O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, reconheceu esta terça-feira que houve “algum contágio” do grupo e Banco Espirito Santo (BES) à restante banca europeia, mas admitiu tratar-se de um “fenómeno de curta duração”, que já desapareceu.

Em entrevista à agência financeira Bloomberg, Regling lembra ainda que Portugal tem as necessidades de financiamento cobertas para os próximos 12 meses.

“Houve algum contágio dos desenvolvimentos em Portugal [relativos ao grupo e banco Espírito Santo] a outros países europeus e a outros bancos europeus em muitos países. Mas pelo que eu vejo esta terça-feira, tratou-se apenas de um fenómeno de curta duração que durou dois ou três dias e parece ter já ido embora”, disse o diretor do fundo de resgate do euro.

Os títulos do BES foram suspensos de negociação a 10 de julho, devido à exposição do banco ao Grupo Espírito Santo, facto que penalizou o comportamento das bolsas mundiais durante algumas sessões.

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Regling lembra ainda que no caso dos bancos portugueses precisarem de mais ajuda do Estado, Portugal tem uma linha específica para recapitalizar o banco.

Portugal tem disponíveis 6,4 mil milhões de euros do empréstimo da ‘troika’, sendo que Grécia tem também uma linha de 11 mil milhões de euros. Este dinheiro está disponível caso seja necessário, lembrou Regling.

“[Para Portugal] ,que seja do meu conhecimento, não será necessário, ou não será necessário muito [deste montante]”, disse.

Já em relação à Grécia, Regling diz não saber até onde irão as suas necessidades, mas ainda assim a maioria das pessoas acredita que “será necessário muito menos do que os 11 mil milhões de euros disponíveis”.