O papa Francisco condenou esta quarta-feira o ataque de terça-feira contra uma sinagoga de Jerusalém como um “episódio inaceitável” de violência contra um lugar de culto e apelou para “decisões corajosas” pela reconciliação.

“Sigo com preocupação o aumento alarmante da tensão em Jerusalém e noutras zonas da Terra Santa, com episódios inaceitáveis de violência que não poupam sequer os lugares de culto”, declarou o papa na praça de São Pedro, após a audiência semanal.

O papa apelou às partes implicadas no conflito israelo-palestiniano para “que seja posto um termo ao ciclo de ódio e de violência” e “para que sejam tomadas decisões corajosas pela reconciliação e pela paz”.

“Construir a paz é difícil, mas viver sem paz é um tormento”, afirmou.

Na primavera passada, após uma visita a Jerusalém, o papa Francisco juntou no Vaticano o presidente palestiniano, Mahmud Abbas, e o presidente israelita na altura, Shimon Peres, para uma oração conjunta pela região que cristãos, judeus e muçulmanos consideram como Terra Santa.

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Nos últimos meses a tensão tem aumentado na região, devido nomeadamente aos colonatos judeus em territórios palestinianos, nomeadamente em Jerusalém-leste.

Na terça-feira, dois palestinianos atacaram judeus dentro de uma sinagoga, matando cinco israelitas e ferindo outros nove, naquele que foi o primeiro e mais sangrento ataque contra um lugar de culto judeu em Jerusalém desde 2008.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que responderá com “mão de ferro” à “vaga terrorista que se abate sobre Jerusalém”, o que suscitou o receio de uma nova escalada no conflito israelo-palestiniano.