O secretário-geral cessante da NATO, Anders Fogh Rasmussen, inicia esta quinta-feira uma visita à Ucrânia, quando aumentam as tensões em torno da presença russa na fronteira ucraniana.
A visita, a convite do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko e que servirá para preparar uma reunião de uma comissão entre a Aliança Atlântica e Kiev (que não é membro), ocorre num momento em que fortes combates decorrem no leste do país, entre as forças ucranianas e os separatistas, nomeadamente às portas do bastião rebelde de Donetsk, mas também no momento em que a NATO está preocupada com a crescente presença russa na fronteira ucraniana.
Segundo a organização, o número de militares russos nesse local passou de 12.000, em meados de julho, para 20.000, criando assim uma “situação perigosa”, afirmou quarta-feira uma porta-voz da Aliança.
A NATO teme que a Rússia utilize “o pretexto de uma missão humanitária ou de manutenção da paz para enviar soldados para o leste da Ucrânia”, acrescentou a porta-voz.
Rasmussen pronunciou-se, no fim de semana, contra “a agressão russa” na Ucrânia, que justifica, segundo ele, a “preparação de novos planos de defesa”.
Esta retórica guerreira divide a organização, já que muitos dos seus membros estão a tentar evitar uma fuga para a frente do Presidente russo, Vladimir Putin, nesta crise.