Esta semana a UTAO demoliu o Orçamento do Estado de 2021. A UTAO critica a falta de transparência, a forma e o conteúdo. Não resta nada, a não ser a confirmação do desnorte deste Governo, que confunde política com propaganda e está a tentar vender um orçamento restritivo como se fosse expansionista.

O orçamento de 2021 é desde logo extraordinariamente opaco, já que o Governo não revela no relatório muitas medidas que efetivamente aumentam a receita do Estado. Por exemplo, no que diz respeito a medidas que foram tomadas em 2020 e que terão impactos em 2021, o Governo omite no relatório o impacto do aumento das contribuições sociais e de receita do IRS que resultam das promoções e progressões nas carreiras da função pública. Segundo a UTAO essas medidas valem mais de 0,3% do PIB de receita adicional. O Governo não refere também o impacto do fim das medidas de alívio às empresas. É o caso da suspensão do pagamento especial por conta, que vale 0,55% do PIB em receita para os cofres do Estado.

Por outro lado, o Governo classifica como novas medidas permanentes de 2021 medidas de apoio aos rendimentos que já foram aprovadas e tiveram impacto em 2020.

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