Não, não e não.

Os suíços recusaram em referendo uma nova limitação da imigração, proposta desta vez em nome da ecologia, indicam as primeiras estimativas do resultado das votações organizadas hoje em todo o país, divulgadas pela televisão pública.

Foram igualmente recusados pelos suíços dois outros textos submetidos à votação: a eliminação dos privilégios fiscais dos estrangeiros e a compra de ouro em massa por parte do Banco Nacional, segundo as estimativas do instituto de sondagens GfS de Berna e os primeiros resultados para alguns dos 26 cantões.

Para que as iniciativas sejam aprovadas devem conseguir uma dupla maioria, a dos eleitores e a dos cantões.

Os resultados do cantão de Genebra já são conhecidos, “não” a todas as três propostas.

Numa iniciativa de um grupo denominado Ecopop, os suíços deviam decidir se limitavam a imigração e investiam 125 milhões de euros em programas de controlo de natalidade em países em desenvolvimento, para conseguir uma preservação do meio ambiente.

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Os suíços pronunciaram-se ainda sobre a eliminação de leis que permitem que os estrangeiros ricos paguem impostos em função dos seus gastos e não da sua fortuna ou rendimentos, como o resto dos cidadãos.

Os partidos de esquerda, que apresentaram a proposta, entendem que aquele privilégio viola a igualdade fiscal, é uma ferramenta de evasão fiscal e um entrave à luta contra a criminalidade económica.

Governo e parlamento consideram, no entanto, que o sistema reverte elevados rendimentos para alguns cantões suíços, sendo os benefícios maiores que os inconvenientes.

Foi ainda referendada uma proposta para o Banco Nacional Suíço ampliar as suas reservas de ouro para pelo menos 20 por cento dos seus ativos. Estes depósitos não poderiam ser posteriormente vendidos.