A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) deverá manter o nível de produção igual naquela que deverá ser uma das reuniões mais difíceis segundo um ex-consultor do reino da Arábia Saudita.

O cartel composto por doze países, incluído o maior produto de crude – a Arábia Saudita -, reúne-se no próximo diz 27 de novembro em Viena.

Mohammed Suroor al-Sabban, que até ao ano passado era o chefe dos consultores do ministro do petróleo da Arábia Saudita, disse à France Presse que a reunião deste mês será “a reunião mais dura de sempre, uma vez que alguns ministros não anteciparam uma queda dos preços para este nível, e tão rápido”.

Ainda assim, diz o ex-consultor, o nível de produção deve manter-se, numa altura em que países como a Venezuela pedem um corte na produção de forma a aumentar os preços.

“Na minha opinião pessoa, a próxima reunião deve manter o atual limite de produção em 30 milhões barris por dia”, disse.

O ex-responsável explicou que países como Irão, cuja economia tem sido muito afetada pelas sanções económicas internacionais contra o seu programa de enriquecimento de urânio, “não podem ser obrigados a cortar a produção.

Atualmente, os países que fazem parte da OPEP produzem cerca de 600 mil barris de petróleo por dia acima do limite estabelecido.

O corte que a Arábia Saudita fez nos preços do petróleo vendido aos Estados Unidos e a subida nos preços do petróleo vendido aos países asiáticos – os principais clientes – ainda pressionou mais os preços. O aumento da produção pelos Estados Unidos, que em breve se pode tornar no maior produtor do mundo, também está a provocar uma queda nos preços.

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