Hoje é cada vez maior a dúvida sobre onde investir as nossas poupanças. Por um lado, porque o contexto atual dos mercados é caracterizado por um elevado grau de incerteza política e económica, por outro, porque as taxas de juro estão extremamente baixas. Mas há opções a considerar e que devem ser tomadas em linha de conta, desde logo porque conseguem conciliar rendibilidade com graus de risco mais moderados.

Entre estas contam-se os fundos de investimento, que não são mais do que grandes carteiras detidas por inúmeros investidores, os participantes, que aplicam em conjunto o seu capital em ações, obrigações, depósitos, entre outros.

Os fundos são geridos por uma equipa de especialistas – a sociedade gestora – que pertence quase sempre a uma instituição financeira. Para total garantia do investidor, os fundos são supervisionados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Existem diversos tipos de fundos, sendo que a diferença reside sobretudo nos ativos em que investem. Assim, encontramos, por exemplo:

  • Fundos de obrigações (apostam sobretudo em obrigações);
  • Fundos de ações (o foco é nas ações);
  • Fundos multiativos ou mistos (investem em vários ativos em simultâneo, nomeadamente obrigações e ações, entre outros).

Fundos como alternativa às baixas taxas de juro

Atualmente assiste-se a uma situação caracterizada por taxas de juro muito baixas, ao ponto das poupanças em investimentos tradicionais (como depósitos a prazo) terem uma menor rendibilidade potencial. Isto porque, nos últimos anos, registou-se uma queda significativa das taxas de juro de mercado, com níveis historicamente reduzidos e até, nalguns casos, negativos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Este facto resulta de uma conjuntura económica e financeira bastante desafiante a nível mundial, com sucessivos eventos políticos, tanto nos EUA como na Europa, a exercer forte influência na evolução dos mercados de capitais. E a perspetiva é que tal contexto se prolongue ao longo de 2017. Face a este cenário, os fundos constituem uma boa alternativa para o investimento de poupanças. Eis algumas razões que o justificam:

  • Tendem a permitir um retorno maior dos que as soluções tradicionais de poupança;
  • Os fundos multiativos ou mistos constituem uma boa opção em contextos de incerteza, já que não se investe num único tipo de produto;
  • Permitem reduzir os custos de transação para uma carteira muito diversificada, uma vez que aqueles valores são suportados por diversos investidores;
  • Nalguns casos poderão beneficiar de um regime fiscal mais favorável;
  • Constituem uma forma muito simples de investir poupanças;
  • Os pequenos investidores passam a aceder a mercados que lhes poderiam estar vedados, tendo em conta o elevado capital exigido;
  • As regras de investimento e reembolso são conhecidas pelo investidor à partida.

Investir sim, diversificar sempre

“Evitar colocar todos os ovos no mesmo cesto” é o principal – e mais seguro – lema a seguir no que toca a aplicar poupanças. De acordo com a Caixagest, especializada em gestão de fundos de investimento e de patrimónios (que com a CGD Pensões e FUNDGER é uma participada da holding Caixa Gestão de Activos) – do Grupo Caixa -, isto é sobretudo importante num contexto de incerteza política e económica. É que “ ao optar por uma alocação a diferentes classes de ativos, associados a geografias e moedas distintas, ou seja de multiativos, o investimento torna-se menos volátil e mais imune às variações cíclicas do mercado”.

Os especialistas aconselham a que, a partir de uma base de capital disponível, as decisões de aplicação de poupança sejam feitas de acordo com o perfil de tolerância ao risco (isto é, se o investidor se sente confortável a arriscar mais ou menos); assim como tendo em conta o prazo em que se pretende ter o dinheiro investido; e sem nunca esquecer o princípio da diversificação de investimento. Como? “Através da escolha de soluções que não evidenciem um elevado padrão de correlação entre si”. Conclusão, comparando com soluções como os depósitos a prazo, investir em multiativos poderá permitir uma rendibilidade potencialmente mais elevada.

Quais as alternativas?

Entre os vários produtos disponíveis no mercado, destacam-se os três fundos multiativos Caixagest Seleção Global, adequados a diferentes perfis de risco e que incidem nos principais mercados de ações, de obrigações e de liquidez (ver quadro).

Como é que são selecionados os ativos e instrumentos financeiros em que as poupanças são investidas em cada fundo? Segundo a Caixagest, a seleção baseia-se num “princípio de arquitetura aberta, onde são criteriosamente selecionados fundos de entidades gestoras internacionais nas diferentes classes de ativos”.

Para que se possa otimizar o potencial destes fundos em termos de retorno é aconselhado respeitar alguns prazos de permanência, nomeadamente, mais de dois anos no caso dos perfis Defensivo e Moderado, e mais de três no perfil Dinâmico. Além disso, quanto maior for a componente acionista do fundo escolhido, tanto maior poderá ser a rendibilidade.

Portugueses poupam pouco

Os indicadores atualmente disponíveis sobre a poupança dos portugueses revelam que estamos a poupar cada vez menos. Questionados sobre as razões que justificam esta tendência, especialistas da Caixagest salientam que “as famílias portuguesas têm canalizado para decisões de consumo uma componente cada vez maior da riqueza gerada na economia e do rendimento disponível”. E os motivos são simples, “a evolução recente ficou a dever-se essencialmente a um contexto de recuperação económica, após a recessão de 2011 a 2013. O crescimento económico e o rendimento disponível voltaram a demonstrar registos positivos e a taxa de desemprego encetou uma tendência de descida”. Como consequência, os níveis de confiança dos consumidores recuperaram, ao mesmo tempo que se tornou mais fácil a obtenção de crédito.

Ainda assim, é importante estimular a poupança para acautelar o futuro. É importante que “após as decisões de consumo corrente serem satisfeitas, uma parcela do rendimento seja destinada à poupança”, sendo que esta deve ser estimulada e posta em prática em todas as idades.

Soluções de poupança para os mais jovens

A poupança deve ser incentivada em qualquer faixa etária, sobretudo a partir do momento em que se começa a receber um ordenado. Segundo a Caixagest, “esta questão torna-se crítica nas camadas jovens. Os seus níveis de disponibilidade financeira, tradicionalmente mais baixos”, resultam em menor margem para poupar. Mesmo assim, a poupança é importante “tendo em conta a concretização de projetos futuros, como a aquisição de casa própria, a realização de estudos académicos superiores ou a constituição de uma base de capital geradora de rendimentos complementares futuros aquando da idade de reforma”.

Para estes casos, sugere-se o investimento numa solução como o Fundo Seleção Global Dinâmico (comercializado pela CaixaGest), com um prazo superior a três anos, de forma a garantir uma maior probabilidade de sucesso de retorno.

Acautelar a velhice

Poupar hoje para beneficiar de uma velhice mais descansada amanhã é outro dos conselhos a reter. E os dados oficiais justificam-no, com o Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social a estimar que, em 2060, o rácio entre a primeira reforma e o último salário auferido poderá descer para 40%.

Entre as diversas soluções disponíveis para apoiar este esforço de poupança a longo prazo, destaca-se a gama de Fundos de Pensões Abertos da CGD Pensões.

São produtos de investimento a longo prazo, com benefícios fiscais, desenhados para o financiamento de complementos de reforma.

A CGD Pensões oferece três fundos de pensões abertos, passíveis de combinação entre si, de forma a adequarem-se aos diferentes perfis de investidor e objetivos de cada cliente, nomeadamente, número de anos até à reforma, tolerância ao risco e património financeiro disponível.