Os ativos sob gestão da ESAF, ex-gestora de ativos do BES transferida para o Novo Banco, reduziram-se em 748,7 milhões de euros em julho, com os resgastes a superarem em várias vezes as subscrições. Esta informação foi hoje divulgada pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP) e vem acompanhada de uma nota informativa, que a APFIPP justifica com a “excecionalidade da conjuntura vivida” e em que considera que julho foi um “mês atípico” na evolução dos fundos de investimento mobiliário.

Segundo a associação, até junho, os montantes sobre gestão destes fundos aumentaram 8,8%, enquanto julho contrariou a tendência com uma queda de 6,4% dos ativos geridos por estes fundos, com o saldo líquido entre subscrições e resgates a ser negativo em 788 milhões de euros. Esta evolução é justificada pelo vencimento de três fundos (no valor de 40,4 milhões de euros), mas, sobretudo, pelo que se passou na ESAF.

A APFIPP diz que a “a instabilidade que se viveu no Grupo Banco Espírito Santo teve consequências na atividade de muitas das EMPRESAS do Grupo, nomeadamente a sua Gestora de Ativos”. Assim, os fundos geridos pela ESAF tiveram saídas líquidas de 748 milhões de euros em julho apesar de, diz a APFIPP, pela sua política de investimento não poderem “ter qualquer exposição a ativos emitidos por entidades do universo GES como, por exemplo, fundos de ações americanas ou de mercados emergentes”.

Para a associação, isto significa que “muitos investidores ainda desconhecem as caraterísticas fundamentais dos fundos de investimento”.

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