A principal agência de notação financeira, Standard & Poor’s, vai pagar 1,5 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) para encerrar um processo judicial em que era acusada de manipulação de ratings, foi divulgado esta terça-feira. O acordo anunciado resolve as queixas apresentadas pelo Departamento de Justiça, por 19 Estados, pela capital federal e pelo maior fundo de pensões dos EUA.

A Standard & Poor’s (S&P), uma unidade da McGraw Hill Financial, vai pagar 1,375 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) para, no seguimento de professos judiciais em que era acusada de intrujar investidores, ao esconder os verdadeiros riscos das obrigações suportadas por crédito imobiliário, que estiveram na base da crise financeira iniciada em 2008, avançou o Departamento de Justiça.

Metade desta verba vai para o Departamento de Justiça e a outra metade para 19 Estados e para Washington, DC. A S&P vai também pagar 125 milhões de dólares (110 milhões de euros) ao fundo de pensões californiano CalPERS, para terminar com as alegações de fraudes que conduziram a perdas nos investimentos.

O Departamento de Justiça e os Estados processaram a S&P há dois anos, por atribuírem imerecidas classificações risonhas a emissões de obrigações garantidas por créditos imobiliários com pouca qualidade, designados subprime, empréstimos estes que começaram a não ser pagos quando acabou a “bolha” de especulação imobiliária.

A crise do subprime esteve no centro da crise financeira nos EUA, que conduziu à designada Grande Recessão em 2008-2009. Segundo o processo do Departamento de Justiça, a S&P alegou que a fraude ocorreu pelo menos desde 2004, até 2007, levando os investidores, entre os quais muitas instituições financeiras apoiadas pelo governo federal, a perderem milhares de milhões de dólares.

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