O responsável pelas questões de segurança nacional da equipa de transição de Donald Trump, Mike Rogers, anunciou esta terça-feira a demissão. É a segunda baixa na equipa do novo presidente norte-americano, depois do afastamento de Chris Christie, e poderá dificultar um processo de transição, que já se prevê complicado, entre a administração Obama e a administração Trump.

Num comunicado, citado pelo Politico, Mike Rogers sublinha que “foi um privilégio preparar e orientar as políticas, as pessoas e as equipas de ação em todos os aspetos que respeitam à segurança nacional, durante a fase de planeamento pré-eleitoral”.

Mike Rogers, que, até 2015, esteve à frente da Comissão de Inteligência do Congresso, sublinha ainda que o trabalho desenvolvido pela sua equipa representa “um alicerce forte para a liderança da nova equipa de transição, que avança para a fase pós-eleitoral, e que naturalmente vai integrar a equipa de campanha de Nova Iorque que conduziu o presidente eleito Trump a uma vitória incrivel na última terça-feira”.

O vice-presidente eleito, Mike Pence, fica agora responsável pelas questões de segurança da equipa de transição de Trump. No entanto, as negociações de transição estão neste momento bloqueadas. Isto porque, segundo o New York Times, ainda é preciso que Mike Pence assine alguns documentos para oficializar a mudança de responsável. Só com esses procedimentos legais garantidos é que Pence poderá ter acesso à informação que a administração de Obama tem de passar à equipa de Trump.

A demissão de Mike Rogers acontece apenas dois dias depois de Chris Christie, governador de New Jersey, que também se candidatou à nomeação pelo Partido Republicano contra Trump, ter sido afastado da equipa.

Christie está envolvido no escândalo Bridgegate (membros do gabinete de Christie terão planeado fechar algumas portagens na ponte George Washington com o objetivo de causar um engarrafamento e responsabilizar o mayor de Fort Lee, que não tinha apoiado Christie quando este se recandidatou a governador), e, apesar de não ter sido declarado culpado, Donald Trump não achou o mesmo, afastando-o esta semana do seu círculo mais próximo, escreve o Daily Mail.

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