A Comissão Europeia propôs, nesta quarta-feira, ao Conselho de Ministros da União Europeia (UE) a adesão da Lituânia ao euro a partir de 1 de janeiro de 2015, passando a zona euro a integrar 19 Estados-membros. Segundo o Relatório de Convergência de 2014, divulgado hoje, dos dez Estados-membros analisados – Bulgária, República Checa, Croácia, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia -, apenas a Lituânia cumpre as condições necessárias para adotar a moeda única.

O Conselho de Ministros da UE deverá tomar uma decisão final sobre a adesão da Lituânia ao euro na segunda metade de julho, depois de os chefes de Estado e de Governo dos 28 terem debatido a questão, agendada para a cimeira de 26 e 27 de junho, e de o Parlamento Europeu ter dado o seu aval.

“A zona euro continua a ser uma comunidade atrativa”, afirmou o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Olli Rehn.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Olli Rehn, considera que “a zona euro continua a ser uma comunidade atrativa”, acrescentou ainda que “a zona euro tem hoje uma coordenação mais efetiva da política económica, uma barreira de proteção que salvaguarda a estabilidade e, a partir deste ano, uma União Bancária“.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os critérios de convergência incluem a estabilidade dos preços, solidez das finanças públicas, estabilidade das taxas de câmbio e convergência das taxas de juro a longo prazo, bem como a compatibilidade da legislação nacional com o acervo comunitário, o que inclui a legislação comunitária quanto ao banco central nacional, nomeadamente no que respeita à sua independência e à dos membros dos seus órgãos de decisão, aos seus objetivos e à sua integração no Sistema Europeu de Bancos Centrais.

A situação da Bulgária, República Checa, Croácia, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia será novamente avaliada dentro de dois anos.

A taxa média de inflação na Lituânia durante 12 meses até abril foi de 0,6%, abaixo do valor de referência de 1,7% para o mesmo mês, não se prevendo uma subida num futuro próximo. O nível do défice lituano desceu dos 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 para os 2,1% em 2013, valor estimado também para este ano, abaixo do limite de 3%. No que respeita à dívida, esta estava nos 39,4% do PIB no final de 2013, abaixo do limite de 60%.

A situação dos sete Estados-membros que estão numa situação de derrogação (Bulgária, República Checa, Croácia, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia) será novamente avaliada dentro de dois anos. A Dinamarca e o Reino Unido negociaram opções de exclusão (“opt-out”) e só serão sujeitos a uma apreciação da convergência quando apresentarem um pedido nesse sentido. A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu devem apresentar relatórios pelo menos uma vez de dois em dois anos ou a pedido de um Estado-membro que pretende aderir à zona euro.