António Costa preside ao governo português desde o fim de Novembro de 2015, em suma, há sete anos e alguns meses marcados pelo «golpe parlamentar» ao qual o anterior Presidente da República, Cavaco Silva, acabou por ser forçado pela inédita violação da prática eleitoral desde o 25 de Abril! Foi a chamada «geringonça» que permitiu ao PS usar sem avisar os votos do PCP e do BE a fim de ultrapassar a coligação anunciada pelo PSD e o CDS, aliada ao facto conjuntural de o PR cessante estar impedido de dissolver o parlamento.

Foi esta série de segredos e coincidências que levou o PS ao poder sem que as oposições tenham sido capazes até agora de mobilizar Rebelo de Sousa, o qual tem ajudado mais o governo do que protegido o país das manobras do PS! António Barreto denunciou este sábado a farsa montada pelo governo a fim de ilibar o PS e os agentes da tragi-comédia político-financeira promovida pela nacionalização e a reprivatização da TAP que o mesmo PS – em cujo governo se sentava então o actual primeiro-ministro – só não vendeu a TAP à Swissair porque esta faliu à última da hora.

Quanto à marca anti-constitucional, a «geringonça» permaneceu até 2019, vindo o PS a manipular de novo o sistema parlamentar com o apoio do PR nas eleições precipitadas de 2022. O partido de António Costa obteve então umas escassas décimas acima de 41% dos votos que lhe deram a maioria no parlamento apesar de só metade dos eleitores terem votado (51,4%), em suma, o PS conquistou apenas 20% dos eleitores. Acresce que o PS não hesitou desde o «golpe da geringonça» a mobilizar permanentemente «ministros» e «secretários», bem como inúmeros «activistas» e «clientes» identificados e afastados da cena, muitos sem ser julgados como deviam ter sido Sócrates e «colaboradores».

Entretanto, da tomada do poder até à irrupção da pandemia, cujo controlo continua a ser assegurado pela UE, seguiu-se a guerra da Rússia contra a Ucrânia em 2022, com a ininterrupta participação da NATO há quase há ano e meio. A partir daqui, a margem política e financeira do governo português não pode reduzir-se mais, escondendo-se atrás do financiamento gratuito da UE, em grande parte por investir, e agora pela inflação que o PS manipula como se tratasse de economia real.

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A sucessão destes processos em que o governo do PS foi envolvido sem possuir a necessária capacidade governamental, – como se vê pelas crises sucessivas da saúde, do ensino, da habitação, do território e do clima, para não falar da tragicomédia da nacionalização e re-desnacionalização da TAP, – tais processos resultaram na perda manifesta de controle político sobre a conjuntura nacional ao mesmo tempo que a gravidade crescente da crise internacional remeteu o país ao empobrecimento, à emigração e ao declínio populacional.

Hoje, o país está entregue a um partido tentacular que se mantém no poder graças a uma espécie de «populismo financeiro» no qual o PS se encarrega da distribuição dos fundos europeus, os quais, porém, não permitem salvar o país da dívida externa que se mantém desde o tempo de Sócrates, o qual já tinha levado o país à falência e à intervenção externa.

Desde então, o regresso do PS ao poder foi provocando a actual incapacidade do país para reagir às diferentes crises nacionais e mundiais! A última operação encenada pelo PS nas televisões acerca da eterna questão da TAP confirmou que esse insaciável buraco de dinheiro só pode aumentar, relativamente, essas economias de baixo valor protagonizadas pelo governo que são o turismo em Portugal e a correlativa habitação sazonal…

Um partido e um governo que, além de não esconderem que continuam a «financiar» a comunicação social diária, também não possuem o capital nem os assalariados necessários e competentes para o país deixar de se endividar, limitando-se nos últimos tempos a usar a inflação para disfarçar a sua alegada política económica e o falso controlo da dívida externa, a qual continua a ser superiora ao PIB. Nas condições ditadas pela guerra há perto de ano e meio e continuando as ameaças da Rússia sem fim à vista, o PS também não hesita em manipular a inflação mundial quando os ordenados, os salários a as pensões perdem o poder de compra!

O despreparo de grande parte da população e o oportunismo do governo português só poderão agravar a situação crítica do país. Dito isto, as maiores dificuldades à mudança governamental são a debilidade confrangedora do PSD dirigido por Luís Montenegro e a reduzida implantação de partidos como a Intervenção Liberal e o CHEGA. Perante o que chamam a «esquerda»», a tendência será os eleitores do PCP e do BE correrem em socorro do PS enquanto a maioria dos eleitores continuará a ficar em casa… Seria tempo de clarificar e mudar as coisas!