Martina Navratilova ficou na história do ténis, depois de assinar o seu nome em 18 troféus das 32 finais de Grand Slams que disputou. É uma lenda. Aos 57 anos, no sábado que passou, voltou a fazer história neste desporto, mas sem raquete e no intervalo dos jogos das meias-finais do US Open: pediu a namorada em casamento. Julia Lemigova, uma ex-miss URSS, disse “yes”, após alguns segundos de angustia para Navratilova, que mais terão parecido minutos.

Mas conhecer a história de vida de Lemigova, que chega num artigo do El Mundo, talvez ajude a explicar aqueles segundos de hesitação. Ou ponderação. A ex-modelo foi a última a representar a União Soviética num concurso de Miss Mundo. Por essa altura, contava apenas relações heterossexuais. A mais conhecida foi com Edouard Stern, que tinha a 38.ª maior fortuna de França. O drama chegou depois, em 2005. Stern foi assassinado numa sessão extrema de sadomasoquismo, vestindo um fato de látex, segundo o diário espanhol.

Lemigova teve um filho com Stern, em 1999, mas aqui a história também não tem um final feliz. O bebé perdeu a vida aos cinco meses e meio, supostamente por causas naturais. Mas este caso sofreu uma reviravolta quando a assassina de Stern, a francesa Cecile Brossard, disse a Lemigova que a morte do bebé poderia não ter sido um acidente. A missão da russa desde então foi convencer as autoridades francesas a reabrir o processo, algo que acabou por acontecer nos finais de 2010. Todavia, a investigação ainda não trouxe novidades sobre o assunto.

Depois de uma relação de seis anos, Lemigova está agora noiva de Navratilova, que enfrentou e superou um cancro há quatro anos. O casal vive na Florida, nos Estados Unidos, com as duas filhas da russa, fruto de um anterior relacionamento.

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