Apesar de o processo de transição entre as administrações de Obama e de Trump estar a ser turbulento (já teve, inclusivamente, de mudar de mãos), a equipa que vai ocupar a Casa Branca a partir de janeiro já começa a ganhar forma. Há muitos lugares ainda por preencher, mas já estão escolhidos 17 nomes (a maioria estão compilados aqui pelo Financial Times). Apenas três são mulheres. Eis o que já sabemos sobre quem vai ajudar o presidente Donald Trump, e sobre como vão ser as relações de poder em Washington nos próximos anos:
O vice-presidente, Mike Pence
Foi, obviamente, o primeiro nome a ser anunciado, a 15 de julho, à boa maneira de Trump: num tweet. Com 57 anos, o até agora governador do estado de Indiana é um conhecido republicano conservador, defensor das ideias pró-vida e próximo do Tea Party. Ao contrário de Donald Trump, Mike Pence é um político, e é o braço direito de que o novo presidente precisava, já que tem experiência política e contactos em Washington D.C.
I am pleased to announce that I have chosen Governor Mike Pence as my Vice Presidential running mate. News conference tomorrow at 11:00 A.M.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 15, 2016
Depois do afastamento de Chris Christie da liderança da equipa de transição, é o próprio vice-presidente eleito que tem estado à frente das operações. Dada a inexperiência de Trump, tudo indica que o número dois da Casa Branca se pode ir habituando a estar à frente de decisões. Como escreve o FT, Pence tem tudo para se tornar um dos vice-presidentes mais poderosos da história dos EUA.
O chefe de gabinete, Reince Priebus
É desde 2011 presidente do Comité Nacional Republicano, o órgão de gestão do Partido Republicano, pelo que a escolha está a ser interpretada como uma aproximação de Trump aos representantes do partido no Congresso. Isto porque nem todo o Partido Republicano tem estado do lado de Trump, e o apoio no Congresso é importante para que o novo presidente consiga aprovar muitas das suas ideias.
Priebus chega a um dos mais importantes lugares da política norte-americana sem nunca ter sido eleito para um cargo público. Coordenou a campanha eleitoral e tem boas relações com o líder da Câmara dos Representantes, Paul Ryan (que recusou apoiar Trump na campanha). Por isso, tudo indica que Priebus será uma ponte entre a presidência e o Congresso. Mas o lugar de conselheiro próximo do presidente não será exclusivo de Priebus…
O estratega, Stephen Bannon
… porque Stephen Bannon está na equipa como “estratega e conselheiro sénior”. O Observador escreveu amplamente sobre ele aqui, e o que precisa de saber é que a Bloomberg já o considerou “o mais perigoso operacional político da América”. Conhecido pelas suas ideias extremistas e pelas mensagens de ódio racial, é a discriminação sexual que mais tem marcado Bannon.
No portal de notícias Breitbart News, que liderou, liam-se títulos como “A solução para o assédio de mulheres na internet é simples: elas devem sair da internet” ou “Não há qualquer tendência no setor tecnológico quanto à contratação de mulheres, elas é que são péssimas nas entrevistas”.
Bannon e Priebus serão os dois homens fortes no gabinete de Trump, respondendo diretamente ao próprio presidente. A entrada de Bannon na administração pode significar a ascensão definitiva da alt-right, movimento de extrema-direita que se assume como alternativa à direita tradicional americana, ao poder nos EUA. A nomeação tem sido atacada por democratas, por republicanos e por grupos ligados aos direitos humanos, mas há quem apoie Bannon. O Ku Klux Klan, por exemplo.
O secretário de Estado, Rex Tillerson
Amigo de Vladimir Putin (que o agraciou em 2013 com a maior condecoração que a Rússia atribui a cidadãos estrangeiros), Rex Tillerson era até agora o CEO da petrolífera Exxon Mobil. Tillerson vai ocupar o cargo mais alto da diplomacia americana, mas não tem qualquer experiência política ou diplomática — o que não parece ser problema para Donald Trump. “A coisa de que eu gosto mais no Rex Tillerson é que ele tem uma experiência vasta em lidar com sucesso com todos os tipos de governos estrangeiros”, escreveu Trump num tweet.
