A União Europeia (UE) anunciou hoje que mobilizou 500 milhões de euros, obtidos nos mercados de capitais, como primeiro empréstimo à Ucrânia no âmbito do programa de assistência macrofinanceira àquele país.

Os fundos foram reunidos através do lançamento, em abril, de um leilão de títulos de dívida a 10 anos, no valor final de 3.200 milhões de euros.

O montante da operação será entregue à Ucrânia a 17 de junho próximo, a data acordada no acordo de assistência.

Encarregaram-se da operação financeira os gestores do Deutsche Bank, J.P. Morgan, Landesbank Baden-Württemberg (LBBW) e Société Générale CIB.

Trinta por cento dos títulos de dívida tiveram como destino final a Ásia, 60 por cento a zona Euro e 10 por cento outros países europeus, indicou a Comissão Europeia em comunicado, citado pela agência de notícias espanhola, EFE.

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Da Europa, a Alemanha obteve a maior percentagem de títulos, 44 por cento, seguida da Holanda (8%) e de França e Suíça (cada uma com 6%).

Quanto ao perfil dos investidores, 30 por cento foi parar a bancos e instituições oficiais, 59 por cento a entidades do tesouro, entre outras, refere o comunicado.

O Fundo de Assistência Macrofinanceira à Ucrânia (MFA II, na sigla inglesa) pretende ajudar aquele país com um sistema de empréstimos, no valor de 1.000 milhões de euros, que está a ser aplicado em paralelo com o programa de ajuda de MFA I, de 610 milhões de euros.

A Comissão Europeia recordou que o programa macroeconómico será complementado com os recursos fornecidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros dadores, no âmbito do programa de estabilização e reforma elaborado pelas autoridades ucranianas.

A assistência europeia, no total de 1.610 milhões de euros, foi concebida para ajudar a Ucrânia a cobrir parte das suas urgentes necessidades financeiras externas, reduzir o défice da balança de pagamentos e remendar fragilidades orçamentais.

A Ucrânia poderá utilizar a assistência financeira para pagar a fatura de 1.660 milhões de dólares que o consórcio de gás russo Gazprom exige de adiantamento à ucraniana Naftogaz pelo consumo de gás de junho.