A coordenadora do Bloco de Esquerda Catarina Martins defendeu esta terça feira que uma convergência à esquerda tem que passar por um “programa” e pela “rutura com a austeridade”, acusando a ex-dirigente bloquista Ana Drago de ter passado a privilegiar “soluções de governação”.

“Continuamos a achar que a aliança baseada num programa que seja capaz de rutura com a austeridade, sendo um caminho difícil, que demora tempo, é aquele que deve ser seguido. Nos últimos seis meses, a Ana Drago tem tido uma posição diferente e considera que mais importante do que debater este programa de esquerda, do que continuar a juntar forças para este programa de esquerda, é preciso pensar em soluções de governação, ainda que este programa deixe de ser o centro dessa aliança de esquerda”, afirmou Catarina Martins.

A coordenadora bloquista defendeu que “é importantíssima uma rutura com a austeridade”, argumentando que “as convergências que podem mudar alguma coisa na vida das pessoas são as convergências em torno de um programa de esquerda”. Esse programa de esquerda, sublinhou, tem “três pontos claros”: “reestruturação da dívida, rejeição do Tratado Orçamental, proteção do estado social”.

“As pessoas estão pouco interessadas sobre os arranjos entre os partidos, estão muito mais interessadas nas condições de vida que vão ter”, disse aos jornalistas, à saída da embaixada da Palestina em Lisboa, onde se encontrou com o embaixador.

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