revelar-se um bom investimento para o futuro. Sobretudo, nestes tempos mais desafiantes que vivemos, pode ser também sinónimo de uma maior estabilidade.

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