Começa a aquecer a corrida eleitoral à Câmara Municipal do Porto. Depois de reunir o apoio de PS e CDS à sua recandidatura, e num momento em que se começam a agitar os corredores do poder portuense, Rui Moreira já fez saber que as suas escolhas de candidatos para os órgãos autárquicos não serão condicionadas pelas ambições de socialistas e democratas-cristãos.

A garantia foi dada por Nuno Santos, assessor de imprensa de Rui Moreira, ao jornal Público [link para assinantes]. “O doutor Rui Moreira fará as suas listas de acordo com critérios de competência e conhecimento das pessoas nas respetivas áreas. Não vamos ter jobs for the boys na Câmara do Porto, e isto é tanto para o PS como para o CDS”, afirmou o responsável pela comunicação do autarca.

As declarações de Nuno Santos ganham especial relevância porque acontecem dias depois de Ana Catarina Mendes, secretária-geral-adjunta do PS, ter afirmado, em entrevista ao Expresso, que o PS terá uma “representação forte” nas listas de Rui Moreira.

Nuno Santos não só se escusa a comentar esta afirmação, remetendo as explicações possíveis para a própria Ana Catarina Mendes, como desmente uma informação avançada por Manuel Pizarro, líder da distrital do PS/Porto e um dos maiores defensores desta solução política encontrada na autarquia portuense.

Em declarações ao mesmo jornal, o vereador socialista — apontado insistentemente como possível número dois de Rui Moreira no próximo executivo camarário — garantiu que Rui Moreira marcará presença numa reunião da concelhia do PS/Porto, em maio, para explicar o projeto político aos militantes socialistas do Porto. E deixou ainda uma sugestão que pode ser entendida como um recado para o autarca portuense: “Ainda não fui convidado para fazer parte da lista. Nós confiámos que o doutor Rui Moreira fará escolhas avisadas, para garantir uma equipa de governação coesa e competente”.

Desafiado a comentar estas declarações, o assessor de Rui Moreira foi taxativo: “É falso que o presidente da câmara tenha a intenção de participar numa reunião partidária do PS com militantes. Não escolheu nem o número dois, nem o número três, nem o 10º. As listas não vão estar pejadas de militantes dos partidos”, afirmou Nuno Santos. Não podia ser mais claro.

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