“O senhor Tillerson sabe como gerir uma organização global com sucesso e navegar a arquitetura complexa dos assuntos internacionais e dos vários líderes internacionais. Como Secretário de Estado, ele vai ser um defensor forte e clarividente dos interesses nacionais vitais da América”, lia-se num comunicado da equipa de transição.
O nome de Tillerson ainda terá de ser aprovado pelo Senado, que poderá rejeitar a nomeação. E essa hipótese não é improvável: a primeira fase implica que Tillerson seja aprovado pelo Comité de Assuntos Internacionais, que é composto por 10 republicanos e 9 democratas. Um republicano — Marco Rubio — já se mostrou contra a nomeação. Se os democratas também votarem todos contra Tillerson, o nome já nem sobe ao Senado.
O conselheiro não-oficial (mas muito influente), Jared Kushner
Uma lei norte-americana impede que o presidente nomeie familiares para cargos na administração, pelo que ainda não se sabe bem que lugar é que o genro de Trump (marido da Ivanka Trump, filha mais velha de Donald) irá ocupar. O que é certo é que Kushner, cujo perfil o Observador traçou aqui, vai ficar bem firme na Casa Branca.
A história que levou Kushner a Washington assemelha-se a uma telenovela, mas agora é um dos homens fortes de Trump. Dono do jornal New York Observer, Kushner ajudou Trump na campanha, aproximou o republicano dos judeus americanos e tem conseguido afastar do círculo mais próximo de Trump toda a gente ligada ao governador de New Jersey, Chris Christie, por vingança pessoal.
Mesmo que não tenha um cargo oficial, tudo indica que Kushner seja uma presença frequente na Sala Oval durante os anos em que Trump estiver à frente do país. No dia em que Trump se reuniu com Obama, Kushner ainda foi visto a passear nos jardins da Casa Branca com Denis McDonough, o atual chefe de gabinete de Obama, o que ainda levantou suspeitas de que seria uma reunião de sucessão.
Os responsáveis da comunicação, Jason Miller e Sean Spicer
Jason Miller e Sean Spicer vão ser os homens fortes da comunicação de Trump. Miller, que vai ser o diretor de comunicação, foi o assessor de imprensa durante a campanha eleitoral, tempo durante o qual se viu obrigado a gerir algumas das maiores polémicas envolvendo o candidato republicano. Já Sean Spicer, que vai ser o secretário para a imprensa, é estratega e diretor de comunicações no Comité Nacional do Partido Republicano, desde 2011, e ja tem uma larga experiência como responsável de comunicação no governo norte-americano.
Os dois vão ser responsáveis pelos canais de comunicação de Donald Trump, pelas conferências de imprensa da Casa Branca e pela definição da estratégia comunicativa da presidência, o que se poderá revelar um desafio substancial — já que terão de gerir também canais agitados, como o Twitter de Trump.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin
É o anúncio mais recente, mas ainda tem de ser confirmado pelo Senado. Mas não é surpresa. Steven Mnuchin, um antigo responsável do Goldman Sachs e investidor de Hollywood, será o novo responsável pelas finanças do governo dos EUA. Com 53 anos, não tem experiência governativa, apesar de ter trabalhado vários anos em Wall Street.
De acordo com a imprensa norte-americana, a escolha de Mnuchin pode deitar alguma água na fervura populista da restante equipa de Trump, já que, com o seu estatuto em Wall Street, este empresário representa tudo aquilo que Trump tem contrariado — o sistema.
O responsável pelo Orçamento, Mick Mulvaney
Enquanto diretor do gabinete para a administração e orçamento, Mick Mulvaney, um congressista eleito pelo estado da Carolina do Sul, será responsável pelo orçamento anual da Casa Branca e pela gestão das compras feitas pelo Estado. E já anunciou as suas intenções: “A administração de Trump vai restaurar a saúde orçamental e fiscal em Washington, após oito anos de agenda fora do controlo, de impostos e gastos, e vai trabalhar em conjunto com o Congresso para criar políticas amigáveis para os trabalhadores e empresários americanos”, disse Mulvaney em comunicado.
