O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, designou a Coreia do Norte um estado apoiante de terrorismo. O anúncio foi feito esta segunda-feira durante uma reunião pública do seu executivo, na Casa Branca, na qual Trump também anunciou que serão aplicadas novas sanções ao país.

O estado tinha sido retirado da lista em 2008 pela administração do então presidente George W. Bush com o propósito de salvar as negociações de um acordo nuclear com o país liderado, na altura, por Kim Jong-il – que acabaram por fracassar.

Agora sob liderança do filho, Kim Jong-un, a Coreia do Norte junta-se a Sudão, Síria e Irão na lista de países que o Departamento de Estado norte-americano considera apoiarem atos de terrorismo internacional.

“Além de ameaçar o mundo com a devastação nuclear, a Coreia do Norte apoiou de forma repetida atos de terrorismo internacional, incluindo assassínios em territórios estrangeiro”, declarou em Washington o Presidente dos Estados Unidos, acrescentando que a reintrodução da Coreia do Norte na lista “devia ter acontecido há muito tempo”. Trump declarou ainda que o regime norte-coreano “deve terminar o seu desenvolvimento ilegal de misseis nucleares e balísticos”.

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Trump referiu especificamente o caso do estudante norte-americano Otto Warmbier. O estudante foi detido por Pyongyang e acabaria por morrer em junho, já no seu país, para onde foi repatriado em coma.

Em fevereiro último, a Coreia do Sul pediu aos Estados Unidos que voltassem a incluir Pyongyang na lista negra devido ao assassínio na Malásia de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A Coreia do Norte tinha estado na lista do Departamento de Estado de 1988 a 2008 devido ao alegado envolvimento num atentado à bomba contra um avião comercial sul-coreano em 1987, que fez 115 mortos.

O presidente dos Estados Unidos da América não detalhou quais seriam as sanções que o Departamento do Tesouro vai anunciar terça-feira, mas referiu que “vão ser as sanções de nível mais alto” que “apoiam a nossa [dos EUA] campanha de pressão máxima para isolar este regime assassino”.