Até ao verão, o Serviço Nacional de Saúde será uma zona (quase integralmente) livre de alimentos ricos em açúcar e sal e, portanto, particularmente prejudiciais à saúde. O Governo quer que, até 30 de junho, deixe de estar disponível nos bares, cafetarias e bufetes dos hospitais e centros de saúde de norte a sul do país salgados e doces, que terão de passar a disponibilizar gratuitamente água potável. O passo seguinte no plano universal de limpeza alimentar são as cantinas.

A lista é extensa. De acordo com o Jornal de Notícias, os croquetes, rissóis, empadas, chamuças, pastéis de nata, jesuítas, bolas de Berlim, croissantes, snacks, guloseimas e refrigerantes (independentemente de estarem classificados como “light”) não poderão estar ao acesso de doentes, familiares, assistentes técnicos e profissionais de saúde.

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A proibição já era aplicada às máquinas de vending e estende-se agora às vitines de todos os espaços de refeição dos hospitais e centros de saúde, à exceção das cantinas, que também serão abrangidas, mas mais tarde. A única possibilidade de o prazo de 30 de junho ser alargado são os casos em que a renegociação com os concessionários implique o pagamento de indemnizações.

À adjunta do diretor do Plano Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-geral de Saúde, Maria João Gregório, os concessionários manifestaram preocupações com o possível afastamento de clientes face à nova oferta alimentar. “Entendo que quem consome nestes espaços o faz porque tem de ser e, por isso, não vai mudar”, diz a responsável.

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