Mick Mulvaney começou por não apoiar Trump na corrida à Casa Branca — nas primárias esteve ao lado de Rand Paul. Acabou depois por manifestar o seu apoio a Donald Trump, sublinhando que vai dar especial importância à dívida federal. “É uma grande honra”, garantiu, quando a nomeação foi tornada pública.
O secretário da Defesa, James ‘Mad Dog’ Mattis
“Um verdadeiro general dos generais”, escreveu Trump no Twitter, alguns dias antes da confirmação oficial da nomeação. Conhecido como ‘Mad Dog’ (o cão furioso), Mattis esteve à frente do Comando Central das Forças Armadas, função em que chocou várias vezes com Obama no que diz respeito às políticas para o Médio Oriente. Mas Mattis não é só conhecido pela sua fúria militar.
A sua ponderação e preparação intelectual valeram-lhe o apelido de “monge guerreiro” — aos 66 anos, Mattis diz que não tem televisão, só lê livros militares. Aliás, Mattis exigia aos seus subordinados, quando esteve à frente do Comando Central, uma série de leituras obrigatórias.
Agora, enquanto secretário da Defesa, Mattis vai estar à frente do Pentágono, a coordenar toda a estratégia militar dos EUA. Para lá chegar precisa da aprovação do Senado, uma formalidade, já que este órgão é controlado pelos republicanos.
O conselheiro para a Segurança Nacional, Michael Flynn
Regressamos aos nomes polémicos. O general Michael Flynn, antigo líder dos serviços de informações militares que tem posições radicais relativamente à luta contra o Estado Islâmico, será o conselheiro para a Segurança Nacional, sendo uma das principais vozes que irão aconselhar o presidente Trump relativamente a matérias de segurança. Ainda falta saber, é certo, quem será o secretário para a Segurança Nacional.
Para ter uma ideia sobre quais as ideias que Flynn vai partilhar com Trump na Casa Branca, basta ler o que o general já tem dito. “O medo dos muçulmanos é racional”, costuma dizer. De acordo com a imprensa norte-americana, Flynn tem tentado convencer Trump de que os EUA estão em guerra contra o extremismo islâmico, e que o país se deve aliar até à Rússia para combater o terrorismo. Outro detalhe relevante é que muitas das decisões militares do Presidente deverão ser tomadas por Flynn, já que Trump não tem nenhuma experiência em estratégia militar.
O secretário para a Segurança Interna, John F. Kelly
Se Michael Flynn será o responsável por aconselhar Donald Trump em matéria de segurança nacional, o general John Kelly vai ocupar o cargo máximo no que toca à segurança do território americano. Com 66 anos de idade e 44 de carreira na Marinha, Kelly esteve à frente de unidades militares no Iraque e foi responsável por lidar com ameaças internas nos EUA, especialmente relativas ao tráfico de drogas na América Central. Kelly perdeu o filho mais velho, Robert Michael Kelly, em 2010, em combate no Afeganistão.
A fase mais controversa da carreira de Kelly foi a que passou na prisão de Guantanamo, em Cuba, onde esteve responsável por operações militares. Guantanamo foi, aliás, o assunto que o colocou contra Obama. “Não há lá inocentes”, disse numa entrevista ao Military Times, reagindo à intenção de Obama de fechar as instalações. Sobre o terrorismo, disse em 2013: “Dada a oportunidade de fazer outro 9/11, o nosso vicioso inimigo faria isso hoje, amanhã e todos os dias. Eu não sei porque é que eles nos odeiam, e francamente não me importo, mas eles odeiam-nos e são conduzidos irracionalmente para a nossa destruição”.
O procurador-geral, Jeff Sessions
O futuro responsável máximo pela pasta da Justiça é um apoiante de movimentos como o Ku Klux Klan (KKK), é conservador, anti-casamento homossexual, anti-legalização do comércio e anti-legalização do consumo de canábis. E, como Trump e grande parte da equipa, é um forte apoiante da deportação dos imigrantes ilegais.
