Marcelo Rebelo de Sousa comparou a candidatura de Kristalina Georgieva às Nações Unidas a um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona, sublinhando que António Guterres é um “maratonista natural”.

“Por princípio, Portugal respeita e saúda todas as candidaturas. No entanto, eu senti um pouco aquela sensação, tive aquela sensação de estar a ser corrida uma maratona e de repente aparecer um concorrente que entra nos últimos 100 metros para tentar ganhar a maratona”, disse o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à saída do congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que decorre em Lisboa.

A Bulgária mudou a sua candidata ao cargo de secretário-geral da ONU, substituindo Irina Bokova por Kristalina Georgieva, uma alteração que o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, disse encarar “com toda a serenidade”.

“Apresentámos a candidatura do engenheiro António Guterres no fim do mês de fevereiro. Fizemo-lo a tempo, com toda a transparência e por forma a que António Guterres fosse sujeito a todas as provas e passos que o processo de seleção a secretário-geral das Nações Unidas hoje exige”, afirmou esta quarta-feira à Lusa.

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Kristalina Georgieva, candidata apoiada pela chanceler alemã, Angela Merkel, é considerada a mais difícil adversária do ex-primeiro-ministro português António Guterres na corrida à liderança das Nações Unidas.

O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro búlgaro Boiko Borissov em Sofia. “Nós acreditamos que é uma candidatura de sucesso”, disse o chefe do governo de centro-direita aos jornalistas na capital búlgara, referindo-se a Kristalina Georgieva.

O nome de Irina Bokova tinha sido proposto pelos socialistas da Bulgária.