O filme ‘The Interview’, uma comédia em que dois jornalistas tentam matar o líder da Coreia do Norte, rendeu um milhão de dólares (819 mil euros) no dia da estreia nos Estados Unidos, anunciaram, neste sábado, os estúdios da Sony.

“Apesar do número limitado de salas – menos de 10% do que o previsto – fizemos mais de um milhão de dólares desde o primeiro dia”, congratulou-se Rory Bruer, presidente da distribuição internacional da Sony Pictures.

Cerca de 300 cinemas nos Estados Unidos conseguiram finalmente projetar a comédia ‘Uma entrevista de loucos’ (‘The interview’, no título original), cuja exibição esteve cancelada. Os grandes canais de cinema norte-americanos anunciaram na semana passada que não iam mostrar o filme depois das ameaças de piratas informáticos que reivindicaram atos de pirataria aos estúdios da Sony.

Na terça-feira, a Sony recuou na decisão e autorizou um número limitado de cinemas independentes. O filme estava acessível desde quarta-feira à noite, mediante pagamento, numa série de sites da internet e num site dedicado à película (www.seetheinterview.com). O filme tinha estreia marcada para quinta-feira, dia de Natal, a data prevista de exibição antes de a Sony ter sido alvo do pior ciberataque registado nos Estados Unidos.

O ataque paralisou o sistema informático da empresa e incluiu a difusão, na Internet, de cinco filmes dos estúdios, alguns ainda por estrear, de dados pessoais de 47 mil empregados, de documentos confidenciais, como o argumento do próximo filme da saga James Bond, e de um conjunto de mensagens de correio eletrónico embaraçosas para os dirigentes da Sony.

Os Estados Unidos responsabilizaram a Coreia do Norte pelo ataque, que foi reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP, e exigiram uma indemnização para a Sony. A Coreia do Norte negou qualquer envolvimento no ataque e ameaçou Washington com represálias caso seja alvo de sanções.

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