Apoiante de Trump desde o início, Sessions não é um nome consensual, devido às diversas polémicas em que esteve envolvido (sobretudo por comentários racistas e xenófobos) enquanto procurador. A maior foi quando Sessions disse que sempre achou o Klu Klux Klan um movimento “ok”, aceitável, até ao dia em que descobriu que “fumavam erva”. Tentou desculpar-se mas o Congresso e o Senado não o aprovaram para o cargo de juiz federal.
O diretor da CIA, Mike Pompeo
O próximo diretor da CIA é um elemento ligado ao Tea Party, movimento conservador interno no Partido Republicano. Ao contrário de muitos dos escolhidos, Pompeo não apoiou Trump desde o início: inicialmente, foi apoiante de Marco Rubio. Mas, argumentando que Hillary Clinton não poderia ser presidente, apoiou Trump quando venceu as primárias.
Até aqui tem sido congressista pelo estado do Kansas, e é conhecido pelas suas posições políticas muito conservadoras. É contra o aborto, recusa a ideia de aquecimento global, apoia a posse de armas e é contra o Obamacare. Em termos de segurança, a área em que irá atuar, Pompeo tem-se manifestado sempre a favor dos programas de vigilância da NSA, e quer mandar prender Edward Snowden.
A secretária da Educação, Betsy DeVos
Betsy DeVos foi responsável por algumas políticas relevantes em matérias de educação, quando foi líder dos republicanos no estado do Michigan, mas nunca trabalhou na área da educação e nunca teve os filhos em escolas públicas. Para Trump, DeVos é “uma brilhante e apaixonada defensora da educação”, que vai “acabar com a burocracia que está a prender os nossos filhos, para que lhes possamos oferecer uma educação de classe mundial e escolhas escolares para todas as famílias”. No tweet em que agradeceu a nomeação, criticou o atual status quo nas políticas de educação.
I am honored to work with the President-elect on his vision to make American education great again. The status quo in ed is not acceptable.
— Betsy DeVos (@BetsyDeVos) November 23, 2016
O secretário para a Saúde, Tom Price
Trump quer acabar com muitas das políticas de Obama, e um dos principais alvos é o Obamacare. Por isso, vai colocar no lugar de responsável pelas questões de saúde um dos principais críticos daquele programa de saúde, o antigo cirurgião ortopédico e congressiste republicano Tom Price. O futuro secretário da Saúde quer reverter a maioria das medidas do Obamacare, porque considera “importante que não seja Washington a estar responsável pelos cuidados de saúde”.
Price é também um dos principais promotores da alternativa republicana ao Obamacare, um plano que prevê que os utentes que têm acesso aos programas de saúde como o Medicare ou o Medicaid possam optar por um privado — o Obamacare impõe a obrigatoriedade destes programas. Na pasta da saúde, algumas das medidas impostas por Obama deverão, contudo, manter-se, nomeadamente a proibição de as seguradoras não aceitarem vender seguros de saúde a pessoas com um historial de doenças graves.
A embaixadora nas Nações Unidas, Nikki Haley
Até hoje governadora do estado da Carolina do Norte, Nikki Haley marca uma viragem nas escolhas de Trump: foi a primeira mulher a ser nomeada para a equipa de Trump, e também a primeira imigrante (é filha de pais indianos). Foi, aliás, este assunto que sempre dividiu Trump e Haley, que não tiveram sempre relações pacíficas. Nas primárias, Haley apoiou Marco Rubio e Ted Cruz, só ficando do lado de Trump depois da nomeação como candidato republicano.
Acabou por votar em Trump e agora irá representar os Estados Unidos na ONU. Tudo indica que servirá de contrapeso às ideias de Trump para a imigração, visto que tem sido uma das suas lutas. O próprio Trump já a veio acusar de ter uma posição fraca relativamente ao assunto, depois de ter vetado uma medida que impediria a entrada de imigrantes legais no estado que governava.
