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Colonatos de Israel. Trump e Netanyahu contra o resto do mundo

Este artigo tem mais de 5 anos

Presidente israelita fez aliança com o presidente eleito para tentar impedir resolução histórica da ONU contra colonatos de Israel. Não resultou. Trump diz que as coisas vão mudar em janeiro.

Netanyahu à saída de um encontro com Trump, quando este ainda era apenas candidato, a 25 de setembro
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Netanyahu à saída de um encontro com Trump, quando este ainda era apenas candidato, a 25 de setembro

AFP/Getty Images

Netanyahu à saída de um encontro com Trump, quando este ainda era apenas candidato, a 25 de setembro

AFP/Getty Images

“Them against the world”, é assim que a CNN define as reações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e do presidente israelita, Benjamin Netanyahu. São eles contra o resto do mundo. Depois de, na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU ter votado uma resolução histórica a exigir que Israel “cesse imediatamente e completamente todas as atividades de construção de colonatos no território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental.”

Foi a abstenção dos EUA — que sempre vetaram resoluções contra o Estado israelita — que permitiu mais esta decisão histórica na reta final da administração Obama. Netanyahu ficou furioso, Trump irritado.

As manobras diplomáticas foram intensas nestes dias. Israel arregimentou o Presidente eleito, Donald Trump, tentou pressionar a administração cessante (de Obama), com um tweet e um post no Facebook a pedir um veto na véspera.

Trump ainda fez mais nos bastidores. Ligou ao presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi — o autor e proponente do texto de resolução numa tentativa de adiar a resolução. A frente Trump-Netanyahu é uma novidade diplomática: nunca antes (pelo menos em público) um presidente antes de tomar posse se relacionou com um chefe de Estado de um outro país para fazer pressão na ONU. Sem êxito. Com a abstenção dos EUA, a votação foi clara: 14-0.

Trump reagiu em tweet e em força para mostrar o seu desagrado logo após a votação, dizendo: “Quanto à ONU, as coisas serão diferentes após 20 de janeiro“.

Entretanto, o Estado israelita vai acusando a administração Obama de estar a deixar para trás um aliado de longa data e trata Barack Obama como se já fizesse parte do passado. No comunicado de reação à resolução da ONU, o governo de Netanyahu, diz que “Israel espera trabalhar com o presidente eleito Trump e com todos os nossos amigos no Congresso, republicanos e democratas, para evitar os efeitos nocivos desta absurda resolução”.

Ao contrário do que tem feito Barack Obama, Donald Trump promete alinhar a política norte-americana com as ideias da direita do Likud, o partido de Netanyahu. Além desta mudança estrutural, há outras simbólicas: promete transferir a embaixada Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém. Esta transferência pode, no entender dos analistas, incendiar os palestinianos e fazer com que os EUA tenham dificuldades em mediar o conflito entre israelitas e palestinianos (que veem a cidade como capital do futuro Estado palestiniano).

A política de Trump, mais dura e pró-israelita, terá um grande apoio no Congresso, que esteve contra esta decisão de Obama nas Nações Unidas. Até o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, questionou esta opção.

A relação entre Obama e Netanyahu tem sido conflituosa e atingiu o auge quando, em março de 2015, o presidente israelita discursou no Congresso norte-americano e criticou a diplomacia da Administração Obama, em particular o facto dos norte-americanos negociarem com o Irão um acordo nuclear.

Os EUA livram, historicamente, Israel de resoluções negativas das Nações Unidas, através do uso do direito de veto. A última vez tinha acontecido em 2011, mas têm sido dezenas ao longo dos últimos anos. Nos últimos meses, as Nações Unidas têm denunciado o aumento dos colonatos israelitas em zonas ilegais.

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