Um ativista britânico dos direitos humanos vai começar hoje a ser julgado em Banguecoque, sendo acusado de difamar uma das maiores empresas frutícolas tailandesas ao relatar alegadas situações de exploração e más condições laborais.

Andy Hall, que trabalhou como investigador da organização Finnwatch, detalhou, num relatório publicado no ano passado, as más condições laborais da empresa Natural Fruit Co., uma das maiores exportadoras de frutas da Tailândia.

Segundo o documento publicado por Hall, uma das fábricas detidas pela empresa frutícola emprega centenas de imigrantes birmaneses, incluindo menores de idade, confiscando-lhes o passaporte e pagando-lhes um salário inferior ao imposto pelo Governo.

A empresa negou as acusações e acusou o ativista de difamação.

Andy Hall, que se encontra em liberdade sob fiança e com o passaporte confiscado pelas autoridades locais, enfrenta uma pena de sete anos de prisão pelas acusações, feitas também durante uma entrevista ao canal Al-Jaazera. Além disso, tem pendentes outros quatro processos penais e civis.

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos aumentou o alerta sobre a Tailândia, colocando este país no nível 3 da lista de dos que não empreendem esforços suficientes de luta contra o tráfico de pessoas, depois de, nos últimos quatro anos, ter estado no nível 2.

Milhares de imigrantes ilegais, a maioria procedentes da Birmânia e do Camboja, trabalham na Tailândia nas áreas de construção, agricultura ou processamento do pescado e marisco.