No passado Domingo, 25 de Outubro, as gentes dos Açores foram chamadas a votar. Entre aqueles que responderam à chamada, foi dado um sinal claro de que exigem uma mudança política efectiva na Região. Afinal, para tempos excepcionais, soluções excepcionais.
Os tempos que se avizinham não serão fáceis. A juntar à pandemia, que tem dizimado a economia, e ao pessimismo crescente de uma parte da população, recordemos aquilo que é dito, a maior parte das vezes em surdina, pela maioria da população dos Açores: monumentais dívidas na Saúde regional, desemprego galopante, falência de empresas, problemas milionários na SATA, entre outros, e que, segundo alguns, mais de duas décadas de socialismo apenas agravaram e nada solucionaram.
Para quem olha friamente para os números de Domingo, fica claro que o PS venceu as eleições; mas perdeu a maioria, perdeu votos, perdeu deputados e perdeu percentagem eleitoral. As ditas “esquerdas”, juntas, não conseguem obter a maioria de 29 deputados (PS – 25 deputados, BE – 2 deputados e PAN – 1 deputado). As ditas “não esquerdas”, por sua vez, obtiveram a maioria: (PPD-PSD – 21 deputados, CDS-PP – 3 deputados, PPM – 2 deputados, Chega – 2 deputados e Iniciativa Liberal – 1 deputado).
Assim, e ao fim de mais de duas décadas de socialismo, o povo dos Açores pede uma alternativa clara e inequívoca. Não sou eu que o escrevo, são os Açorianos que o exigem.
E quando muitos mostram medo da situação de caos nos Açores, recordemos que a História apenas regista nas suas mais belas páginas os corajosos e audazes que ousaram assumir responsabilidades quando os desafios eram muitos e as dificuldades tremendas!
Para os mais distraídos, a expectativa dos eleitores da Região Autónoma dos Açores ficou demonstrada no Domingo à noite. Ai daqueles que a não saibam ler e defraudem as esperanças das gentes das ilhas. As “não esquerdas” têm o dever de se entender para libertar os Açores do descalabro socialista.
Se a oportunidade for desperdiçada, o eleitorado jamais perdoará às “não esquerdas”. E o PS, claro, aproveitará para “blindar” a Região e se perpetuar no poder. Está escrito nas estrelas!
Escrevendo em nome de muitos Açorianos, quero acreditar que aparecerá uma solução sábia por parte dos dirigentes político-partidários regionais (sem esquecer os nacionais). A bem dos Açores! A bem das boas gentes Açorianas!