O secretário da habitação, Ben Carson
Chegou a ser candidato à nomeação nas primárias republicanas, mas anunciou que apoiaria Trump quando se retirou. Agora, o neurocirurgião reformado deverá ser o secretário para a Habitação e para o Desenvolvimento Urbano, uma posição que o deixará em contacto com a ordenação do território nas cidades americanas.
I am seriously considering Dr. Ben Carson as the head of HUD. I've gotten to know him well–he's a greatly talented person who loves people!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 22, 2016
“Sinto que posso dar um contributo significativo, especialmente para tornar as nossas cidades fantásticas para toda a gente”, escreveu Carson no Facebook na altura em que o seu nome começou a ser falado para o cargo. Na mesma mensagem, remeteu para breve um anúncio concreto, que ainda está por acontecer.
“Temos muito trabalho a fazer para reforçar cada aspeto da nossa nação, e para assegurar que tanto as nossas infraestruturas físicas como as nossas infraestruturas espirituais são sólidas”, escreveu, numa mensagem em que também sublinhou a importância de “restaurar os valores que nos fizeram grandes”.
A secretária dos Transportes, Elaine Chao
Num comunicado divulgado esta terça-feira, a equipa de transição do presidente eleito anunciou que a nomeação de Elaine Chao para o lugar de secretária dos Transportes. Chao, uma imigrante originária de Taiwan, já tinha ocupado um lugar governamental na administração de George W. Bush, de quem foi secretária do Trabalho. A par de Ben Carson e de Nikki Haley, a nomeação de Chao vem acrescentar diversidade à equipa de Trump, o que pode ser interpretado como uma resposta às acusações de xenofobia e racismo que têm sido feitas ao futuro presidente dos EUA.
A própria equipa de Trump faz questão de sublinhar que Elaine Chao é “uma imigrante que chegou à América com oito anos e sem falar uma única palavra de inglês”, e que “a experiência da Secretária Chao de se mudar para um novo país motivou-a a dedicar uma grande parte da sua vida profissional a garantir que toda a gente tem a oportunidade de construir uma vida melhor”. Para Donald Trump, as capacidades de liderança de Chao e a sua experiência são “ativos valiosos para a nossa missão de reconstruir as nossas infraestruturas de forma responsável em termos fiscais”.
O secretário do Trabalho, Andrew Puzder
Para a pasta do Trabalho, vai Andrew Puzder, um CEO de cadeias de fast-food, sem experiência política, que sempre se opôs ao aumento do salário mínimo. É um conhecido crítico de Obama, não se opondo apenas ao aumento do salário, que acredita que fará os pequenos negócios perder lucros — Puzder também luta contra o Obamacare e exige mais flexibilidade para exigir horas extraordinárias.
Também é conhecido pelas suas posições sexistas, relativamente aos anúncios dos seus restaurantes. “Adoro ver mulheres bonitas, de bikini, a comerem hamburgers, é uma coisa super americana”, disse. Os seus opositores temem sobretudo que Puzder use a sua posição na pasta do Trabalho para benefeciar as indústrias que pagam pouco aos funcionários.
O secretário do Comércio, Wilbur Ross
Chamam-lhe “o rei da bancarrota”, por ter salvado muitas empresas da falência, mas os seus críticos acusam o milionário de 78 anos de ser um “abutre”. Foi a comprar empresas falidas que Ross construiu grande parte da sua fortuna, Terá sido Ross a influenciar Trump nas políticas económicas, incentivando-o a prometer alterações aos tratados comerciais.
O líder da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt
Se não podes vencê-los, junta-te a eles. É isto que vai fazer Scott Pruitt, um republicano de 48 anos que passou os últimos anos, como procurador-geral do estado de Oklahoma, a combater as políticas da Agência de Proteção Ambiental. Agora, vai ser o presidente da agência. Pruitt não acredita no contributo humano para o aquecimento global, pelo que se dedicou a tentar bloquear por via judicial as decisões do governo de Barack Obama que visavam combater as emissões de dióxido de carbono e a poluição.
A ação mais conhecida foi interposta por 28 estados em simultâneo contra uma decisão da Agência de Proteção Ambiental que tinha como objetivo reduzir as emissões na indústria do carvão, com que Pruitt tem relações próximas.