A pirâmide mais antiga do mundo, Saqqara, está a centrar as atenções no Egito. A polémica em torno das obras de restauro do monumento, que tem mais de 4600 anos, já fizeram com que o Governo egípcio organizasse uma visita à grande obra do arquiteto Imenhotep. Objetivo: desmentir as notícias que dão conta de que o “mau estado” da pirâmide se deve ao trabalho negligente da empresa responsável pelo restauro de Saqqara, a Al-Shorgaby.

Em 1992, um terramoto danificou a estrutura de Saqqara, onde se situa o complexo funerário do faraó Djoser, rei da III dinastia egípcia, mas só em 2002 é que as obras de restauro começaram. Contudo, a complexidade da obra e a conjuntura económica fizeram com que as obras fossem interrompidas várias vezes ao longo do tempo, explica o El País. Nos últimos anos, vários egiptólogos têm vindo a denunciar que as pedras da pirâmide estão a ser substituídas por novas, algo que o Ministério de Antiguidades egípcio fez questão de desmentir.

A polémica reacendeu nas últimas semanas, depois de várias entidades que se dedicam à preservação de edifícios terem referido que o “mau estado” atual da pirâmide se deve a falhas cometidas pela empresa responsável pela reconstrução. Amir Gamal, membro de uma das organizações, chegou mesmo a afirmar que Al-Shorgaby e os oficiais do Conselho Supremo de Antiguidades tinham cometido “um crime” e que a empresa nunca tinha restaurado uma obra arqueológica.

Há cerca de duas semanas, o recém-nomeado ministro de Antiguidades Manduh al Damati, anunciou que as obras da pirâmide iam continuar e que deveriam estar terminadas antes do final de 2015. Para desmentir as notícias que dão conta de estragos no restauro da pirâmide, o ministério organizou uma visita a Saqqara, para que os jornalistas pudessem ver como estava o interior. Damati referiu que “os trabalhos de restauro estão a ser feitos de forma correcta e que estão ser supervisionados por uma equipa da Unesco.

A obra desenhada por Imhotep tem 60 metros de altura e é conhecida pela construção em degraus, em 2630 a.C. À volta de Saqqara, há uma muralha com dez metros de altura.

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