A Grécia não tinha alternativa a aceitar o acordo proposto pelos credores, diz o Governo grego, que sublinha agora que a austeridade pode ser má, especialmente para um partido como Syriza, mas que a falência do país seria muito pior.

Numa entrevista à rádio canadiana CBC, o líder da comunicação do Governo grego, responsável por explicar o acordo aos cidadãos, admite que o país não tinha alternativas após o referendo e que teve de aceitar o acordo que lhes foi proposto.

“Não tínhamos alternativa, porque a falência é um cenário muito pior que qualquer tipo de austeridade”, afirmou Lefteris Kretsos, que diz entender que muitos cidadãos gregos estejam desiludidos ou se sintam traídos pelo Syriza: “O acordo não é bom para um partido anti austeridade como o Syriza, mas foi o melhor que conseguimos”.

Não aceitar as medidas que os credores impuseram, diz, significaria que a Grécia teria de sair da zona euro, que entraria em falência e que o futuro seria ainda mais negro.

O responsável governamental diz que para as coisas serem diferentes seria necessário que a Grécia tivesse uma administração pública eficiente e eficaz a lidar com situações de emergência, que o povo grego fosse informado sobre o que significa mudar de moeda, que os bancos gregos tivessem reservas suficientes para sobreviverem e que a Grécia tivesse apoio de outros blocos económicos e países, caso decidisse regressar ao dracma.

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