A economia da zona euro estagnou no segundo trimestre deste ano, muito influenciado pela contração de 0,2% do Produto Interno Bruto da Alemanha e de Itália, e da estagnação da economia francesa pelo segundo trimestre consecutivo, anunciou hoje o Eurostat.

A primeira estimativa para o PIB da zona euro demonstra a ausência de crescimento entre os países que partilham a moeda única. Nos 28 países da União Europeia os resultados foram melhores, mas não muito, apresentando um crescimento de 0,2%.

No primeiro trimestre do ano, a economia da zona euro tinha crescido 0,2% e da União Europeia 0,3%.
Segundo o Eurostat, o PIB da zona euro está ainda assim 0,7% acima do registado no segundo trimestre de 2013 e o da União Europeia 1,2% face ao mesmo período de 2013.

Os resultados, desta vez, foram prejudicados essencialmente pelas maiores economias. A Alemanha apresentou uma contração de 0,2% no segundo trimestre do ano essencialmente devido a um desequilíbrio na balança comercial (está a importar mais que a exportar) e ao mau tempo que levou ao adiamento de alguns investimentos, em especial na construção.

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A França estagnou pelo segundo trimestre consecutivo e já avisou que não vai cumprir as metas do défice que tinha previstas para este ano. O Governo francês diz mesmo que a Europa tem de se adaptar à atual situação do continente, pedindo mais flexibilidade para a consolidação orçamental.

Em Itália, as notícias também não são boas: entrou novamente em recessão. A economia italiana já tinha contraído 0,1% nos primeiros três meses do ano, e agora no segundo trimestre caiu 0,2%.

O resultado acaba por ser algo inesperado e num dia já com algumas más notícias. A agência Bloomberg fez um inquérito entre 22 economistas e a expetativa era que a economia crescesse 0,1%.

O gabinete de estatísticas de Itália disse também que face há um ano, a economia italiana terá caído 0,3%.

A República Checa também estagnou no segundo trimestre, em muito devido à dependência da economia alemã.

Portugal e Espanha acabam por apresentar dos resultados mais fortes da zona euro: ambas as economias cresceram 0,6% no segundo trimestre do ano.

O Reino Unido também apresenta valores acima da média, com um crescimento de 0,8% no segundo trimestre.