O Papa Francisco apelou hoje em Amã, na Jordânia, para que seja encontrada “com urgência” uma “solução pacífica” para a crise síria e uma “solução justa” no conflito israelo-palestiniano, indispensáveis para uma “paz duradoura” na região.
“Encorajo as autoridades do reino jordano a perseverar os seus esforços para encontrar uma paz duradoura em toda a região. Este grande objetivo necessita de urgência para que seja encontrada uma solução pacífica na crise síria, bem como uma solução justa no conflito israelo-palestiniano”, afirmou o papa argentino no início da sua primeira visita ao Médio Oriente.
Falando pouco depois de ter chegado a Amã, o líder religioso afirmou que os cristãos devem ser considerados “cidadãos por todo o Médio Oriente”.
“A liberdade religiosa é um direito fundamental e nós esperamos que esta seja tida em consideração em todo o Médio Oriente. Tal [liberdade] inclui a liberdade individual e coletiva de seguir a sua própria consciência em matéria religiosa: ou seja, a liberdade de culto, a liberdade de escolher a religião que cada um acredita ser verdadeira e de expressar publicamente a própria fé”, sublinhou o Papa, perante o rei Abdullah II da Jordânia, por quem foi recebido.
O Papa Francisco chegou esta manhã à Jordânia, a primeira etapa da sua viagem ao Médio Oriente, para relançar o diálogo inter-religioso e tentar ultrapassar um conflito regional que continua a agravar-se.
Para o chefe da Igreja Católica, o diálogo inter-religioso pode aproximar campos políticos irreconciliáveis e mostrar que a religião não é um fator de ódio.
Em Amã, Francisco vai presidir a uma missa no estádio da capital e encontrar-se com 600 deficientes e refugiados, muitos oriundos da Síria, depois de ser recebido pelo rei Abdullah II. Está também prevista uma cerimónia no rio Jordão, onde Jesus Cristo terá sido batizado.
Da Jordânia, Francisco segue diretamente, de helicóptero, para Belém, na Cisjordânia.