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Morreu a atriz portuguesa Guida Maria, vítima de cancro. Tinha 67 anos

Este artigo tem mais de 5 anos

"A atriz faleceu hoje de manhã, tranquilamente durante o sono", revelou o encenador António Pires. A atriz Guida Maria -- que participou em cerca de 40 peças -- tinha 67 anos e morreu de cancro.

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A atriz portuguesa Guida Maria morreu esta terça-feira, vítima de cancro, revelou à Lusa o encenador António Pires. Tinha 67 anos. Nascida em Lisboa, a 23 de janeiro de 1950, Guida Maria, mãe da também atriz Julie Sergeant, fez cinema, ficção em televisão, mas sobretudo teatro, tendo participado em cerca de 40 peças, entre as quais ‘A mãe’, ‘Auto da geração humana’, ‘A casa de Bernarda Alba’ e, possivelmente, uma das mais conhecidas da carreira, ‘Os monólogos da vagina’.

A atriz faleceu hoje de manhã, tranquilamente durante o sono, após ter sido vítima de doença prolongada”, referiu o encenador.

O velório realiza-se esta terça-feira, a partir da 19h00, na Basílica da Estrela, em Lisboa, e o funeral tem lugar na quarta-feira, às 15h00, para o Cemitério dos Prazeres, também na capital.

[Reveja no vídeo as frases mais marcantes e algumas das melhores interpretações de Guida Maria]

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Formada em teatro pelo Conservatório Nacional e na American Academy of Dramatic Arts, em Nova Iorque, Guida Maria estreou-se nos palcos aos sete anos na peça “Fogo de Vista”, de Ramada Curto. Mas o primeiro sucesso viria seis anos depois, em 1963, com a peça “O Milagre de Anne Sullivan”, encenada por Luís Sttau Monteiro.

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Em 1973, ganha um prémio no Festival de Cartagena — que a leva aos Festivais Internacionais de Cannes, Moscovo, Belgrado e Adelaide, na Austrália — com a sua estreia no cinema. Maria Guida é protagonista do filme “A Promessa”, de Bernardo Santareno, convidada pelo cineasta António Macedo.

Em 1978, integra a Companhia Residente do Teatro Nacional D. Maria, a convite do ator, realizador e encenador português Francisco Ribeiro, conhecido por Ribeirinho. Lá se manteve até em 1998.

Durante esse período, estreou-se na televisão. Em 1981, integra a série “Uma Cidade Como a Nossa”. Dois anos depois, o autor brasileiro Dias Gomes convida-a a participar na série de sua autoria, “O Bem Amado”, da TV Globo no Brasil. Na televisão protagoniza a série “Cobardias”, “Quem Manda Sou Eu” e “A Grande Mentira”. Em 1996, a atriz, apresenta ao Teatro Nacional um projecto totalmente concebido por si: “Shirley Valentine”. Nesse mesmo ano, apresenta ainda um novo projecto: “Night Mother”. Em 2000, estreia “Os Monólogos da Vagina”, de Eve Ensler, no Teatro Auditório do Casino do Estoril.

Em 2009, foi editado a biografia “Guida Maria – Uma vida”. Guida Maria deixou de aparecer com mais regularidade por falta de convites para trabalhar. Ainda apareceu pela última vez no papel de Amélia, em “A Única Mulher”, em 2016. Guida Maria ainda foi convidada para mais um papel e ainda pensou aceitar. “Estava magríssima e depressa se descobriria do estado dela”, de acordo com fontes hospitalares.

Guida Maria descobriu no início do verão de 2016 que tinha cancro no pâncreas. Estava internada no hospital S. Francisco Xavier há três semanas. “Fizemos tudo por ela”, revelou fonte hospitalar.

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