A internet pode até ser uma ‘prenda de Deus’, como chegou a dizer o Papa Francisco – mas o Facebook não. Entre outras tendências de modernidade, Jorge Bergoglio já é conhecido como o Papa mais social de sempre, pelo menos no que à tecnologia diz respeito. Tira selfies, publica diariamente no Twitter e demonstra publicamente a necessidade de a Igreja se integrar nas práticas do mundo moderno.

Uma análise de dados relativos ao período de março a novembro de 2013, feita pela rede de informação católica Aleteia em parceria com a empresa italiana de marketing digital 3rd Place, apresentou vários dados sobre a popularidade do Papa na internet e chegou a uma conclusão: ‘a Internet adora o Papa Francisco’, o que faz dele o chefe de Estado com maior impacto nas redes sociais.

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Sim… Mas não espere ver tão cedo um perfil de Bergoglio no Facebook. Representantes da rede social de Mark Zuckerberg visitaram esta semana o Vaticano para defenderem a ideia de que o líder da maior igreja do cristianismo devia estar presente na maior rede social do mundo, escreve a Quartz. Mas o arcebispo responsável pela gestão dos media no Vaticano mantém-se relutante. Porquê? Por causa dos receios de comentários abusivos.

Para Claudio Maria Celli, os comentário abusivos podem ser ignorados com alguma facilidade no Twitter, mas são mais intrusivos no Facebook. E o Vaticano já passa muito tempo a “apagar obscenidades” da página de Facebook do site de noticias News.va, pelo que, diz, não vale a pena o esforço de ter de fazer o mesmo para uma página de perfil criada no nome do Papa.

A hipótese já foi estudada ao pormenor. Em fevereiro, o Vatican Insider, noticiou que tinha sido nomeada uma equipa de especialistas em tecnologias de informação para estudar a possibilidade de o Papa aderir ao Facebook sem ser inundado de comentários ofensivos e abusivos, e permitindo apenas o criticismo educado. Mas a equipa concluiu que era impossível.

Assim sendo, nada feito. E se quiser seguir o Papa nas redes sociais, terá de o continuar a fazer através do @Pontifex no Twitter, onde a equipa do Papa interage com a comunidade em nove línguas.