O défice das administrações públicas até agosto foi de certa de 4,7 mil milhões de euros, o que representa uma melhoria de 769 milhões de euros face ao registado no mesmo período do ano passado, e mais de 1,1 mil milhões de euros abaixo do verificado em julho, muito graças a um aumento da receita fiscal em 1,7 mil milhões de euros face ao cobrado o ano passado.

Na síntese de execução orçamental até agosto, a Direção-Geral do Orçamento (DGO) nota que o saldo primário das administrações públicas passou de um défice de 965,7 milhões de euros até ao final de julho para um excedente de 390 milhões de euros, ou seja, uma melhoria de 1.355,7 milhões de euros no último mês de agosto.

Estado consegue mais 1,5 mil milhões de euros com IRS e IVA

Segundo a DGO, o fisco arrecadou mais 1,7 mil milhões de euros nos primeiros oito meses do ano do que aquilo que havia conseguido no mesmo período de 2013, um aumento de 7,7%. A diferença face ao resultado que havia alcançado face à execução até julho, o mês anterior ao que é agora o de referência, é considerável: até julho as receitas com impostos subiam 738 milhões de euros. Só em agosto a diferença subiu para os 1.700 milhões de euros.

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A grande diferença entre os impostos face ao que se verificava em julho é mesmo a receita com IRS, que cresceu para os 8,24 mil milhões de euros. Em julho a comparação face ao ano passado dava um crescimento de 360 milhões de euros, mas agora em agosto essa comparação cresce para 870 milhões de euros.

O IRC dá um contributo menos negativo em 160,8 milhões de euros, do que o registava no final de julho, tendo assim uma receita inferior em 111,8 milhões de euros ao que conseguia o ano passado. As receitas com o IVA também continuam a crescer e já atingiram no final de agosto os 9,2 mil milhões de euros, mais 676,1 milhões de euros que o verificado no final de agosto de 2013.

Despesa está a crescer menos

Os dados da DGO dão conta, também, que a despesa da administração central está a crescer 4,8% até agosto, em comparação com os primeiros oito meses de 2013, face ao que se verificava até julho (5,8%).

Para este menor crescimento, contribui o menor crescimento das despesas com pessoal face ao ano passado, que estão agora a crescer 8,9% quando em julho o crescimento era de 9,3%, mas também da despesa com juros da dívida pública, que cresceram até agosto 5,9%, quando até julho cresciam 8,6%.