Antes de emitir qualquer opinião quero deixar bem claro que não sou médica e não estou ligada a qualquer área da saúde, sou apenas alguém que gosta de refletir sobre os assuntos. O resultado desse acto permite depois retirar as devidas ilações. «É preciso pensar antes de tomar decisões», uma expressão de todos conhecida e de grande utilidade. Proponho assim que façamos o mesmo exercício no que respeita à pandemia!

É curioso que, quando achávamos que estaríamos “descansados” porque 88% da população está vacinada contra a covid-19 e teríamos atingido a tão falada “imunidade de grupo” – recordo que durante um ano ouvimos falar disso –, seria possível, em consequência, começar lentamente a descontrair, a poder visitar os nossos idosos, a deixar as crianças brincarem e partilharem brinquedos, a poder assistir a eventos desportivos ou culturais, a fazer festas de família, ou outras, a ir à discoteca e a bares, enfim, a poder recomeçar a viver, afinal recomeçou tudo. A questão que se coloca é: o que recomeçou realmente?

Esta é apenas uma questão que considero pertinente colocar e a qual devemos ter em atenção porque, se existe uma resposta, esta encontra-se seguramente entre um grupo diminuto de pessoas, no grupo dos “escolhidos”, porque, como sabemos, o comum dos mortais não sabe em concreto a resposta a esta questão. Porquê? Porque a informação que nos dão é próxima de zero!

Penso aliás que quem nos informa, os órgãos de comunicação social, não sabe a resposta, porque se soubesse, seguramente, não tratava este tipo de informação de forma oca e nada objetiva! Não consigo entender porque continuam a (des)informar desta maneira?

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Eu queria, e acho que todos gostariam de saber:

Quantos dos internados estão totalmente vacinados e, já agora, quantos destes em UCI? Que idades têm?

Quantos dos que, infelizmente, não resistiram estavam vacinados? Eram pessoas saudáveis ou tinham outras patologias?

Quantos dos infetados, diariamente, são assintomáticos? Quantos destes têm doença grave motivada por covid-19?

Enquanto estas perguntas continuarem sem respostas e a informação não for transmitida de forma clara e objetiva (porque seguramente os dados permitem respostas a estas questões), está a fazer-se um péssimo trabalho.

Desde já continua-se a prejudicar a saúde mental de muitos, também a afetar os jovens que não têm aproveitado a fase considerada como uma das etapas mais extraordinárias da sua vida. Antes pelo contrário, são estes muitas vezes apontados como os culpados do que vivemos (ou deixamos de viver).

Mas também a prejudicar os idosos que continuam abandonados e a quem ninguém perguntou se queriam “isto ou aquilo” ou se queriam morrer rodeados da família.

Também às crianças que voltam apressadamente para casa e foram privadas da escola, do desporto e de tantas outras atividades para o seu benefício, importantes ao desenvolvimento físico e cognitivo. Crianças que “simplesmente” deixaram de poder brincar, uma atividade natural, espontânea e tão necessária.

Estes são apenas alguns exemplos de consequências sociológicas, só não vê quem não quer!

Depois há consequências económicas!

Quantas empresas faliram e vão continuar a falir agora que muitas estavam a recuperar? Quantos perderam o emprego? Quantos não têm condições para terem os filhos em casa e ao mesmo tempo estar em teletrabalho? Quantos, por sua vez, não podem estar em teletrabalho e vêm os filhos “mandados” para casa?

Quando é que nos explicam que, tal como na gripe, eventualmente teremos que ser vacinados anualmente contra a covid-19? Porque a vacina tem que ser, sempre, adaptada às novas mutações que previsivelmente possam surgir (tal como na gripe)

Quando é que nos explicam que, teoricamente, as vacinas de mRNA até serão, eventualmente, mais fáceis de adaptar do que as tradicionais?

Quando é que deixam de nos atormentar e passam finalmente a informar? Ou continuam calados!?

Assim é que não podemos continuar! Porquê? Porque é fútil, não serve para nada a não ser para continuar a cortar liberdades, a espalhar o medo e a encher diariamente e ininterruptamente os nossos telejornais!

Porquê?