A consultora PricewaterhouseCoopers (PwC) prevê que, em 2040, África “registe um crescimento económico mais rápido do que qualquer outra região” no seu mais recente relatório “Global Economy Watch”, que incide sobre as maiores cidades da África subsaariana. Segundo um comunicado divulgado hoje pela African Press Organization, a PwC considera que o “potencial inexplorado da África subsaariana” estimulado por um crescimento demográfico “sem precedentes” está cada vez mais a ser reconhecido pelos líderes de empresas em todo o mundo.

Prevê assim que, “em 2040, África tenha a maior força de trabalho no mundo e registe um crescimento económico mais rápido do que qualquer outra região”. A consultora indica que “a maioria das grandes empresas já está ativa em pelo menos uma das quatro maiores cidades da África subsaariana — Lagos, Kinshasa, Nairobi e Joanesburgo”, mas acredita que as “Próximas 10” maiores cidades também atrairão os investidores estrangeiros.

Entre estas, cuja população poderá duplicar até 2030, crescendo cerca de 32 milhões, a PwC refere Luanda e Dar es Salaam, que, de acordo com projeções da ONU, poderão ter nessa altura populações maiores que Londres tem atualmente. “O relatório prevê que a atividade económica nas ‘Próximas 10’ cidades pode crescer 140 mil milhões de dólares até 2030, o que equivale mais ou menos à atual produção anual da Hungria”, disse Stanley Subramoney, líder de estratégia de mercado da região sul da PwC, citado no comunicado.

Novas descobertas de recursos minerais e energéticos, investimentos substanciais em infraestruturas e o crescimento sustentado do rendimento ‘per capita’ são outros “fenómenos económicos da região que estão a começar a atrair a comunidade do investimento global”, assinalou Roelof Botha, assessor económico da consultora.

De acordo com o relatório, existem, no entanto, três problemas que podem retardar o ritmo de crescimento das “Próximas 10” maiores cidades na África subsaariana: a baixa qualidade de infraestruturas como estradas e ferrovias, infraestruturas inadequadas como escolas e universidades e as dificuldades de “instituições políticas, legais e de regulação” que tentam “lidar com uma economia maior e mais complicada”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR