O Departamento do Tesouro norte-americano apresentou esta terça-feira um novo pacote de sanções contra dez empresas e seis pessoas depois de ter obtido provas de que essas 16 entidades têm vindo a conduzir negócios com a Coreia do Norte. Negócios esses que têm contribuído para viabilizar as aspirações nucleares do hermético regime de Kim Jong-un.

“O Tesouro irá continuar a aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, sancionando aqueles que apoiam o avanço dos seus programas balístico e nuclear, na tentativa de impedir o seu acesso ao sistema financeiro norte-americano. É inaceitável que indivíduos e empresas na China, Rússia e em outros países continuem a permitir à Coreia do Norte gerar dinheiro que depois é utilizado na construção de armas de destruição massiva”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em comunicado.

Ao permitir que as sanções fossem aceites no Conselho de Segurança da ONU, os chineses colocaram-se ao lado dos restantes países ocidentais mas, ao mesmo tempo, são eles que mais ajudam os norte-coreanos nos seus objetivos. Isto não quer dizer que o governo chinês tenha conhecimento de todos os negócios mas os Estados Unidos consideram que a China não está a fazer o suficiente para “fechar a torneira” aos norte-coreanos, e que não está a investigar com afinco as entidades que podem estar a colaborar com a Coreia do Norte.

É um dos países mais isolados do mundo. Como é que a Coreia do Norte se tornou uma potência nuclear?

A maioria das sanções apresentadas afetam, por isso, companhias chinesas que têm importado carvão e outros recursos minerais da Coreia Norte e permitido ao país realizar, através de companhias sediadas na China ou utilizando cidadãos chineses como intermediários. Há muito que o regime de Kim Jong-un depende dos chineses até nas coisas mais básicas como, por exemplo, para alimentar a sua população e o governo de Pequim tem-se sempre recusado a colocar sobre a mesa qualquer opção de retaliação militar.

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